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Mostrando postagens de novembro, 2014

Sonegação, meta fiscal e sonegação (de novo)

 Enfim chegou o esperado dia do anúncio oficial dos nomes que comporão a equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.   Os nomes de Joaquim Levy para a Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e a permanência de Alexandre Tombini no Banco Central parecem ser um alento para a turbulenta relação do governo com esse organismo oculto, chamado 'mercado'.   A palavra de ordem é "arrumar a casa", e garantir o "leite das crianças" no que tange aos * resultados primários (que já há seis meses, registra déficit).  * Resultado primário é a parcela obtida entre o que se gasta e o que se arrecada (não computada como despesas financeiras, ou seja, com despesas da própria dívida brasileira).   O resultado primário, deve ser sempre superavitário, pois essa "sobra" de arrecadação dos impostos, é usada para o pagamento de juros do serviço da dívida pública brasileira.    Por isso a expectativa é o chamado 'arrocho'

Por que só a indústria demite?

 O Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou hoje o índice de desemprego para o mês de outubro, que ficou em 4,7%. Um dos mais baixos para o período desde 2002. Portanto muito próximo do que indica os especialistas do conceito conhecido como: "pleno emprego".  Por que então só a indústria demite? Por que a indústria teima em continuar numa crise da qual somente ela pode sair e que para isso, precisa manifestar o desejo de sair dessa crise!?   E o essencial nessa reflexão: em qual contexto se insere o conceito de indústria? A indústria que demite é a indústria brasileira de uma forma geral, ou apenas a indústria paulista?  Esse raciocínio é importante para identificarmos o que há de verdade em torno dos argumentos usados para se justificar o fracasso apontado por alguns, que explica a decadência de nossa indústria.   Antes é preciso se entender o fenômeno da industrialização brasileira, já que desde a gênese do processo industrial no

O muro de Berlim caiu. No Brasil, casas, bairros e ambientes continuam murados.

 Há 25 anos eu tinha apenas dez anos de vida. Me lembro perfeitamente bem da célebre reportagem com Pedro Bial, registrando as pessoas quebrando o muro e comemorando a reunificação da Alemanha.  Hoje o Brasil também vem rompendo muros. O muro das cotas para negros nas universidades, o muro do acesso dos mais pobres ao ensino superior, ao emprego mais qualificado e melhor remunerado.   O muro do pobre que inaugura sua vida de classe média com um carro semi-novo (na garagem da casa recém-adquirida). O muro rompido da vida na sociedade de consumo dos shoppings, o muro de quem nunca tinha viajado de avião ou mesmo entrado em um aeroporto antes.   O triste é saber que com parte de muitos muros derrubados, o que deveria ser motivo de regozijo, passou a ser razão de medo e xenofobia contra pobres e nordestinos, por em tese terem estes em sua maioria, elegido Dilma para mais 4 anos à frente do governo brasileiro.  Agora o discurso é o do medo de que o Brasil se torne uma &quo