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Mostrando postagens de julho, 2013

Uma iniciativa privada que ainda não descobriu o seu papel

 Todos os anos a mesma lenga-lenga se repete sobre a falta de infraestrutura de armazenamento de grãos no Mato Grosso; difícil entender que depois de 20 anos se despontando como celeiro brasileiro de grãos, ainda não se tenha resolvido gargalos de infraestrutura que não dependem tanto de intervenção governamental, essencialmente quando se pensa naquilo que o governo federal poderia ter feito à respeito. Afinal, como manda a regra do bom e velho capitalismo, parte dos lucros precisam ser canalizados para novos investimentos.   A palavra-chave que se torna garantia para mais produtividade e mais lucros, parece que não entra na cabeça de boa parte dos empresários nacionais, seja ele de qual segmento for. Lógico que infraestrutura é essencial para a continuidade de desenvolvimento em qualquer cadeia de atividade produtiva e depender de iniciativas públicas para tudo, quando o governo é sempre chamado ao contingenciamento  de recursos para garantir o pagamento de juros de sua dívi

O pecado capital da JMJ

 O Papa enfim chegou ao Brasil e já iniciou seus discursos com base em mais justiça social e menos desigualdade. Por ser um papa latino-americano conhece de perto desafios pelos quais os jovens diariamente precisam enfrentar para conquistarem seu espaço no mundo gerido pela economia de mercado.  Se hoje o jovem europeu sofre por estar fora do mercado de trabalho e paga caro o preço por aquilo que seria em decorrência da farra da agiotagem financista da banca internacional; e que os países europeus terão que arcar sacrificando suas populações por isso, a juventude latino-americana - principalmente também a brasileira -, apesar de uma relativa performance na geração de empregos no País, ainda se vê tolhida na conquista de espaços nele, por ser sempre considerada desqualificada e pelo qual o mercado de trabalho acredita, em decorrência da pouca experiência que possuem, devam ganhar pouco.   Dessa forma um paradoxo se perpetua no horizonte dos jovens brasileiros: se não trabalham,

Liberté, égalité, fraternité

 O que é preciso para se conquistar uma sociedade igualitária, social e economicamente justa? Esse foi o questionamento feito pelos revolucionários franceses do final do século 18 em meio a um cenário social de guerras, elevada dívida pública, escandaloso luxo restrito à  aristocracia, a pobreza da maciça e imensa maioria do povo e a escassez de alimentos, num quadro social tão sombrio quanto os rigorosos invernos europeus.  Todos esses elementos negativos juntos agravada a uma postura ausente e distante da monarquia francesa em relação ao sofrimento do povo, foi o estopim que desencadeou a mais sangrenta revolução da história e que acabaria na morte do monarca, posteriormente de sua esposa e de seu herdeiro ao trono que o pertencera.  A queda do símbolo da opressão e do cárcere político da época - a Bastilha -, onde pessoas do povo mais oprimido pela dura realidade social agravada pela fome, eram constantemente ameaçados e para onde eram levados caso insurgissem contra a rea