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Mostrando postagens de julho, 2015

Quem é Sérgio Moro e pra quem ele trabalha?

 Esta é a pergunta que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República deveria fazer ao juiz Sérgio Moro, após ter prendido o homem chave do programa nuclear brasileiro. Uma ação policial em algo estratégico como o programa nuclear brasileiro pode representar uma séria ameaça à soberania nacional.   Se havia mesmo necessidade de se investigar os contratos envolvendo as centrífugas de enriquecimento de urânio da Eletronuclear, a mesma deveria ter ocorrido dentro mais completo sigilo. Expor o programa nuclear brasileiro dessa forma, só evidencia um total descompromisso para com a responsabilidade institucional do País, face a sua necessidade pessoal de estrelismo.   A Operação Radioatividade que prendeu o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro, presidente licenciado da Eletronuclear, simplesmente afeta o programa de enriquecimento nacional de urânio, justamente agora que o Brasil está construindo e muito próximo portanto de obter seu primeiro submarino nuclear, qu

Aposta internacional contra o Brasil

 De "queridinho" da década passada, o Brasil passou a ser visto como um dos patinhos feios da economia global. Com investigações contra a Petrobras nos Estados Unidos e agora contra a Odebrecht na Suíça, em nome da probidade do capitalismo, o País parece ser visto agora como que uma espécie de bode expiatório internacional para purgar os pecados de todo o capitalismo mundial.  Do futebol, passando pelo setor petrolífero ao da construção civil, o Brasil hoje parece ser alvo de algo visto como o exemplo a não ser seguido; ou dependendo do desfecho das investigações, como a substancialidade exemplar da punição para que outras nações emergentes como nós, entre nos eixos da civilidade institucional e econômica do mundo desenvolvido. Se o interesse internacional em torno do Brasil for esse, então tudo não passa de um embuste risível.   De acordo com a análise do jornalista Jamil Chade a uma emissora de TV brasileira, tanto Petrobras, quanto Odebrecht, são vistos como mais

O "day after" da exposição agropecuária e o desmentido da crise

 Quem saiu às ruas pedindo ética e probidade pública com camisetas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) - comprovadamente uma das entidades privadas mais corruptas do País -, reclamou do aumento de impostos, da conta de energia elétrica, e dos combustíveis e pensou que a dívida pública brasileira tivesse aumentado por conta do que foi desviado da Petrobras, precisa rever seus conceitos sobre isso.   Pelo menos para boa parte dos rio-verdenses nesse mês de julho não pareceu mais serem fatores tão preocupantes assim. Portanto q uem andou reclamando também do movimento fraco do comércio, do mercado imobiliário ou da prestação de serviços, certamente não pode se queixar muito, tendo em vista que praticamente todos aqueles que assim exerceram seu áureo direito pátrio e democrático de protestar, foram vistos nem que fosse por uma noite ao menos, durante os 10 dias de festa da 57ª Exposição Agropecuária de Rio Verde.   A ostentação e o glamour da festa já se faziam nítidos desd

A cultura do medo que oprime os pobres

Artigo de Claudio Porto, publicado em julho de 2011  O medo é cada vez mais central na sociedade moderna. Ocupa diariamente o imaginário popular, sendo expressão dos noticiários, dos livros, dos comentaristas, das autoridades etc. O medo é um elemento que desequilibra a mente humana e informa que algo nefasto e externo aos indivíduos não está andando como deveria.   Se o medo ocupa a centralidade de tal importância em nosso meio, fica a impressão negativa de que não conseguimos responder bem aos problemas que surgem na sociedade.   Ao menos, prevalece o sentimento de ódio, rancor, vingança e dor, enquanto consequência da cultura do medo, relegando ao sentimento de equilíbrio, solidariedade, justiça, espaço de menor importância na resolução de nossos conflitos sociais.   Para o pai da psicanálise, Sigmund Freud, toda doença está no campo da subjetividade, sendo, por meio da fala que é possível acessar o sofrimento dos doentes. Em primeiro plano, quando temos uma socieda

"Pedaladas" do fiscal. Quem fiscaliza ele?

