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Mostrando postagens de abril, 2012

Um objetivo comum ao primeiro mundo

  Desenvolvimento acontece, é fruto de acaso, ou da união comum das competências?   Já questionei em outros posts, sobre o tipo de desenvolvimento no Brasil que ocorre em sua maior parte de forma monopolista e que acontece sempre ou, está sempre: ao lado do mais 'competente'; do mais 'preparado'; do mais 'qualificado'...  Ou seja, sempre...   para os mais ricos. Como se o sucesso de determinados indivíduos fosse fruto apenas de trabalho e dentro de um livre ambiente de concorrência ou de competição. De um 'saudável' ambiente de concorrência e de competição.   Talvez o procedimento padrão dentro das empresas para recrutamento de pessoal - que tem embasamento dentro da logística do 'QI' (Quem Indica) - tenha em si, um certo desmentido em relação à afirmação do parágrafo acima.   Um típico comportamento elitista da aristocracia brasileira do Império, à qual vivia de poses ou apenas da influencia de sobrenomes ou títulos de nobreza, tend

GVT: antes tarde do que nunca

   Texto editado em 13/01/2012    por Marcio Marques Alves  A Global Village Telecom (GVT), finalmente descobriu Rio Verde no mapa; e descobriu também que ignorar uma cidade com mais de 185 mil habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de 4,260 bilhões de reais seria simplesmente como que um tiro no pé da empresa.   Mas o fato primordial é que a tal GVT já deveria estar operando em Rio Verde desde 2001 - quando a cidade contava ainda com uma população de 120 mil habitantes e um PIB de pouco mais de 3 bilhões de reais. Já se passaram 11 anos para que só agora a referida empresa de telecomunicações se decidisse finalmente por se instalar em Rio Verde. Tanto que há 11 anos atrás chegou a construir um prédio no centro da cidade - num terreno na esquina das ruas Dário Alves de Paiva e Geraldo Jaime onde hoje funciona uma loja de embalagens -, tendo a referida edificação ficado abandonada por alguns anos e onde por sua vez abrigaria o DG (Distribuidor Geral), que é a central de onde

A profecia da nova civilização

  Ela nasceu de uma visão, de um sonho, de uma previsão constitucional em nossa primeira Carta (a de 1824). Com o nome de uma inspiração de José Bonifácio de Andrada. Nasceu de uma cidade do interior de Goiás. Da voz trêmula e quase dissonante de um jovem * jataiense quando questionava ao então candidato à presidente, se ele de fato cumpriria a Constituição - na época em vigor, aquela promulgada em 1946 - se cumpriria, o que mandava o texto, sobre a transferência da capital do Rio de Janeiro para Goiás.  O nobre candidato de pronto atendeu ao questionamento do jovem e assim prometeu que aquele seria, seu principal compromisso de governo. Assim aconteceu, Brasília com 52 anos não comemora seu aniversário, mas como sempre em todos os anos, apenas celebra melancolicamente seu jubileu. Sempre marcada por intempestivos acontecimentos, quase nunca tem seus motivos para o brilho, o riso e a alegria que a festa sugere ou inspira.   Carrega em sua história, que começa muito antes do seu

Brincar de governar - uma segunda reflexão

 Mais uma 'chapelada' nos usuários: é o que promete a turma do executivo municipal, a do legislativo e o proprietário da Viação Paraúna - que não dependem de transporte público para se deslocarem de um lugar ao outro - em decorrência de todos eles terem poder aquisitivo suficientes para adquirir um veículo próprio e assim, entupir as estreitas ruas de Rio Verde.  O executivo engambelou e embromou a opinião pública, afirmando pela televisão - que frequentemente faz locação de espaços à prefeitura, em sua programação local - que o processo licitatório e de concorrência pública da uma nova empresa de transporte coletivo já estaria em 'adiantado' estágio e que dentro em breve, seria anunciada a nova empresa que faria a exploração do serviço na cidade. Ocorre que essa turma anda calada e desde a audiência pública em que foi exposta na nova proposta das linhas a serem oferecidas como solução para o caótico sistema, que nada de novo tem acontecido desde então. A não ser,

