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Mostrando postagens de 2016

Enfim, o crime venceu a Justiça! E agora Cármen Lúcia?!

 Uma briga inédita na história da República tomou conta das lentes e microfones da imprensa nacional; o aparente clima de crise, se fez somente como um sintoma da hemorragia interna que o impeachment acabou por provocar na normalidade das relações institucionais do País.   O desacordo de vaidades ou a medição de forças em que um poder se sente ofendido pelo tom invasivo de outro em torno do qual, estaria moralizando determinadas práticas imorais do primeiro, tem buscado sobretudo, a afirmação de que um fiscaliza o outro, mas não admite ser fiscalizado por nenhum dos demais.   A crise não se dá apenas entre os poderes, é essencialmente um conflito que o sistema presidencialista se mostra incapaz de resolver.   Não está associado porém a um problema estrutural da República, mas tão somente apenas, a ausência de praticidade que a rigidez do presidencialismo não permite dinamizar, dada a sua estaticidade morosa que lhe dá como característica, no trato de suas peculiaridades i

O que a Black Friday tem a ver com a corrupção?

 A pergunta trazida pelo título pode ser simbólica, mas vem contida em suas entrelinhas, a essência da cultura, não somente brasileira, como a de qualquer outro país - sendo evidentemente, uns menos e outros mais -, que é a corrupção. A associação direta entre a política de preços adotada pela rede varejista na chamada 'Black Friday', em que tanto nas edições anteriores, quanto nesta (um pouco menos), verificou-se maquiagem de preços, evidencia corrupção da parte dos comerciantes.  A mania do 'jeitinho brasileiro' dá a peculiaridade de um costume americano que na verdade, visa antecipar o Natal ou desovar estoques para que um novo, possa abastecer as lojas no Fim de Ano, atendendo a uma necessidade de demanda por produção da indústria e o consumidor que leva produtos com datas de fabricação mais recentes. No Brasil como não há a preocupação com a economia real, mas sim com a economia especulativa de se lucrar o máximo possível com muito barulho e poucas ofertas re

Porque refundar a República

 Um jovem de 16 anos, filho de uma amiga, participou de um concurso nacional do Ministério da Educação (MEC), sobre sugestões dadas por estudantes da idade dele, em torno de propostas para a melhoria do ensino público no país. Não se sabe se esse concurso apenas coincide com as propostas em tramitação de reforma do ensino médio, ou se de fato teria alguma relação direta.  Porém o que chama a atenção foram os desdobramentos para que a proposta do jovem rio-verdense não fosse a contemplada dentre a vencedora.   Um possível "erro" na informatização do sistema do MEC pode ter prejudicado sua proposta, que até as 23 horas de segunda-feira (05) da última semana, era disparada a vencedora e que após o encerramento das votações à meia-noite, perdeu por apenas dois votos. Embora de acordo com o site do concurso, os votos ainda estejam em auditoria e o resultado oficial só seja confirmado na próxima quinta (17).   A impossibilidade para que alguns votantes de Goiás pudessem e

Cunha preso, antes nunca que depois do golpe

 O estardalhaço em função da prisão do ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não poderia ter deixado de gerar a repercussão que gerou em vista das especulações para que pudesse ter sido determinada somente agora, depois de tanto tempo e em face de seus possíveis desdobramentos para o futuro. Em vista disso, o questionamento se dá não propriamente no fato da prisão em si, mas na razão pela qual, ela só ter se dado nesta quarta (19).  Com a credibilidade abalada e desgastada, em sua indisfarçável parcialidade e direcionamento como tem conduzido a Operação Lava Jato - mais precisamente contra o ex-presidente Lula -, o juiz Sérgio Moro buscou na prisão tardia de Cunha, algo que se fizesse convincente o bastante, dentre o conjunto da obra no curso das investigações, sem se preocupar com a ausência de novos elementos que apontassem pela necessidade dela, no atual estágio dos acontecimentos.  No meio jurídico, houve quem criticou a medida preventiva

Capital do agronegócio?! Onde?

 Saiu nesta sexta (23), a Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que expôs o ranking dos maiores produtores agrícolas, dentre os municípios brasileiros. Quem mais uma vez se destacou, foi São Desidério, na Bahia, responsável por 1,1% da produção total agrícola nacional.   De acordo com o IBGE, as culturas que mais impulsionaram a agricultura em 2015, foram a soja (com produção de 97,5 milhão de toneladas), e o milho (85,3 milhão de toneladas), que com isso registrou incremento de 5,6% no valor adicionado da produção nacional, chegando a R$ 265,5 bi.  Mas e Rio Verde? Por que em 2015, Rio Verde não aparece entre os maiores do agronegócio nacional como em anos anteriores?  Eis a pergunta que deveria inquietar não somente nossas autoridades, como também os próprios produtores rurais do município, que para delírio daqueles que alimentam a velha rivalidade dos anos 1950, entre Rio Verde e Jataí, poder

Semipresidencialismo fake tupiniquim

 Paradoxo, contradição, hipocrisia, desfaçatez..., qual desses adjetivos podem definir nossas instituições, políticos de direita e boa parte de nossa própria população à qual se diz indignada com a corrupção? E como melhor se pode defini-la, senão pela forma usada para se destituir definitivamente uma presidente eleita por sufrágio, de seu cargo? Se o próprio processo para isso em si, já se fez corrompido, não há mais nada o que dizer em torno disso.    A corrupção aliás, é também sempre reivindicada como o mal a ser combatido ou o argumento necessário que busca uma forma de se eliminar adversários que carregam bagagens ideológicas ligeiramente diferenciadas dos demais, e incorridos naquilo que o senso comum entende como correto, é o meio pelo qual se compreende a "legitimidade" necessária para manobras institucionais além do razoável.  O desmonte da farsa, se fez logo após o que se entende como sua consolidação. Senadores que votaram pelo impeachment da presidente

