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Mostrando postagens de 2021

Chapadão, a historia de uma terra "que mana leite, mel" (e soja)

 Montividiu, é a cidade sede de um dos municípios mais promissores e produtivos de Goiás. Pequena no tamanho, mas grande na produção de grãos. A antiga corrutela criada por volta de 1907, antes conhecida por "Chapadão" (cuja a região é assim conhecida ainda nos dias atuais), se tornou uma verdadeira gigante na produção agrícola goiana.  Isso porque a localidade está bem no meio do cinturão da soja de Goiás (formado pelos maiores produtores goianos tais como Rio Verde, Jataí e Caiapônia).   Montividiu conta hoje com uma população acima de 13 mil habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB), na ordem de R$ 845,64 milhões, figurando-se entre as 45 maiores economias do estado.  Aniversariante do mês, foi emancipada no dia 30 de dezembro de 1987 após exatos 80 anos sob território então pertencente a Rio Verde, desde que foi criada em 28 de novembro de 1907 por Carlos Barromeu Peres.  Barromeu, após adquirir propriedade na região, logo passou a promover festejos religiosos em louvor

Mercado: "nós somos o Estado"

 Imagine uma situação em que não exista nenhuma propriedade pública, ou a figura do próprio Estado; e que as leis são determinadas por quem detém maior poder econômico, coercitivo de força e que pode inclusive cobrar impostos, por simplesmente ser o proprietário de tudo.   Pois essa realidade já existiu, e ficou conhecida na história como Idade das Trevas ou Idade Média, sendo o período econômico mais liberal que a humanidade já conheceu; com a diferença de que não havia capitalismo, e sim, outro modelo econômico ainda mais predatório do ponto de vista social, o feudalismo.  Nele o principal fator de produção, a terra, (e não o dinheiro), era o que determinava o poder na relação de suserania e vassalagem, e os estamentos sociais por meio de títulos de nobreza, ao invés de classes, pois praticamente não haviam mudanças significativas na estrutura social se não fosse por dotes de nascimento ou por golpe de sorte qualquer que fizesse os senhores feudais aumentares seus territórios de infl

Quando leis de mercado são desfavoráveis, burlam-se

 A pandemia de Covid-19 fez com que a atividade econômica retroagisse de tal modo que o lucro de muitos prestadores de serviços coletivos essenciais, foi reduzido de forma abrupta; é o caso dos operadores de energia elétrica, por exemplo. Com menor consumo de energia, geradoras, transmissoras e distribuidoras, tiveram por isso seus lucros também decrescentes.   O mesmo ocorreu aos combustíveis que com a queda no consumo, verificou-se o registro também do arrefecimento na oferta, que se deu como consequência para se evitar queda de preços em todas as cadeias produtivas do petróleo, já que a nova política da Petrobras, leva em conta a cotação do câmbio e do barril de petróleo no mercado internacional.  Então quando a cotação  no mercado global ficou negativa, a Petrobras reduziu um pouco os preços dos combustíveis; mas a partir do momento em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), diminuiu o ritmo de prospecção e refino de petróleo, e os estoques internacionais fica

Autonomia, independência e soberania

   Na conjuntura atual de verdades ocultadas e desinformação difundida, os conceitos são importantes para se delimitar o alcance ou os limites de cada termo, que nos ajuda na compreensão de suas definições.  Pensando nisso, é importante refletirmos sobre o que vem a ser autonomia, independência e soberania, pois são conceitos muito semelhantes, porém de contextos bastante diferentes e de amplitudes também distintas.  Na semana da celebração dos 199 anos da Independência do Brasil, esses três conceitos se misturam onde a demanda por liberdade não parte necessariamente de seguimentos mais vulneráveis da sociedade, mas exatamente daqueles que temem perder determinados privilégios.  Por isso apoiam o governo em suas ameaças de ruptura institucional, por julgarem não serem mais representados pelas instituições que agora defendem as liberdades de todos (e não de forma tão restrita de tal parcela populacional mencionada).  Por isso desprezam por exemplo o que diz a Constituição Federal, confo

