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Mostrando postagens de 2023

A história do Natal

O Natal contemporâneo é uma miscelânea de acontecimentos graduais que ao longo da história, o definiu como o conhecemos nos dias de hoje. Em seus primórdios, sua razão de existir esteve muito mais ligada ao paganismo do que propriamente aos festejos cristãos da atualidade. O 25 de dezembro é uma imprecisão nos registros históricos, não garantindo que o nascimento de Jesus tenha mesmo ocorrido neste dia; usado mais como meio de sobrepor a hegemonia do Cristianismo aos cultos pagãos da época.  Para os cristãos armênios, por exemplo, o Natal é celebrado no dia 6 de janeiro (Dia de Santos Reis Magos).  Já os ortodoxos celebram o dia 7 de janeiro como dia da Natividade de Cristo.  C om isso, é impossível definir com exatidão, o dia do nascimento do Menino Jesus, se atendo apenas por datas definidas em concílios, através de lideranças religiosas em seus primeiros tempos, dentre as diferentes doutrinas cristãs. Árvore de Natal em um shopping de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo - Foto:

Produtividade e protecionismo

A economia brasileira padece há décadas, com a junção de duas patologias em sua estrutura produtiva; os baixos níveis de produtividade da mão de obra é um deles, mas não se trata da culpa unicamente atribuída a uma suposta ausência de qualificação de nossos esforçados (e incompreendidos) trabalhadores compatriotas. Talvez, muito mais com escassez de boa escolas para esse fim. Muito provavelmente este seja o maior empecilho distributivo em nossa cadeia de produção e que afeta sensivelmente na desigualdade social; algo que ocorre essencialmente na indústria e a culpa por isso, de acordo com economistas renomados, mas polêmicos como Marcos Lisboa, seria o excesso de protecionismo e cuidado do governo para com a própria indústria.  O que Lisboa muito embora queira se referir neste ponto, talvez seja o excesso de mimo dado pelo governo ao setor o qual menos apresenta resultados para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, nos últimos 40 anos. Enquanto que na ponta oposta, o agronegócio vem

Por menos chroma key

Desde a invenção do cinematógrafo pelos irmãos franceses Auguste Marie Lumière e Louis Jean Lumière em 1895, o Cinema passou por inúmeras sofisticações.  Mesmo outras criações precursoras do que viria a ser definitivamente a "Sétima Arte" como a conhecemos hoje, também foram fundamentais para o seu aperfeiçoamento até que pudesse adotar características comerciais de entretenimento. No início, apenas as imagens, sem som e muito menos cores; geralmente projetadas em um tipo de tecido na cor branca ou em materiais vinílicos de mesma tonalidade que vemos nas modernas salas de hoje em dia, embora até uma parede possa ser improvisada para projetar um filme em movimento. Em 1926, a gigante norte-americana Warner Bros introduziu o Vitaphone, tornando possível no ano seguinte, a exibição do primeiro filme falado ("The Jazz Singer" - "O Cantor de Jazz") . A voz do protagonista da trama, ecoou nas salas de cinema, encantando os espectadores; a obra cinematográfica le

Por que o mercado está errando tanto nos prognósticos do PIB?

Na última quarta-feira (27), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse à Comissão de Finanças e tributação da Câmara dos Deputados, que o mercado tem errado muito , nas projeções sobre o PIB brasileiro.  Absolutamente todos os agentes econômicos privados, bancos, corretoras e analistas da Faria Lima, incluindo entidades internacionais como o Banco Mundial, o FMI e a OCDE, além das agências de classificação de rating, sugeriam um crescimento médio para a economia brasileira, na ordem de no máximo, 1,9% ou 2% em 2023. Agora, esses mesmos agentes, estão sendo obrigados a rever suas projeções de crescimento para a atividade econômica do Brasil.  Porém, o próprio Banco Central já está mais pessimista na previsão do desempenho do Produto Interno Bruto brasileiro de 2024. A autoridade monetária brasileira acredita que no próximo ano, a taxa de crescimento da economia, volte aos patamares de 1,8% ou 2% ao ano.  Em meados deste mês foi a vez da OCDE (Organização para Cooperação

A indústria em Rio Verde

Especial mês de Aniversário de 175 anos Recentemente a equipe de reportagem do jornal Folha de S.Paulo, esteve em Rio Verde para fazer uma matéria jornalística sobre o potencial agroindustrial do município, que completou 175 anos de emancipação política no início deste mês. Com o título:  "Grãos redesenham economia de Goiás e em 40 anos impulsionam o desenvolvimento das cidades" , o repórter Marcelo Toledo, iniciou seu artigo, trazendo o acontecimento da união de 50 produtores rurais que mais tarde deu origem à maior cooperativa agrícola da Região Centro-Oeste do Brasil, relatado por ele, como ocorrido no final dos anos 1970. O desafio de industrializar Rio Verde era então assumido por esses arrojados produtores rurais, com a instalação da primeira esmagadora de soja em 1980, à qual hoje produz óleo de soja refinado e deu à Comigo, um faturamento anual na ordem de R$ 15,6 bilhões. Mais que o Produto Interno Bruto (PIB), do município de R$ 11,9 bilhões, registrado pelo IBGE em

Reforma tributária possível? Não! A reforma do "vamos ver no que vai dar"

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC-45/2019), que se refere à reforma tributária, passou em dois turnos  na Câmara dos Deputados, tendo votação concluída no último dia 07 de julho com grande margem de vantagem por 382 votos favoráveis e 118 contrários. Mas mudar o modelo de arrecadação de impostos de todos os entes federados com tantos interesses em jogo, não é tarefa fácil para nenhum governo. Tanto que este é um tema ao qual vem sendo discutido há 30 anos, sem nem ao menos ter havido uma bem sucedida votação inicial, como a ocorrida no início deste mês.  Desde 1993 (ano em que houve os preparativos do Plano Real, lançado em julho de 1994), se fala em reforma tributária no país. O cerne da proposta está longe da gritante necessidade de se promover justiça tributária no Brasil, para que cesse, a realidade regressiva da tributação brasileira em que os mais pobres acabam sempre comprometendo mais de suas rendas com impostos. Apesar de contar com estudos de entidades ligadas ao setor

Poupança interna e dívida pública

O debate econômico que tem permeado as discussões entre especialistas na atualidade se dá sobre a reindustrialização do Brasil, visto que nos últimos 40 anos, a indústria veio gradualmente perdendo relevância na economia nacional. Porém, assim como no período de industrialização brasileira (entre 1940 e 1980) o problema do financiamento capaz de tornar realidade o surgimento de novas e modernas fábricas, esbarrou na insuficiência de poupança interna para esse fim. No período de nossa história republicana conhecido como Estado Novo, o presidente Getúlio Vargas conseguiu financiamento externo para tornar possível uma usina siderúrgica e processar o minério de ferro em abundância no país.  Para conseguir o dinheiro para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o então governo negociou o apoio do Brasil junto às potências aliadas na Segunda Guerra Mundial (EUA, França, Reino Unido, URSS). Começou aí, um modelo de financiamento ao desenvolvimento brasileiro bastante controverso, o