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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Embraer e Boeing: o que se perde além da soberania sobre uma empresa privada nacional?

  A semana que passou, bombou no mercado financeiro com a notícia das conversações entre duas das maiores fabricantes de aviões do mundo, que giraram em torno de uma possível aquisição de uma pela outra: a americana Boeing que sugeriu a compra da brasileira Embraer e provocou um verdadeiro frisson em meio ao alvoroço eufórico no mercado, com a  valorização de 23% das ações da companhia brasileira fabricante de aeronaves.   Exatamente por isso, as opiniões das redes sociais se dividem, mas a predominante se deu entre aquela que acredita cegamente que toda e qualquer transação entre uma empresa brasileira e outra americana, seja confiável e não tenha nenhum problema. De forma espontânea e natural, os mais radicais dentre os partidários e admiradores de uma realidade idealizada de livre mercado em que houvesse pouca ou quase nenhuma participação estatal, foram os mais entusiasmados com a notícia. E-195, um dos últimos lançamentos no seguimento de jatos comerciais da Embraer (F

Encarceramento em massa e a receita de uma sociedade fracassada

 O Brasil enfim conseguiu seu grande feito e se tornou a terceira maior população carcerária do mundo, basicamente formada por negros, pardos, analfabetos e pobres; pessoas às quais muito pouco se ofereceu em oportunidades para saírem de suas vidas de delinquência, mas que ainda são cobradas por aquilo que a sociedade deixou de fazer por elas. Afinal a imagem do pedreiro sem pernas que ainda trabalha, é o argumento confortável perfeito para as classes dominante e média, enfatizarem que não existem "vítimas da sociedade".  Com pouco mais de 720 mil presos a segunda maior economia das Américas demonstra que a intolerância, a exclusão e a discriminação ainda passam despercebidas quando são sutilmente abordadas de modo dissimulado sob o discurso legitimado (à força, é claro), da necessidade de ações coercitivas duras para conter a criminalidade.   Portanto nada mais se trata o que exprime o lado obscuro da classe dominante que teima em dividir a sociedade entre venced