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Mostrando postagens de 2018

As burguesias fedem e nem todas têm dinheiro pra comprar perfume

 É notório e razão de críticas por parte da academia intelectual de esquerda, a miscelânea que a confusa estrutura social brasileira provoca, visto em esteriótipos da ausência de consciência de classes, visível principalmente entre os pobres e a classe média, sintetizada no chamado "pobre de direita" ou no "capitalista sem capital".  O conceito marxista de proletariado o qual segundo a visão de Karl Marx, representaria a classe trabalhadora, é totalmente rejeitado na visão brasileira, pois a evidência extraída da vivência nacional é a de que todos seriam de alguma forma, "sócios de seus patrões" (só que com uma participação mínima dos lucros, conhecida como "salário").  Mas não é bom se apegar aos entendimentos da concepção própria da sociedade brasileira em torno da real representação de contextos sociais e de divisão de classes. O recurso científico da história, busca respostas mais apropriadas que contrastem versões nacionais da comp

Entorno: DF toma que o filho é teu

  Atualizado em 09/12/2018  Muito pouca gente sabe, mas em Goiás, praticamente existem duas regiões metropolitanas; contudo, não se quer aqui fazer referência à "subcapital" do estado, conhecida por seu considerável parque industrial, distante 50 quilômetros da capital goiana. Mesmo não sendo de fato, a dita região , não deixa de ter esse aspecto metropolitano.   O chamado Entorno do Distrito Federal, engloba 29 municípios goianos e mais quatro pertencentes a Minas Gerais, sendo portanto, um território que influencia muito mais o estado de Goiás, do que a porção mineira que cabe a unidade da federação vizinha. Por essa razão, a concentração de problemas do lado goiano é muito maior que os benefícios. Valparaíso de Goiás, é uma das mais importantes cidades do  Entorno do Distrito Federal e é rota  quase obrigatória para quem sai do Sudeste com direção a Brasília.    O maior desses problemas, se dá na concentração e desordenação do crescimento populacional das c

Fé e política em tempos de catolicismo fascista e omisso

  A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), agora "corre" contra o tempo na reparação de sua imagem em torno do contexto político de neutralidade que adotou, para não ser obrigada desde há algum tempo, a enfrentar a fúria de fiéis menos dotados da compreensão democrática plural, dentre as diversas matizes de opinião.  De forma tardia, por algumas ocasiões a entidade católica de maior vulto nacional, se reuniu com políticos com tendência moderada, além de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para discutir sobre o avanço do fascismo no Brasil, embora a Igreja, jamais tenha se debruçado a fazer o dever de casa em torno disso.  Essa realidade bizarra dentro do próprio meio católico começou de forma lenta, gradual e nada silenciosa, contudo, o clero achou por bem, se fingir de cego, mudo e surdo em vista da ameaça crescente do discurso fascista - que contraria frontalmente os ensinamentos dos Evangelhos pregados de maneira formal e solene nas missas, co

O surto ultra-direitista "jabuticabesco" brasileiro

 Um misto de revolta aparentemente sem causa, porém perfeitamente compreensível tomou conta da maior parte da população brasileira, desde a eclosão das manifestações de junho de 2013; de repente as pessoas começaram a se preocupar mais com a moralidade pública, com a qualidade dos serviços públicos e com a probidade dos governos.  No entanto, conforme constatado pelo professor, Francis Fukuyama, da universidade americana de Stanford em entrevista concedida ao jornal O Globo (confira no link ), o fato das manifestações contra a corrupção terem se arrefecido no Brasil no decorrer do governo Temer, indica algo muito ruim para a democracia.  Para Fukuyama o fato do uso ideológico das manifestações contra a corrupção onde evidenciou a cissão entre direita e esquerda, também é outro ponto negativo para a democracia brasileira, uma vez que o tema é tratado apenas como mote de acusação entre defensores de uma ideologia contra a outra. Para  jornal  francês,  Libération, Bolsonaro é

O centro velho que insiste em seu passado contemporâneo

ESPECIAL PARA O 5 DE AGOSTO O conjunto urbanístico e arquitetônico de um bairro, localidade ou de uma cidade, como um todo, é formado por seu acervo de prédios, casas; pelo estilo estético de suas fachadas, as cores, os materiais usados, bem como o estilo paisagístico das ruas; seus traçados, suas calçadas, os postes de iluminação, a sinalização de trânsito e o mobiliário urbano de forma geral.  Assim sendo, é preciso que haja todo um padrão a ser obedecido que deve por isso, ser preservado. Os painéis de fachada enormes e espalhafatosos das lojas que vemos em Rio Verde, são exemplos que afrontam esse critério de preservação e da ênfase no patrimônio arquitetônico.  As constantes reformas e descaracterizações também prejudicam.  Igreja de  São Sebastião,  ladeada pela Torre Aracoara e o casarão de  " dona Ambrosina ", construído no final do século 19 e que teria servido de esconderijo a Pedro  Ludovico Teixeira,  durante a Revo lução de 1930 - Foto: marciomarxs.go.br. Nessa

O Refis para 63 milhões de pessoas

 O candidato a presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, parece ter conseguido mexer nas estruturas populares em pleno início do período eleitoral ao instigar o debate em torno da necessidade que o país atravessa em retomar 63 milhões de pessoas ao roll da sociedade de consumo, como uma das ferramentas para a alavancagem da economia brasileira.   Apesar de não ser um problema novo, a discussão do tema tem gerado controvérsias e expõe ainda seu ineditismo, n uma sociedade acostumada a perdões, isenções e renúncias tributárias bilionárias que beneficiam sobretudo, grandes empresários, bancos e ruralistas, é natural soar estranho que um candidato a presidência mencione que fará algo semelhante a pessoas comuns.  A legião de dezenas de milhares de pessoas físicas devedoras com o nome negativado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) - ou Serasa -, de repente atraiu as atenções da sociedade dentro de um contexto em que se é preferível culpar quem toma crédito, do que condenar a