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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Imprensa mal na foto

 Depois dos flagrantes vazamentos seletivos para a imprensa sobre os depoimentos efetuados dentro de benefícios concedidos pela Justiça, em delação premiada, aos presos da Operação Lava Jato;  de fazer do nome de FHC, tema proibido dentro da TV Globo em situações envolvendo a Petrobras e o referido governo do ex-presidente; de ignorar a verdadeira razão para o famigerado encontro de advogados das empreiteiras indiciadas no escândalo da Petrobras com o ministro da Justiça; e do escândalo internacional do HSBC - em que o Brasil figura com a quarta maior lista de pessoas de altíssima estirpe acusadas de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal acobertadas pelo banco e que passou em brancas nuvens pela imprensa brasileira -, dizer que a presidente "ficou mal na foto, por duelar" com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se torna uma verdadeira bobagem.   Com essa pérola, o jornalista Kennedy Alencar se denuncia e se coloca no roll daqueles que atacam pelo contínuo empare

TV à lenha

 Semana passada, a sucursal da TV Anhanguera em Rio Verde, veiculou em seu bloco local hospedado no Jornal Anhanguera do Praça-TV da Rede Globo, uma série de reportagens sobre a TV digital, em função de Rio Verde ser a primeira cidade do País, no cronograma do Ministério das Comunicações, a desligar em definitivo os transmissores de TV analógica previsto para novembro de 2015.   Discutiram muito na série de reportagens sobre questões de cunho tecnológico, menos de conteúdo. Mesmo dotando Rio Verde de uma concessão pública de televisão aberta e comercial, a TV Anhanguera, só se limita a uma programação local na cidade, em dois blocos de jornalismo, hospedados no horário cedido pela Globo a suas afiliadas (e isso há quase intermináveis 25 anos de existência da emissora por aqui).  Rio Verde:  4º  maior  PIB goiano,  refém  de  uma  má  divul gação   na  capital,  onde  nem  mesmo   a  direção  para sua  saída  de Goiânia, é  informada corretamente  pelos âncoras da TV A

Impeachment

 Na manhã deste sábado (07), tive a oportunidade de participar pela segunda vez, de um importante programa de uma das principais emissoras de rádio em minha cidade: o programa "Ponto Crítico", da Rádio 96 FM, comandado pelo apresentador Isaac Pires com as participações do Professor Laudelino e Marat de Souza (que apesar de ser comentarista cativo da casa em outros espaços, neste programa em especial, era como eu, apenas um convidado).  O convite para minha participação no referido programa se deu para discussão da conjuntura política em nível nacional, sobre temas como: economia, corrupção e claro, o suposto processo que já teria sido posto em curso pela oposição, de impeachment da presidente Dilma Rousseff.  Contudo, dado ao tempo escasso do rádio, a formulação de raciocínio na mesma cadência de dinamismo exigido pelo meio de comunicação, da parte de participantes estreantes como eu, ficam de certo modo, deixados à desejar em muitos dos tópicos que vão surgindo no

Captação do rio Verdinho ou esperar a seca

 Há aproximadamente 18 anos, fala-se em um projeto para se captar água do rio Verdinho (curso d'água que cruza o município, mas que fica distante do perímetro urbano, cerca de 16 Km). E o problema é exatamente esse: não há sequer um projeto, tudo não passa apenas de um discurso político que atravessou mandatos e os anos.  Agora com a crise hídrica que atinge sobretudo o estado e a cidade de São Paulo, mas que também ronda a capital goiana e que não é uma probabilidade tão remota assim, de vir a acontecer também em Rio Verde, a proposta novamente ganha o ar da graça dos políticos locais.  A cidade atualmente é abastecida unicamente pelo ribeirão Abóboras, contudo, cerca de 50% de sua vazão é captada pela unidade industrial da BRF, que possui sua planta industrial instalada há aproximadamente 15 anos no município. Por conta disso, o abastecimento de água na cidade ficou comprometido, já que só metade do que o ribeirão pode oferecer é disponibilizado para a cidade.  Com

PM de Jataí mostra até onde pode se chegar em estupidez corporativa

 A semana que passou ficou marcada nas redes sociais, na imprensa local e até nacional, pelo episódio envolvendo três garotos que trabalham em um lava-jato e que gravaram um vídeo, fazendo graça com uma viatura da Companhia de Patrulhamento Tático (CPT), da Polícia Militar de Goiás em Jataí.   Depois da aventura, os jovens que não têm passagem pela polícia, foram presos e encaminhados para a delegacia de Jataí, onde coercitivamente foram obrigados a gravar um outro vídeo, pedindo desculpas à PM goiana pela brincadeira.  Essa sem dúvida, além da brincadeira dos adolescentes (compreensível dada à idade), foi a atitude mais covarde e estúpida que uma corporação policial poderia tomar em função desse grave incidente da qual ela mesma é culpada.  Primeiro que a Polícia Militar, como o próprio nome indica, é "militar". E como tal, deveria dotar seus batalhões de meios para a lavagem de suas viaturas sem que com isso precise empreitar o trabalho a terceiros.   Segundo, me

A ressaca do Código Florestal

 Quando das discussões sobre o Código Florestal, a bancada ruralista no Congresso Nacional se mobilizou e logo se posicionou contra a aprovação da lei nos termos originais propostos. Agora muitos arriscam dizer que a seca que assola o País é culpa da presidente Dilma.   Formadores de opinião que fazem uso de microfones nas rádios interioranas - como tudo -, ousam afirmar que a falta de chuvas seria responsabilidade do governo. Tudo por conta de estimativas que apontam perdas para a safra de soja 2014/2015,  em decorrência do baixo percentual pluviométrico verificado.   Usam para isso também, dentro de suas conveniências partidárias e ideológicas, até mesmo desgastados e surrados temas, tangíveis ainda à viabilidade ecológica de grandes obras hídricas, como a transposição do Rio São Francisco.    Na região de Rio Verde (maior produtora de grãos em Goiás), as perdas estão estimadas entre 15 e 25% das lavouras, devido à seca.  O que os produtores locais ganharam com a seca ameri