Reforma tributária liberal pra social democrata nenhum botar defeito

 O ministro Paulo Guedes (Economia), decidiu, como no ditado popular "tirar o escorpião do bolso" e enviou ao Congresso Nacional, uma proposta de reforma tributária de teor bastante social democrata, pra um liberal convicto como ele. Trata-se de algo sem dúvida muito importante e que não pode ser ignorado ou tratado como assunto secundário.  Dentre as propostas do governo encaminhadas pelo ministro Paulo Guedes à Câmara dos Deputados, está a previsão de cobrança sobre lucros e dividendos para operadores do mercado financeiro, em especial ainda, para fundos imobiliários.  A ideia é importante já que apenas o Brasil (ao lado de outro país), não realiza a cobrança do tributo sobre lucros obtidos em operações no mercado financeiro de capitais.   Foi uma notícia recebida negativamente para aqueles que operam na bolsa de valores e outros mercados; tanto que o Índice Bovespa caiu e se desfez do recorde de 130 mil pontos registrados na semana anterior ao anúncio do pacote de reforma

O poder do amor

  Na Primeira Carta à Igreja de Corinto, na Grécia, São Paulo apóstolo escreveu sobre o amor de forma tão poética que suas palavras ecoaram no tempo na máxima expressão de um sublime sentimento o qual simplesmente é inexplicável.   Por amor as pessoas podem fazer sacrifícios imensos por seus semelhantes e ainda viver no opróbrio da intolerância e da incompreensão; o amor é por isso indescritível, mas Paulo de Tarso deu dicas de como o amor puro e verdadeiro se manifesta.  A fidelidade de um cão por seu tutor, é o mais singelo exemplo. Aliás, os cães sabem como ensinar amor aos humanos de forma tão pura, inocente, meiga e gentil, que poderíamos interpretar tal forma de amar, com um verdadeiro "tapa na cara", dos mesmos que vivem pregando o nobre sentimento, mas pouco o manifesta de forma prática.   Isso porque o amor é sutil, tênue, imperceptível; pode ser comparado à água (que não tem cor, não tem cheiro; é sem forma e muito menos possui sabor), mas é considerado o mais preci

Espiritualidade em tempos de pandemia

 As diversas e distintas civilizações e culturas, sempre recorreram a explicações de natureza religiosa ou esotérica para explicar os dramas humanos; profecias ou fenômenos naturais como a morte, possuem argumentos aleatórios que no fim, termina no objetivo da dominação coletiva e que beneficia um determinado grupo o qual detém o controle de uma sociedade.  Além da morte, a própria vida de sofrimento e privações pela qual parte significativa da humanidade sofre, também é filosoficamente explicada pelas doutrinas iniciáticas, que fogem do tradicionalismo das religiões comuns e mais densamente seguidas por milhões de adeptos, tais como, o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.   Doutrinas de origem mais orientais em que estão inseridas o hinduísmo, o taoísmo ou o budismo, evocam abordagens mais complexas e portanto, de conotação mais profundas que das filosofias religiosas tradicionais, pois evocam a ideia de vida além do plano material ou até mesmo, anterior à ele. No Brasil, a derivaç

Positividade tóxica: negacionismo sutil moderno

 Muito se discute sobre o negacionismo do governo ao redor das medidas adequadas esperadas (e frustradas), para o correto enfrentamento da Covid-19 no Brasil; a conceituação do termo que o envolve, não se aplica apenas ao modo sobre como a pandemia vem sendo confrontada, mas expressa a negação de realidades perigosas e desvantajosas para a maioria, como forma de se preservar situações confortáveis a camadas da sociedade ou de grupos seletos de pessoas.   Dentre os recursos mais utilizados para a negação de problemas estruturais humanos, está a positividade tóxica, que sem dúvida, representa o que há de mais venenoso dentre palavras supostamente envoltas de encorajamento e estímulo.  A positividade tóxica pode se tratar de uma das formas mais cruéis de auto sabotagem que uma pessoa pode ser instigada a adotar, logicamente, por indução externa de outras pessoas; geralmente mal intencionadas ou apenas apressadas em abreviar o que é visto por elas como inconveniências desagradáveis e enten