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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Jesus e a ficção

 Um enredo perfeito que inspirou tantas outras histórias da ficção. Jesus seria o 'super-herói' sob medida para qualquer tipo de história 'criada' pelo homem com fins comerciais de entretenimento de massas, se não tivesse o 'final triste' da cruz.  Certamente a cruz não combina com super-heróis e ela de certa maneira é o simbolismo da derrota, da dor; simboliza que o 'Jesus super-herói' não passa de um reles mortal; que sangra; sente dor e o pior: passa por todos os tipos de humilhações possíveis.  No máximo o que os enredos dos heróis da ficção nos oferece, é um exílio forçado do personagem principal, donde mais tarde - depois de recuperada suas forças -, o mesmo retorna mais forte do que antes e então triunfa sobre o seu inimigo.  Até mesmo numa situação dessas, o cinema se inspira na história de Cristo, para dar um pouco mais de realismo, e ou mesmo, um singelo toque sutil de humanismo ao personagem retratado no filme, numa situação alus

Jesus, o 'sem-teto' de Belém

 Artigo de Frei Marcos Sassatelli  Extraído do site www.adital.com.br  Sugerido por Luis Duarte Vieira    Estamos, os cristãos católicos, no tempo litúrgico do Natal, que vai das vésperas do Natal até a festa do Batismo do Senhor, que, neste ano, celebraremos domingo, 9 de janeiro/11.  Na Missa da noite de Natal proclamamos solenemente: "Ó noite silenciosa! O desejado chegou! A promessa foi cumprida: tempo de espera acabou! Ó noite silenciosa! Chegou-nos o Emanuel (Deus conosco)! O clamor foi atendido, nasceu justiça do céu! (…) Ó noite silenciosa! Deus enviou seu Filho! Nasceu o sol do Oriente, a luz espalha o seu brilho! A vós, ó Pai, nesta noite os servos cantam louvor. Tornados filhos no Filho, no Espírito de Amor” (Proclamação do Natal).  Segundo o relato do Evangelista Lucas, naquela época, o imperador César Augusto mandou fazer o recenseamento em todo o império. Na realidade, o recenseamento era um instrumento de dominação e de cobrança de impostos. "T

Atropelos institucionais do falso moralismo público

Senador Roberto Requião  Trecho de declarações do senador Roberto Requião  Extraído do site  Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim  É evidente que o julgamento (do mensalão) tem um caráter ideológico. Isso ficou claro nas declarações do Celso de Mello e do meu amigo Marco Aurélio, que andou até elogiando a ditadura militar.   Não existe vácuo de poder. Como o Congresso não exerce o seu papel, o Judiciário avança.  Veja o caso do Fux, que decidiu que o Senado não pode inverter a ordem dos vetos. Se essa lógica valesse para o STF, não poderiam inverter os mensalões. Teriam que começar com o mensalão mineiro, dos tucanos.  E se a Justiça funcionasse no Brasil, nem teria havido o mensalão petista. Os operadores teriam sido presos antes. O mensalão tucano era de 1998. O Lula chegou ao poder em 2002 e o escândalo é de 2005.  E o que o Fux fez foi travar o Congresso inteiro. Hoje, o Judiciário tutela o Legislativo.  A Constituição é claríssima. ( O Fux) tranco

O que deveria ser o verdadeiro espírito do natal cristão

Jesus, “morador de rua” em Belém Artigo de Frei Marcos Sassatelli do site Brasil de Fato  Meditando sobre o relato do nascimento de Jesus, fico pensando: Se “não havia lugar para eles dentro de casa”, José e Maria, grávida de Jesus, devem ter perambulado, dias e noites, nas ruas e praças de Belém; devem ter dormido diversas vezes debaixo das marquises dessas mesmas ruas e praças; e devem ter batido em portas de muitas casas, inclusive dos parentes de José, para pedir ajuda, mas - por serem pobres - as portas sempre se fechavam na frente deles  Segundo o Evangelho de Lucas, para atender ao recenseamento que o imperador César Augusto mandou fazer no império, "todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. José era da família e descendência de Davi. Subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até à cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto, e Maria

