Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2014

O discreto ódio de Elio Gaspari

Artigo de Antônio Machado, extraído do blog Vi o Mundo de Luiz Carlos Azenha  O discurso da direita é obtuso, sinuoso, embiocado. Ora mais, ora menos, mas inevitável e necessariamente. Afinal, de que outra forma defender uma injustiça, justificar o indefensável?  Em sua coluna de quarta-feira na Folha de S.Paulo, o jornalista Elio Gaspari resguarda os xingadores da presidente da República – a doutora Dilma, como ele a chama –, já tão repreendidos pela mídia independente. “Argumente-se que o grito foi típico da descortesia dos estádios”, pondera.  A intenção já se define pelo título: “O ódio ao PT e o ódio do PT” (http://naofo.de/g0r). Gaspari, experimentado, não endossa o coro dos desaforados.  Se os protege, é com cautela – e sem apologia, é claro. Põe-se de fora, pretensamente alheio ao ódio manifestado de parte a parte.  Cita comentários de internet e conclui: “Se a rede for usada como posto de observação, os dois ódios equivalem-se e pouco há a fazer”.  Alt

O encarceramento em massa como solução para a crise social

  O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgou na última sexta-feira dados sobre a população carcerária brasileira. Aquilo o que especialistas já vinham prevendo se cumpriu e o Brasil acabou por se tornar a terceira maior população de presos do mundo com 715.655 pessoas presas em todo o País (contando com 147.937 em regime de prisão domiciliar). Segundo o CNJ, caso todos os mandados de prisão fossem cumpridos, o Brasil teria um número de presos ainda maior: cerca de pouco mais de 1 milhão.   Esses dados apresentados pelo CNJ, só refletem que desde o governo de Washington Luís (1926 - 1930), a questão social no Brasil continuou sendo sistematicamente tratada como caso de polícia, porém a política de encarceramento em massa de pessoas só veio a se intensificar mesmo nos últimos 20 anos. Só para se ter uma ideia, em 1994 o Brasil tinha cerca de 129.169 presos; em 2012 esse número já havia saltado para 548.003, o que reflete um aumento de 324% nesse período.  Os vergonhosos número

Precisa-se de emprego ou de renda?

Artigo de João Paulo da Cunha Gomes    Daí o sujeito diz assim: "O prefeito precisa trazer indústrias para a cidade. Indústria gera empregos e desenvolvimento". Daí eu observo o seguinte: São Paulo é o maior polo industrial da América Latina, e mesmo assim tem inúmeras favelas e cortiços; mesmo sendo considerada a cidade latino-americana mais rica, nela seres humanos vivem em casas de madeira e papelão. E muitas vezes, são os moradores desses cortiços que trabalham nas tais indústrias que para lá foram levadas "para promover o progresso".   Progresso? De quem? Para quem?  O mesmo ocorre em outras cidades industriais do interior, onde bairros periféricos miseráveis se multiplicam na mesma proporção em que novas indústrias se instalam. Há algo de errado com aquela fala do cidadão. A mesma controvérsia serve para aquele cidadão que diz: "O prefeito precisa fazer tal coisa, que será bom para o comércio". Daí eu pergunto: se será bom para o comérci