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Mostrando postagens de novembro, 2012

Como se mede a riqueza da Nação?

 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou o resultado do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre do ano. Em valor nominal - que é calculado a preços correntes, isto é, leva em  consideração os valores de mercado do ano em que o produto foi produzido e comercializado -, o PIB somou R$ 1,09 trilhão no terceiro trimestre de 2012.  O resultado foi puxado pela agropecuária que ficou em 2,5%, seguido da indústria em 1,1% e o setor de serviços apresentou  atividade zero. A expectativa do governo era que o crescimento econômico no período ficasse ao redor de 1% à 1,3%. Indústria, continua sendo o patinho feio da economia brasileira  Na porcentagem geral, o PIB cresceu apenas 0,6% na comparação com o trimestre anterior.   Para se chegar a esse cálculo, observa-se a soma das riquezas produzidas dentro do país, incluindo empresas nacionais e estrangeiras que estejam alocadas em qualquer parte do território nacional. Com a indústria respondendo por

Deus continue sendo louvado

 Depois de tantos anos convivendo com elevadas taxas inflacionárias e tantas tentativas de implantação de planos econômicos, os quais tinham como objetivo, controlar os surtos hiperinflacionários nos anos 1980 até o Plano Real, todos os outros anteriores à ele fracassaram. Contudo o Brasil hoje respira aliviado por ter enfim, conquistado a tão almejada estabilidade econômica. Estabilidade conquistada de forma um tanto controversa e que provocou penalidades sensíveis, principalmente aos mais pobres.  Já no começo dos primeiros ensaios de estabilização econômica, o presidente José Sarney (1985-1990) solicitou ao Banco Central que a expressão "Deus seja louvado", fosse inserida nas novas cédulas de Cruzado de então. Católico praticante o atual presidente do Senado Federal e então presidente da República, teve assim o seu pedido atendido e a partir daí, mesmo o País vindo a sofrer implantações de   diferentes novas moedas - tendo-se como objetivo o controle da inflação -

A que vieram?

  Há cerca de ao menos quinze dias, estreou em Rio Verde as transmissões da nova afiliada Rede Record no estado, a TV Sucesso (com sinal gerador de nossa vizinha cidade de Jataí), e que como sempre, típico de emissoras interioranas, chega sem nenhuma novidade de programação e muito menos tecnológica. A emissora começou a operar na cidade com sinal analógico através do mesmo canal 7 VHF, como vinha sendo transmitido através da Record Goiás que possui sua geradora em Goiânia e que disponibilizava um sinal pior ainda.    Além de iniciar suas transmissões com todos os problemas peculiares das emissoras de TV dos anos 1950 - com o diferencial de que hoje elas se dão em cores -, a linha editorial de sua grade de jornalismo fica muito presa aos assuntos ligados à cidade geradora do sinal, não levando em consideração um editorial que contemplasse o caráter regional pretendido pela emissora. Isso de certa forma se constitui num certo desrespeito para com as demais cidades atendidas pe

Uma sexta-feira negra para 850 funcionários

 Ontem ocorreu em todo o País o chamado Black Friday - um evento que envolveu as principais redes  varejistas nacionais -, onde as mesmas se associaram visando promover um dia de descontos promocionais, e o desencalhe de estoques.   A terceira edição brasileira do mega evento de descontos, passou ao largo de sua equivalente e inspiradora americana. Houve denúncias de descontos maquiados e 'apagão' nos sites de vendas participantes. Segundo o Procon-SP, muitas empresas reajustaram seus preços na véspera do Black Friday, para que o desconto se parecesse maior do que seria de fato.  Segundo brasileiros - que podem se dar ao luxo de fazer constantes visitas ao Tio Sam entrevistados pelas emissoras de TV que cobriram o evento -, disseram que nos Estados Unidos, os descontos são todos padronizados em 50% para todo e qualquer tipo de produto. Não foi o que se viu no Black Friday brasileiro, onde os descontos de 50% ficaram muito limitados a um pequeno número de produtos.

Riqueza protegida pelo anonimato

texto extraído da coluna de Luiz Antonio Cintra de Carta Capital http://www.cartacapital.com.br/economia/riqueza-protegida-pelo-anonimato/ Fernando Nogueira da Costa Foto: Isadora Pamplona  Estudioso há décadas do sistema financeiro, o economista Fernando Nogueira da Costa recebeu em setembro um prêmio do Conselho Federal de Economia (Cofecon) pela publicação do livro Brasil dos Bancos (Edusp), interpretação crítica da história bancária brasileira. Ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal (2003-2007), Costa não seguiu para a iniciativa privada. Preferiu voltar à Unicamp, onde é professor do Instituto de Economia. E coleta indícios sobre a concentração de riqueza no País, que ele supõe seguir em alta, apesar da falta de informações confiáveis a respeito. “O que peço é que os pesquisadores tenham dados próximos da realidade.” “A desigualdade caiu no caso da renda, não quando se medem os ativos financeiros e os bens,  cada vez mais concentrados”. CartaCapita

A Faixa de Gaza é aqui

 Banalização, sensacionalização e insensibilidade em relação à vida do próximo. Porque será que em meio à tantas doutrinas religiosas que pregam a paz, não conseguimos viver em paz? Mas é possível viver em paz, em meio à tanta pobreza? Não seria a pobreza a pior das violências?   A pobreza em si, não seria constrangimento algum, caso vivêssemos em um país qualquer. Mas não, vivemos no Brasil. A 6ª maior economia do mundo; o 4º maior mercado de automóveis do planeta; 4º maior mercado de celulares; a 2ª maior frota de aviões, jatinhos executivos e helicópteros do mundo (concentrada mais especificamente no estado de São Paulo); o segundo maior mercado de cosméticos e cirurgias plásticas da Terra, e por aí vai...,  Somos um País que tem todos os elementos para se tornar uma Nação desenvolvida. Ou na definição empregada até os anos 1990: de 1º mundo. No entanto são aqueles que nos prendem ao atraso,  são os predominantes em nosso meio.  Quando nos perguntamos o 'porque

