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Mostrando postagens de junho, 2010

A cidade que vislumbramos

Quando ando pelas ruas da cidade fico sempre decepcionado, tanto que até mesmo se tem a sensação de um estado ligeiramente depressivo por vê-la tão mal cuidada - não somente pelas autoridades constituídas locais, como também por seus próprios moradores -, em meio a uma total falta de cuidado com a aparência e a estética urbana de Rio Verde (cidade com pouco mais de 160 mil habitantes, distante de Goiânia 220 Km à sudoeste de nossa capital, em Goiás). É um município dinâmico, atraente para grandes investimentos e que está na mira de outras grandes empresas nacionais. Para um futuro próximo estima-se que com o aumento demográfico da cidade em 15 ou 20 anos, atinja uma população em torno de 250 mil habitantes. Atualmente o seu Produto Interno Bruto está na faixa de R$ 3 Bilhões e o PIB- per capita  estima-se, esteja acima de R$ 20 mil . Um município tão rico que reflete bem a face mais cruel do restante do país: a gritante e explosiva desigualdade social e de renda. Conhecida como um o

O Discursinho Fácil da Paz

Quando ligo a televisão ou o rádio, logo me deparo com uma 'realidade' que incomoda: a violência. Afinal alguns diriam que tudo é o retrato de uma contemporaneidade, e assim todos aceitam a versão fácil e superficial dos meios de comunicação em cima de um tema que rende muito para emissoras de televisão e rádio. Então, vemos manifestações de rua pedindo "paz" e claro com a participação da imprensa. Mas será mesmo que a sociedade quer mesmo a tal "paz"? Quando desperdiçamos nosso tempo ouvindo ou vendo notícias de um cotidiano ao qual muitos acreditam ser parte da rotina e coisa natural nos nossos dias, não estamos também alimentando o espetáculo que se faz em torno da violência? Como podemos pois, querer a Paz, se constantemente estamos praticando a violência subliminar, silenciosa, dissimulada e sutil, através dos sofismas de consequências e não das causas da violência?! Em cima de distorções de notícias mal dadas ou simplesmente cuidadosamente manipulad

"Juventude Sem Causa"?! Quem é o dono dela?

No último domingo, participei de um encontro de jovens promovido pelo grupo de jovens da paróquia que frequento. E em meio à cantorias e louvores, jovens de outras comunidades e paróquias de minha cidade, participaram numa tentativa de unir todas elas e fazer uma reafirmação do caráter universal da Igreja Católica, e fazê-la se sentir em meio aos jovens dessas comunidades. No decorrer do evento, muitos tomaram a palavra e sempre o tema "drogas" , vinha à tona. A violência e suas principais vítimas, e advinhem a faixa etária escolhida para a abordagem do tema? Um dos preletores, um padre da própria paróquia e também professor universitário, citou uma série de problemas e apontou parte do que poderia ser as soluções. Sempre de maneira bem humorada com anedotas de futebol para ilustração de sua palestra. Eis que de repente surge então a expressão: "juventude sem causa ". Naquele momento, senti que ele poderia estar falando de alguém por alí que estava assistindo