Um nome estranho; um bairro que nasceu para ser "setor"

Para quem já se 'cansou' de ler sobre a história do nosso município que nesse finalzinho de agosto -celebra seu mês de aniversário-, deve portanto saber, que a chamada "arrancada para o desenvolvimento" de Rio Verde, se deu a partir dos anos 1970.  O certo, é que a cidade seguiu o ritmo do tal "milagre econômico" dos governos militares daquela época. Mas sem dúvida, o que foi determinante em tudo isso, se deu com a fundação da Comigo, no ano de 1975.  Desde o final da década até o início dos anos 1980 porém, a expansão urbana de Rio Verde também sofreu um elevado aumento, sendo que essa situação provocou o surgimento de bairros cuja a única infraestrutura disponível, se deu somente na abertura de ruas e o traçado das quadras.  A especulação imobiliária por parte dos herdeiros de propriedades antes rurais, que margeavam os limites urbanos da cidade, abriu espaço para bairros onde atualmente se verifica sobretudo, a apertura das ruas, em que muitas delas nã

Boicote ao O Popular

 Os rio-verdenses incautos e desatentos podem não perceber, como e porque Rio Verde é sempre preterida naquilo que pode ser decisivo ao seu desenvolvimento; com isso naturalmente apontam a representatividade capenga do município na política goiana e nacional, da parte dos detentores de mandatos parlamentares, como possíveis razões para isso.   De fato a baixíssima influência política dos representantes da cidade em nível estadual e federal, deixa muito a desejar; contudo, o que se ignora também é que as coisas desagradáveis que acontecem com Rio Verde, se devem também ao sublime e sutil boicote de grandes veículos da imprensa estadual da capital, que por sua vez, faturam alto com seus veículos de mídia por aqui, as quais também, manifestam maior interesse na repercussão de fatos negativos tangíveis ao município.  As potencialidades e os pontos fortes que marcam nossa economia, são muito raramente descritas na mídia nativa da capital. Rio Verde por isso, chega a ser vista como uma

Até onde os liberais querem regredir?

Desde o surgimento da Escola Austríaca nunca houve tamanha temeridade em meio a regressividade ao passado remoto da desregulamentação total; do capitalismo sem regras, predatório, seja stricto sensu, no que tange à sobrevivência do próprio capitalismo, ou mesmo também, lato sensu, quando analisamos questões de cunho social e ambiental, como na atualidade. E isso não é algo restrito apenas ao Brasil, em meio ao golpe brando sofrido em nossa democracia, trata-se de um fenômeno global.   A ideia do capitalismo que se alto regulamenta em meio ao teor da falsa competitividade engolida por trustes, monopólios e cartéis, é o que há de mais cínico em se tratando das teses e argumentos que procuram fundamentar as desigualdades entre os competidores. Aliás, muito difícil se conciliar a competição em meio à predominância cristã, daqueles que afirmam seguir os ensinamentos de alguém que não viveu no luxo, tampouco em palácios, que nasceu entre animais de um estábulo e morreu como um criminos

Renúncias do 'alto clero' no PMDB e no clero

 Renunciar quase nem sempre está nos planos das pessoas, contudo, se para se preservar algo maior ou se conquistar outro objetivo totalmente diferente do qual um indivíduo esteve se dedicando há até pouco tempo, tal atitude pode significar o oposto de uma perda; a renúncia assim, pode se fazer como uma excelente saída.  Por isso, renúncia completa só é convincente quando se faz de modo a neutralizar qualquer possibilidade de ganho, lucro ou vantagem posterior.   Na sociedade de nossos dias, até o conceito de renúncia se modernizou, mas se faz ainda latente em meio ao que supostamente se tenha aberto mão.  A prova disso pode ser observada no meio religioso cristão, onde se estima que um sacerdote católico, por exemplo, que por questões de celibato, tivesse aberto mão de se casar e constituir família, como acontece entre cristãos evangélicos, esteja com isso, renunciando ao seu direito patriarcal, para tão somente se dedicar ao 'pastoreio' dos fiéis de seu aprisco religioso

Pedido de divórcio

 Nesta quinta (23), o Reino Unido, em decisão histórica, resolveu por meio de um plebiscito, ficar fora da União Europeia. Contudo é preciso explicar aos desavisados o que significa todas essas informações que mexerão muito com o tabuleiro geoeconômico do mundo. A União Europeia é o bloco econômico, político e populacional mais antigo do planeta. Surgido no pós-guerra, se fez como uma aliança entre nações da Europa para buscarem, sobretudo, cooperação econômica que garantisse a mais rápida recuperação dos países atingidos pelo choque bélico que durou de 1939 a 1945.  Por meio de um plano de recuperação econômica liderado pelos Estados Unidos, conhecido como Plano Marschall, o que inicialmente ficou conhecido como Comunidade Econômica Européia (CEE), foi produto também de outros acordos multilaterais dentre os países europeus arrasados pela guerra, que buscavam compensações econômicas por meio de acordos de livre comércio em áreas específicas como a do carvão e do aço, evoluindo p