 Em seu depoimento de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato ao Ministério Público Federal, o proprietário da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, disse que repassou a quantia de R$ 1 milhão ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz.   Esse valor na verdade, não era destinado ao pai de Tiago Cedraz, que é ministro na Corte, mas sim a um de seus pares no tribunal, ministro Raimundo Carrero, que era relator de um processo envolvendo a usina de Angra 3, em Angra dos Reis, no estado do Rio (obra executada pela UTC).  De acordo com o depoimento de Pessoa, após o pagamento destinado ao ministro Raimundo Carrero, intermediado por Aroldo Cedraz e seu filho - o advogado Tiago Cedraz -, a obra "fluiu" normalmente.   Com o relato do dono da empreiteira UTC, como fica a credibilidade do tribunal em que tramita o processo o qual gira em torno das chamadas "pedaladas fiscais" e que segundo se afirma tanto por

ECA: 25 anos

 Neste 13 de julho, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), vive sua fase mais decisiva, em meio ao bombardeio da opinião pública quanto a sua efetividade naquilo o que é mais importante para a sociedade: conter menores infratores. Contudo, o objetivo do ECA não é de apenas proteger ou simplesmente punir adolescentes.   Se o ECA não é cumprido em sua integralidade, ou não atende expectativas, a culpa não parece ser do próprio ECA, mas sim, do sistema que é formado por governos e judiciário os quais simplesmente não têm qualquer interesse para que o Estatuto vigore.   Sem dúvida, o que interfere negativamente em torno disso se dá pela falta de apoio de boa parte das prefeituras no fornecimento de estruturas adequadas para o completo funcionamento dos conselhos tutelares. De acordo com o Cadastro Nacional dos Conselhos Tutelares, existiam em 2013 cerca de 5906 conselhos no País, 632 a menos que o necessário. Sendo que 25% deles não têm telefone fixo e 37% não dispõem de l

Em clima de fim de recomeço

 Se existe algo do qual este blogueiro não dispõe, é procuração e patrocínio oficial para defender o governo. Logo essa observação se faz necessária dada a interpretações daqueles que me conhecem e me tomam como seu "paladino". O que muita gente porém teima em não reconhecer, é que o interesse aqui não é o de tão restritivamente e apenas, ser o de uma míope defesa do governo Dilma Rousseff; o objetivo aqui é a manutenção da ordem e do respeito constitucional.   Passados seis meses do início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, notícias de irregularidades na condução de sua política fiscal ou mesmo de natureza eleitoral - dado a depoimentos (frise-se: sem provas), que indicam que sua campanha teria recebido recursos ilegais de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato -, convidam a oposição a se manifestar na investida de uma falsa legitimidade em prol da defesa do impeachment da chefe de Estado do Governo Nacional Brasileiro. Entrevista do senador

Desafio para outros 40 anos

 A maior cooperativa agrícola da Região Centro-Oeste do Brasil, completa nesta segunda (06), 40 anos. A história da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), remonta a uma época bem anterior ao esboço concebido no ano de 1974 em um banco de madeira que ficava embaixo de uma árvore em um posto de combustíveis de beira de rodovia.   A história do cooperativismo em Rio Verde, está ligada também ao surgimento do Sindicato Rural no final dos anos 1950, quando desde o início da mesma década o jovem advogado, Lauro Martins, batalhava pela criação de uma cooperativa rural no município em que pudesse se materializar uma maior união de produtores rurais. O sonho de Lauro não se configurou da forma como ele desejava, mas deu origem também a outra respeitada instituição que hoje representa melhor seu desejo de parceria entre agricultores, projetado por ele para aquela época.   Mas a razão para o surgimento da Comigo se deu mesmo quando a agricultura co

Araujo, o "desconhecido famoso" de quem não gosta de sertanejo

 Nesta quarta (01), celebrou-se a missa de 7º dia do cantor sertanejo vítima de um acidente automobilístico, Cristiano Araujo. Um acidente que como boa parte dos acidentes, aconteceu de forma trágica e que portanto marcou muito aqueles que admiravam o trabalho do cantor.  O blogueiro Marcio Marques, é goiano mas não é muito fã de sertanejo. Possui uma preferência musical mais eclética e que a qual também inclui algumas músicas sertanejas.   Se eu disser que eu não sabia ou não conhecia Cristiano Araujo estaria mentindo, contudo, como eu não me aprofundava e não me interessava pelo sertanejo (talvez pela forma exaustiva com a qual, é tocado nas rádios ou na porta dos botecos da minha vizinhança), eu sempre misturava figuras como Cristiano Araujo com Léo Magalhães ou Gustavo Lima.  Portanto, não ouso criticar uma figura como Cristiano Araujo e afirmar que se trate de um desconhecido, apenas porque não gosto de sertanejo ou simplesmente como eu mesmo disse anteriormente, o confu