Inimig@ da escola

  Ela tem apenas 13 anos, e com tão pouca idade é capaz de incomodar. Isadora Faber , uma corajosa menina que cometeu um...    'pecado'. Um pecado pelo qual, muitos classificavam durante o período conhecido como ditadura militar, como subversão.  Acontece que o Brasil não está mais sob a égide dos militares e segundo o que diz nossa Constituição, somos uma democracia. Onde temos no artigo 5, inciso IX, que diz:   "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença."  Mesmo assim, grupos reacionários e inconformados com os já quase 25 anos de democracia, garantidos por nossa Constituição, tentam à qualquer custo, monopolizar opiniões. Com o agravante de que opiniões como as de Isadora Faber, não podem prevalecer.  Contudo é comum, grandes jornalões do País defenderem figuras como Isadora Faber. Uma jovem - que no Brasil, sofre o estigma de ser... 'jovem'. É o que podemos co

Inimigo da sociedade

 Caso fosse realizada uma pesquisa de opinião sobre qual seria o maior inimigo da sociedade, certamente seriam escolhidos alvos relacionados como: traficantes (de drogas, de armas e pessoas); a delinquência de modo geral; os motoristas beberrões; aqueles que maltratam animais ; os caminhoneiros 'irresponsáveis'  - que rodam mais de 18 horas ininterruptas, pondo em risco a vida de todos que trafegam pelas rodovias brasileiras -, e claro, a corrupção.  Ocorre que sutilmente e de fininho, um outro inimigo tem também povoado o imaginário das mentes desérticas e esfaimadas por sangue. Algo que nos remete aos tempos remotos dos clãs tribais bárbaros, onde se oferecia em sacrifício o sangue inocente pela expiação de algum mal cometido contra seus deuses, geralmente virgens - que hoje são objeto de outro tipo de sacrifício, mas contando com o uso da tecnologia, visando o leiloamento de um bem preciosíssimo para as meninas: a sua virgindade (parece algo antiquado?).  Falo just

Resultado das exportações de grãos em Goiás

Artigo de Marcus Eduardo de Oliveira Extraído do site Rio Verde Agora   Historicamente, a luta pelo acesso à terra no Brasil sempre deixou corpos de camponeses molhados de sangue espalhados pelo chão. No decorrer do tempo esses corpos somente ocuparam as covas largas e profundas do latifúndio, ilustrando assim a poesia de João Cabral de Melo Neto. Conflitos, trabalho em condições análogas à escravidão e concentração de terras, são profundas marcas que sangram a história amarga desse País. Nossa ainda intacta estrutura agrária,  tacanha desde a gestação das cartas de sesmarias e das Capitanias Hereditárias somente fez, desde então, grassar latifúndios improdutivos.  Pela força dos grandes proprietários, incontáveis braços nunca puderam roçar seu próprio pedaço de solo, pois a reforma agrária sempre foi vista como ameaça ao direito de propriedade. Resultado? Muita gente sem terra e muita terra sem gente (são mais de 90 milhões de hectares improdutivos e somam-se mais de 4 milhõ

Uma bagunça organizada, de 200 anos

 Ontem ao assistir o JN, fiquei perplexo com o modo de que como se dá as eleições nos Estados Unidos.  Eleições indiretas para presidente; b oca de urna nas eleições; a  própria duração das eleições e a demora na efetuação dos resultados; e ainda, as  diferentes formas de organização das eleições em cada estado americano, certamente abrem espaços para discussões no mínimo, sobre a legalidade delas, ou a sua legitimidade.  O direito de votar parece algo realmente respeitado na democracia americana. Diferente do Brasil onde esse direito está ligado também a uma certa obrigação do eleitor.  Já em relação ao processo eleitoral - sinceramente -, esse é bem difícil de se compreender. Por mais que os americanos (principalmente os candidatos americanos), sejam mais disciplinados do que nós brasileiros; por mais que façam eleições limpas - e isso literalmente falando, a julgar pelo estado de conservação de limpeza pública -, sejamos francos: é um processo pelo qual está mais suscetíve

Fisiologismos neoliberais de Abril

 Chamou a atenção uma reportagem que li, num exemplar da revista Exame, de 03/10/2012, em que tentava mostrar - claro, o que temos de pior -, típico de publicações da Editora Abril, onde seus editores procuram enfatizar suas qualidades de únicos e absolutos seres iluminados em meio aos tempos de trevas por que vivemos em nossos pífios números de nossa economia, demonstrados através da baixa produtividade do operário brasileiro.   Numa equação simplória, sobre gráficos meticulosamente bem ilustrados, tentou demostrar que um trabalhador americano sozinho, é capaz de produzir o equivalente ao resultado da produção de cinco operários brasileiros.  Com um cuidadoso jogo de palavras e oximoros, a revista tenta relativizar a dureza das palavras contidas no texto, buscando 'isentar de culpa' o trabalhador, por sua baixa produtividade, argumentando que esse fato, não significa contudo que o trabalhador brasileiro trabalhe pouco, mas indiretamente faz uma alusão tosca da situaç