Brincar de governar

 Constantes protelações, falta de planejamento técnico na condução de obras ou mesmo interesse na correção dessa ausência de planejamento de determinadas obras, que com a constante impermeabilização do solo - e apenas isso, já que políticas de urbanismo são restritas apenas na pavimentação de ruas - tem feito dos problemas já de longa data, observados pela TV na capital paulista em épocas de chuvas, também serem frequentes a algum tempo em Rio Verde.  A chuva do último domingo na cidade deu mostras de que está chegando ao limite do tolerável dada a protelações sobre as urgentes providencias técnicas que se mostram necessárias a serem tomadas na cidade como um todo e visem principalmente a segurança das pessoas que residem nela. Para piorar a situação, o temporal do último fim de semana fez uma vítima: um adolescente, que se sabe apenas, tinha 13 anos e ainda encontra-se desaparecido.  Pode parecer exagero, mas como a  incidência desse tipo de fenômeno climático na cidade ocor

FMI: 'Brasil voltará a ser 7ª maior economia'

  O Fundo Monetário Internacional divulgou as projeções para a atividade econômica mundial e dentre essas projeções, tem destaque especial o Brasil que deve crescer algo em torno - segundo o FMI - entre 3% este ano, com destaque para a recuperação da indústria no decorrer do período.   Um dado meio simplório em termos de precificação das economias, dado pelo câmbio, onde há cenários de valorização da Libra esterlina e de manutenção da cotação do Real em relação ao Dólar. Caso o cenário atual se confirme até o fim do ano, aí sim, possivelmente o Brasil cederia o espaço que um dia havia pertencido ao Reino Unido, de 6ª maior economia do mundo.    Mas sexta ou sétima, qual é a diferença para a população do país que não sabe o que é, uma política de 'Estado de Bem-estar Social'?  Para o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, houve alguns avanços sociais nos países latino-americanos, por conta de um certo distanciamento do acordo neoliberal conhecido como 'Consenso

A Tecnoshow foi um 'sucesso'. E daí?

  Segundo os organizadores rendeu algo perto de 800 milhões de reais, os negócios efetivados na feira de tecnologia agrícola promovida pela cooperativa Comigo de Rio Verde, e que já se tornou tradicional. Mas a pergunta que fica com o fim de feiras como essas ocorridas na cidade, é o que de fato isso trás em benefícios para a população através de um pequeno agito hiperativo em nossa economia?   Há o argumento de que a rede hoteleira, os bares e restaurantes da cidade ficam lotados. Fora isso não existe nada de mais significativo que justifique tamanha pirotecnia por parte da imprensa paroquiana que também tira o seu percentual em publicidade.  A Tecnoshow-Comigo que já chegou a sediar a versão goiana da Agrishow de Ribeirão Preto, (no interior de São Paulo), desde 2001, somente sabe mesmo, é acender um rastilho de pólvora para que possa - à exemplo do rodeio da cidade - detonar o mecanismo para um lindo show de fogos de artifício, nada mais que isso.   Em mais de 10 anos de e

Custo Brasil?

http://www.cartacapital.com.br/economia/custo-brasil/?autor=93 Paulo Daniel Paulo Daniel, economista, mestre em economia política pela PUC-SP, professor de economia e editor do Blog Além de economia Custo Brasil? Sempre, no Brasil, quando são lançadas algumas medidas de estimulo econômico como fez recentemente o governo brasileiro, vem à tona a discussão a respeito do custo Brasil. No início deste mês, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apresentou uma pesquisa que resultou em um livro:  Progressividade da Tributação e Desoneração da Folha de Pagamentos – elementos para reflexão. O livro é a segunda publicação fruto da parceria entre o Ipea, o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal) e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).  A primeira obra resultado da cooperação foi a cartilha A Progressividade na Tributação Brasileira: por maior justiça tributária e fiscal . Uma das

