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Mostrando postagens de setembro, 2012

Histórias entre as vidas dos bancos privados e estatais

 Uma história de "amor" e ódio, se desenhou ao longo dos últimos meses entre o governo e os bancos, dentro da trajetória do esforço do governo pela redução dos spreads bancários, no melhor estilo romanesco dos moldes de Nelson Rodrigues.     Durante esse período a presidente Dilma Rousseff inaugura uma fase inédita e ao mesmo tempo, corajosa, desde os tempos áureos getulistas em um novo tipo de protagonismo da função do Estado na economia, principalmente nas finanças. O comentarista José Paulo Kupfer fala da medida do governo no telejornal da TV Gazeta de São Paulo (foto: Reprodução).    Resolve se utilizar do aparelho estatal através dos bancos oficiais, reduzindo as taxas dos empréstimos ao consumidor, numa tentativa de tornar as taxas mais atraentes e acessíveis aos correntistas, a fim de estimular o consumo e poder com isso, incrementar as taxas de crescimento do PIB para este ano.  Os bancos privados claro, não receberam a iniciativa do governo de bom grado. E

Estado de exceção

 Artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo em www.cartacapital.com.br  A lei promulgada pelo regime nazista em 1935 prescrevia que era “digno de punição  qualquer crime definido como tal pelo ‘saudável sentimento’ popular’”. No   Mein Kampf , Adolph Hitler proclamava que a finalidade do Estado é preservar e promover uma comunidade fundada na igualdade física e psíquica de seus membros.  Herbert Marcuse escreveu o ensaio  O Estado e o Indivíduo no Nacional-Socialismo . Ele considerava a ordem liberal um grande avanço da humanidade. Sua emergência na história submeteu o exercício da soberania e do poder ao constrangimento da lei impessoal e abstrata. Mas Marcuse também procurou demonstrar que a ameaça do totalitarismo está sempre presente nos subterrâneos da sociedade moderna. Para ele, é permanente o risco de derrocada do Estado de Direito: os interesses de grupos privados, em competição desenfreada, tentam se apoderar diretamente do Estado, suprimindo a sua independência forma

Nem choro nem vela...

Texto extraído do artigo de  Delfim Netto, do site: www.cartacapital.com.br  Não podia ser mais significativa, emblemática, na expressão moderninha de hoje, a manchete principal da página de finanças de nosso maior jornal econômico. Lembrava ao mercado que na última semana de agosto faz um ano que o Banco Central iniciou o processo de redução da taxa básica de juros (de 12,5% em 2011 para 8% desde a segunda semana de julho de 2012), sem que acontecesse a terrível catástrofe prenunciada pelos autonomeados gurus dos mercados financeiros. O título no alto da página era, singelamente, “Selic cai há um ano, sem reação” (!).  Pois bem, esta que considero a ação mais importante (e corajosa) de política econômica no governo da presidenta Dilma Rousseff foi vista pela crítica como uma “decisão precipitada”, capaz de “colocar em risco toda a credibilidade conquistada a duras penas nos últimos anos”. É o caso de perguntar: a “duras penas” de quem, cara-pálida?  Completado um ano do q

Energia um pouco mais competitiva

 Considerado um dos grandes gargalos de nossa infraestrutura, a energia elétrica no Brasil, passa por sua primeira 'reforma', desde o surto desvairado privativista dos anos 90 no setor, que simplesmente é estratégico para o desenvolvimento de qualquer nação.  Com o anúncio de redução nas tarifas de energia feito pela presidente Dilma Rousseff, na última quinta-feira, durante seu pronunciamento de feriado de 7 de setembro , transcorre em decorrência disso, como um verdadeiro alento para consumidores e o setor produtivo, cansados de pagar elevadas tarifas de energia, e o que vem em cima disso, naquilo que é repassado da composição de custos de fabricação dos produtos das empresas ao consumidor.   Mais uma vez, é importante ressaltar que a composição tributária nas contas de energia, não provém apenas da esfera federal na figura do PIS/PASEP e COFINS. Ela é oriunda em sua maior parcela, do ICMS (que em Minas Gerais por exemplo, é de 30%; E em Goiás que é de 29%).  No