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Mostrando postagens de setembro, 2019

O atendimento hostil do comércio de Rio Verde

 Uma pesquisa feita em 2015 e repetida em 2018, apontou o mesmo resultado, de que o Brasil amarga o penúltimo lugar em simpatia dentre os profissionais do comércio; a pesquisa no entanto, pode demonstrar um certo grau de injustiça, uma vez que muitos vendedores são apenas influenciados pelo meio hostil ao qual estão submetidos.  A investigação científica apurou o comportamento de trabalhadores ligados ao atendimento público no ramo comercial, dentre 16 países, indicando que os vendedores brasileiros ocupam a vergonhosa 15ª posição. Além de constrangedor, o dado precisa passar pelo crivo de uma avaliação mais minuciosa, que indique as verdadeiras razões por trás dele.   Com uma divulgação que mais parecia culpar apenas os empregados das empresas que comercializam produtos ou serviços, a mencionada pesquisa passou longe de apontar os próprios proprietários dos estabelecimentos comerciais, como os maiores culpados, pelo péssimo atendimento hostil  dispensados a seus clientes (algu

Janot e o estrelismo na Lava Jato

 A entrevista do ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, na qual diz em seu livro que teria tido o desejo de assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e logo após se matar, causou rebuliço na imprensa, e reações que apontam para uma tentativa desesperada do autor da obra em vender exemplares.  Revela ainda o quanto o estrelismo de procuradores e do juiz responsável pela Operação Lava Jato, contaminou outros entes ligados a instituições judiciárias do país. Algo preocupante quando a vaidade de agentes públicos desse meio, contamina a impessoalidade e a isonomia em decisões que passam a ser persecutórias contra determinadas figuras.   Sejam essas figuras vulneráveis públicas ou não, a qualidade do trabalho forense fica extremamente comprometida e a democracia assim, neutralizada, quando agentes públicos desse meio são bajulados por outros atores do meio público governamental, na oferta de homenagens e lisonjas contumazes, em repetidas ocas

O bem vindo revigoramento do liberalismo na imprensa internacional e que tem sido acompanhado pela brasileira

 O surpreendente editorial do jornal britânico Financial Times, publicado em sua versão impressa com o título "Por que o capitalismo rentista prejudica a democracia liberal", pelo menos no Brasil, foi replicada em português por no mínimo dois dos maiores jornais do país,  Valor Econômico , ligado ao Grupo Globo e Folha de S. Paulo .  Mas a publicação do Reino Unido não teve essa como única ou a primeira de suas opiniões editoriais do gênero. Basta uma ligeira zapeada pela versão virtual na internet do FT , que só pelos títulos, é possível perceber a independência com que o jornal manifesta suas ideias, frente aos acontecimentos em curso nas políticas econômicas, tanto privadas quanto estatais.  Lionel Barber, que é diretor de redação do periódico britânico mais respeitado do meio financeiro, disse em entrevista ao site da BBC News Brasil, que o capitalismo precisa de um novo começo e que desde a crise de 2008, tem vivido sob pressão, por não mais satisfazer as neces

Individualismo sectário coletivo

 Em sociedades cada vez mais dominadas pelo discurso da globalização que prega o individualismo e o mérito como principais argumentos em torno dela, evidencia-se um fenômeno o qual pode ser identificado como individualismo sectário coletivo, numa realidade onde um indivíduo pode não pertencer a um grupo e assim ser excluído do todo.  O sectarismo é a saída encontrada em um universo social movido pela individualidade, entretanto, deve obedecer a princípios que legitimem o pertencimento a uma determinada associação de pessoas, às quais em tese, pensam de forma semelhante e estão unidas em prol de um mesmo objetivo comum. Embora nem sempre tão convergente e conciliador.  Essa legitimidade deve obedecer a uma certa aceitação social, caso contrário, algumas delimitações sectárias podem ser vistas como objeto de baderna ou mesmo ainda, para fins ilícitos e portanto criminosos. Dessa forma, pertencer a um partido político, é aceitável desde que as bandeiras ideológicas da sigla, obede

Crise diplomática? Macron deveria processar o presidente brasileiro e não punir nossa economia

 Essa história de presidente ou ministro chamar mulheres de outros chefes de Estado de "feias", já deu o que tinha de dar; e não são protestos de redes sociais que farão cafajestes do governo brasileiro mudarem suas posturas, mas sim, ações efetivas que punam apenas os responsáveis diretos por esse constrangimento diplomático.  De proporções jamais vistas anteriormente, este incidente o qual provocou um severo arranhão na imagem do Brasil no exterior, não indica ser o último e por isso tão somente apenas, entre os envolvidos nessa crise nas relações protocolares restrito a dois líderes de seus respectivos países. Mas por infelicidade nossa, temos mais a perder do que eles.   Se Emmanuel Macron faz uso político dos incêndios na Amazônia, trivialmente, isso não dá o direito a ninguém ofender sua esposa. Algo que nem se faz necessário dizer, mas como diria Bertolt Brecht, "que tempos são esses em que é preciso defender o óbvio?". Pois infelizmente, por vezes