Quando a imprensa regional olha para o lado

  Atenção, atenção: estamos nos transformando em um “Estado policial” ou “policializado”. Estado democrático de direito, mas um Estado onde o interesse social só tem a proteção, do Ministério Público, da Polícia Federal, da Receita Federal e dos magistrados que autorizam devassas. O resto Executivo, Legislativo, imprensa e sociedade civil – está paralisado, entorpecido, inerte diante de um formidável lodaçal que se espalha e se infiltra e se aprofunda irremediavelmente. Nenhum desses poderes quer se comprometer, enredar-se. Todos sem exceção têm medo de respingos.  A sociedade brasileira está perdendo a capacidade de se defender, sabe apenas chamar a polícia. E depois entrega os malfeitores a um judiciário atravancado, aturdido, lerdo, muitas vezes venal. Se o diagnóstico está correto estamos à beira de uma decomposição institucional.  Tudo começa por uma imprensa desfibrada, burocratizada e mundana já que não sabe o seu papel. A imprensa regional mimetiza aquela que se ap

Anencefalia cristã

 O Supremo Tribunal Federal, mais uma vez marcou a história do país com mais uma decisão polêmica e por 8 votos favoráveis e 2 contrários e uma abstenção, foi aprovado o legítimo direito que os pais têm de interromper ou não, a gestação de fetos anencéfalos.  Por mais católico que eu seja, não posso ser hipócrita à ponto de impor - por uma convicção religiosa da comunhão da qual participo - um fardo como esse, à pessoas as quais não querem ou estão dispostas a assumir algo que nem mesmo o clero ou qualquer leigo da Igreja o faria no lugar delas ou mesmo, numa situação passional semelhante da parte deles.   Mas antes que eu seja excomungado, vamos às razões que o bom senso nos inspira a tomar partido contrário ao posicionamento da Igreja. Há alguns anos um veterano e conhecido padre e que participa frequentemente das mídias destinadas à católicos, escreveu um artigo numa revista ligada ao movimento da RCC (Renovação Carismática Católica), com título: "O Estado é laico? Graç

O mito do diabo

 Sabe aquela estória que a gente ouve que fulano fez algo de errado. Tudo bem quando a gente ouve apenas uma ou duas vezes, coisas comprometedoras sobre esse ou aquele indivíduo em um espaço de tempo... sei lá... muito grande. Coisa de um intervalo de 2 ou 3 anos. Mas se as referências alusivas ao sujeito persistem e ainda quando mais se conta com um batalhão de pessoas apenas com o mesmo propósito de tão apenas por difamar a pessoa, aí é melhor nos atermos às razões pelas quais passam, tamanho esforço na difamação de alguém.  Essa sem dúvida sempre foi a melhor das táticas para fazer das pessoas, massa de manobra que a qual os poderosos sempre se utilizaram para perpetuarem seus tentáculos no poder e mantê-lo sempre ao alcance das mãos e sob controle.  Ao longo da história da humanidade sempre fomos alvo de fábulas diabólicas. De que o diabo poderia o tempo todo estar aprontando para nos seduzir e enfim, caíssemos em pecado e de todo modo, fôssemos culpados. Ontem assisti a

Flexibilidade ideológica na política brasileira

 Mera peça de figuração: é o que se tornou as ideologias partidárias. Direita ou esquerda, isso para a grande massa pouco importa, o que interessa mesmo são nomes ou ainda, se de certa maneira, o que eles venham a representar de algum modo às aspirações populares. O fato primordial em tudo isso e que precisa ser observado, é que o eleitor brasileiro é programado para votar em quem tem mais chances de se eleger.   O eleitor por sua vez e, em sua grande maioria, não procura um candidato que o qual a ele se identifique ou com aquilo que de fato lhe é necessário. Muito mais nos tipos populares ou carismáticos o eleitor se fita em um determinado candidato apenas pelos seus índices de popularidade, se deixando levar portanto pela onda da maré modista do momento.  Os rumos que desde o antigo PSD de Juscelino Kubitschek - e não o PSD de Gilberto Kassab - foram levados a tomar pelos desníveis democráticos de nossa história que a social-democracia brasileira entrou em crise de identidade