Muito difícil um ser humano em sã consciência, tentar compreender, através de uma imagem como essa, que tem havido crescimento do PIB em Goiás..., Que em 2009, segundo dados do IBGE, pode ter atingido uma taxa de algo em torno de 14%. Taxas chinesas, mas que à longo prazo se mostram insustentáveis, mesmo havendo grandes perspectivas de investimentos privados para os próximos três anos, com o anúncio de algumas empresas interessadas em se instalar nas terras desbravadas por Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhanguera).
Em seu artigo publicado na última sexta, dia 13, no jornal FOLHA DE S. PAULO, o governador Marconi Perillo, afirma ter implantado um programa chamado: "Pacto Pela Educação" onde segundo ele, prevê o pagamento de bônus à professores, considerados mais qualificados de 2 mil reais, pagos à título de assiduidade; além de recursos financeiros; consultorias pedagógicas e ainda de gestão escolar.
Com todos esses planos para o futuro de nossas crianças e jovens, certamente ficaríamos confortados e aliviados por saber que de agora em diante o futuro do contínuo crescimento econômico de nosso Estado estaria garantido. Estaria... ! Se esse programa tivesse sido implantado em 1999, quando Marconi Perillo se tornou governador de Goiás pela primeira vez, sendo então reeleito, e assim permanecendo até 2006. E se... esse programa fosse implantado já em 1999, talvez metade das ladainhas de empresários sem discurso - que justifique os péssimos salários pagos -, sobre (mais uma vez), a famigerada e dita: "Qualificação Profissional", não se fizesse tão evidente como foi, principalmente na imprensa local, que é capaz sempre de culpar os pobres por sua burrice compulsória.
Mas pelo visto, em decorrência do significativo desempenho econômico do Estado, o deficitário investimento em educação em Goiás, não tem representado empecilho algum. E muito menos nenhuma empresa - seja ela de qual porte for -, instalada em Goiás foi à falência ou simplesmente se mudou do Estado, por ter funcionários despreparados e sem qualificação. Tudo porque, a importação de mão de obra vinda dos principais centros acadêmicos do país, se tornou comum nos últimos 10 anos, principalmente nas cinco principais economias goianas: Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Catalão, enquanto os jovens nativos, "chupam o dedo", vendo as oportunidades se esvaírem, explicando porque a distribuição de renda em Goiás é tão imperceptível à olhos nus, já que boa parte deles se encontram em cracolândias por conta de suas frustrações profissionais.
Os investimentos em pesquisas, são praticamente nulos. Na área sucroalcooleira, por exemplo, todo o know how e portfólio das usinas de açúcar e álcool instaladas em território goiano é importado de nosso grande estado irmão: São Paulo. Fala-se em etanol de 2ª; 3ª e até 4ª geração e o estado espera passivamente que tecnologias "caiam do céu", quando poderíamos estar sendo referência para o mundo no pioneirismo nessas pesquisas.
Tendo em vista a mediocridade do texto publicado na FOLHA, por nosso ilustre governador, percebemos que a educação no melhor estilo provinciano, é encarada tão apenas como algo feito por uma pessoa altamente instruída, que caridosamente sabe enxergar... "os menos favorecidos", na visão míope da elite política local e que acredita em verdadeiros milagres para um crescimento sustentável para Goiás nos próximos dez anos.
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