No último domingo de outubro (25), milhares de chilenos foram às urnas votar pelo plebiscito que decidiu que o Chile deve convocar uma assembleia nacional constituinte e elaborar uma nova constituição para o país. Após os protestos do final de 2019, a população do Chile enfim, tem concedida por decisão soberana popular em optar por ter uma nova constituição, livre dos entulhos autoritários impostos pela carta constitucional em vigor, elaborada pelo general Pinochet, o qual governou o país, numa das ditaduras mais sangrentas da América Latina. As constituições nacionais surgiram após revoluções populares exigirem que as monarquias as adotassem, para que a vontade do povo, manifestada institucionalmente por meio de uma assembleia de representantes eleitos, fosse acolhida. Esse entendimento partiu das reflexões de dois pensadores iluministas, o Barão de Montesquieu - que defendeu a divisão tripartite dos poderes de Estado - e o filósofo Jean-Jacques Rousseau, o qual elaborou a ideia
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