Dilemas do setor elétrico

 O governo sentiu a necessidade de que a competitividade passa pelo barateamento e qualificação da energia elétrica no Brasil, mas isso não tem demonstrado ser  tarefa fácil.  Após anos de farra das concessionárias nas tarifas elétricas, as mesmas não tiveram esse sentimento de efetuação de investimentos. Agora depois da proposta do governo pela redução das tarifas, as empresas de energia sentiram também a necessidade de investir aquilo que sempre tiveram à sua disposição e da qual abriram mão em nome da preservação dos dividendos aos seus acionistas.  Mais uma vez, o impasse entre economia real e o mercado financeiro se mostram evidentes nesse caso. Mais evidenciada ainda nos embates orais entre senadores da oposição (defensores da manutenção da tarifa, pelo "bem do investimento") e da situação (defensores da redução imediata das tarifas) durante as discussões do Projeto de Lei de Conversão PLV 30/12 no Senado - que trata das reduções nas tarifas de energia propost

A Economist e suas premissas

Artigo de Delfim Netto de Carta Capital  Estou nesse ramo tempo suficiente para aprender que as críticas à política econômica são uma necessidade. Em determinadas circunstâncias são até bem-vindas, porque o simples fato de alguém estar em uma situação de “poder” não lhe transfere o benefício da infalibilidade. Nem que, para o poder incumbente, a eleição por uma eventual maioria lhe confira a “onisciência” a exigir a sua “onipresença”.  Sempre tive grande admiração pela The Economist, que passei a ler, semanalmente, desde 1952 na Faculdade de Economia e Administração, a FEA-USP, graças aos exemplares filados do grande professor W. L. Stevens, a quem o Brasil deve a introdução da estatística fisheriana.  Cativava-me a clareza dos textos, a imparcialidade (relativa) e o tom doutoral e provocador dos editoriais. Até hoje a revista se considera, convictamente, portadora de uma ciência econômica universal, independente da História e da Geografia.  Criada em 1843, ti

Reação sem firmeza

Artigo de José Paulo Kupfer do jornal O Estado de S. Paulo  Uma economia esticando a corda de um modo de crescer que bateu no muro, mas que entrou em obras, na tentativa de abrir novos espaços para retomar um ritmo de expansão mais firme, talvez ainda no primeiro semestre de 2013. A partir do IBC-Br de outubro, divulgado ontem pelo Banco Central, e de outros indicadores antecedentes de novembro e da primeira quinzena de dezembro, essa pode ser uma razoável projeção do comportamento do nível de atividades, no último trimestre de 2012.  Chamuscado pelo desvio em relação aos dados efetivos apurados pelo IBGE para a evolução do PIB, no terceiro trimestre, o IBC-Br apontou para outubro um crescimento de 0,36% sobre setembro. Este avanço, diga-se, está em linha com projeções de consultorias e bancos para o nível de atividades, no primeiro mês do último trimestre do ano..  Mas não se pense que se trata de uma tendência. Assim como o crescimento forte de agosto não se repetiu e

Rio Verde ladeira abaixo

Em 2010 Rio Verde perdeu o posto de maior colaborador na agropecuária do País  Enquanto a imprensa nativa/provinciana se extasia com os mais de 115 assassinatos ocorridos na cidade em 2012 - fazendo disso, a maior pirotecnia e espetacularização possível -, visto pela mesma como algo natural decorrente do 'progresso' pelo qual a cidade vem 'experimentando' desde a última década, o IBGE divulgava os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios de 2010.  O município que se tornou motivo para que as duas últimas gestões municipais se vangloriassem, certos de que os bons números da economia, eram frutos de seus méritos, começa a sofrer o equívoco de um modelo de desenvolvimento o qual já se demonstra esgotado.  Com todos esses anos de euforia e oba-oba , a busca por novos investimentos privados para a cidade foram negligenciados. Até porque havia de um modo implícito, o desejo da contenção de novos investimentos para a cidade que na verdade o

Potência desigual

 Um 'milagre': foi como classificou a economista da Universidade de Washington Scheherazade Rehman, sobre o futuro do crescimento sustentável da economia brasileira para os próximos anos.  Em entrevista concedida à BBC Brasil (confira no link abaixo), a economista disse que o principal entrave para a economia brasileira - além da infraestrutura -, é a pobreza e a desigualdade de renda. E que de acordo com ela, o problema é tão profundo e sistêmico que afeta significativamente na criminalidade. http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121207_brasil_entrevista_scheherazade_rehman_pu.shtml  Por conta de seu principal gargalo, o Brasil segundo Scheherazade Rehman, corre o risco de ficar eternamente na vanguarda do desenvolvimento ou mesmo vir a perder a oportunidade de se tornar uma potência mundial. BBC Brasil: A Sra disse que o Brasil só se tornará uma potência econômica global se acontecer um "milagre". Por que acha que é tão difícil para