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Mostrando postagens de agosto, 2012

Custo da mão-de-obra X produtividade

  A economia brasileira está sofrendo embates no mínimo contraditórios por conta do resultado do PIB do segundo trimestre e que por sua vez ajuda a muitos, sustentarem a defesa de teses neoliberais; de que é necessária a implementação de reformas - principalmente tributárias e trabalhistas -, argumentado que pelo bem da competitividade do país se torna necessário a adoção de um "mal".  Ou seja, a propositura de um sacrifício; contudo não da parte dos empresários, mas sim, dos trabalhadores e do governo.  Embora a atividade industrial esteja dando sinais de estar sendo o patinho feio  da economia, foi ela quem mais concedeu aumentos aos seus trabalhadores acima da inflação em cerca de 98% das categorias,  enquanto na outra ponta, também argumenta-se de que a produtividade do trabalhador da indústria, também tenha caído.   Eis a pergunta que não quer calar:  A culpa é do trabalhador, por estar produzindo menos e ganhando mais?  E outra pergunta ainda mais interess

Momentos

Extraído da Coluna de Roberto Rodrigues da Folha de S. Paulo A fragilidade dos modelos de segurança alimentar implementados em todo o mundo ficou exposta pela dura seca que provocou quebra da safra americana de milho e soja da ordem de 120 milhões de toneladas -quase a totalidade da safra brasileira desses dois produtos. Internamente, o governo americano está às voltas com uma complicada questão: os setores que usam o milho para alimentação humana ou animal estão pressionando o governo para reduzir os incentivos à produção de etanol, que consome 40% da safra de milho. Até a ONU, preocupada com o encarecimento dos alimentos, entrou nessa linha. Se o governo Obama aceitar as razões invocadas por esses setores, terá de importar combustível fóssil, caro e poluente, com consequências negativas para a sociedade americana. Se não aceitar, carnes e lácteos ficarão mais caros. Por outro lado, os elevados preços do milho e da soja estimulam produtores desses grãos no hemisfério S

Idiossincrasias sob o ‘Custo Brasil’

No contexto atual onde se insere a nova realidade brasileira de juros declinantes, uma vez que isso trás de volta o investimento produtivo privado, emerge e evidenciam-se nossas deficiências sobre os elementos que compõem as variáveis que são imprescindíveis ao crescimento sustentável de nossa economia.  O site da BBC Brasil trouxe na última quarta-feira, um resumo de cinco empecilhos básicos que entravam o crescimento. Dentre eles, são: - A infraestrutura precária; - Déficit de mão-de-obra especializada; - Sistema tributário complexo; - Baixa capacidade de investimentos públicos e privados - Burocracia excessiva.  O texto que contém a participação sucinta de especialistas ouvidos pela BBC Brasil, faz uma radiografia precisa sobre o que é necessário ser enfrentado pelo país para superar esse estágio de baixas taxas de crescimento. A reportagem completa você pode acompanhar no seguinte link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120821_viloes_cresci

Mudança de modelo no desenvolvimento brasileiro

  Os dados sobre a economia brasileira da última semana, sinalizam  os efeitos quase nulos das medidas de estímulo do governo federal, e o que de fato, o consumidor e o trabalhador têm absorvido em benefícios práticos em sua vida.    A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sobre a 'linha branca' por exemplo, onde mesmo com esses benefícios, a indústria de fogões, máquinas de lavar e geladeiras reajustaram seus preços para cima, sob a alegação de que por conta do aumento do câmbio, teria havido um consequente aumento nos custos de importação de alguns componentes para fabricação desses produtos, e que por sua vez, estaria influenciado nesses reajustes.  No mesmo bojo dos benefícios tributários para a indústria, se encontram os funcionários da General Motors de São José dos Campos em São Paulo, que foram surpreendidos com um programa de demissões voluntárias.  Avaliando o impacto quase nulo nos resultados da economia brasileira, a renúncia fiscal

Dores do Rio Verde

Este mês comemoramos o tradicional aniversário de Rio Verde e fazemos aqui uma série com duas postagens sobre a história econômica desta que se tornou a grande surpresa da última década com seu vertiginoso crescimento. Desordenado é claro. E o pior! Sem nenhuma expectativa de que o seu padrão de expansão vá melhorar no futuro. Rio Verde surgiu no início do século XIX, com a doação de terras devolutas, feitas através de um decreto imperial que determinava a referida doação a quem se dispusesse a desbravá-las.  Foi nesse espírito desbravador que o 'paulista', José Rodrigues de Mendonça, saiu de sua cidade -Casa Branca, no interior de São Paulo- rumo às terras que já estavam destinadas a serem dele.  Rodrigues de Mendonça que dá nome a uma praça no ‘centro antigo’ de Rio Verde deve ter chegado à região entre 1838 e 1840.  Aproximadamente uma década depois, Rio Verde se emancipava com o nome oficial de: Nossa Senhora das Dores do Rio Verde ou simplesmente, ‘Dores do Rio Verd

Rio Verde moderna

 Dando seqüência ao último post, em comemoração ao aniversário de 164 anos de Rio Verde, no próximo dia 05 de agosto, vamos iniciar de onde paramos: a década de 1960, quando relatei que a cidade enfim, inebriava-se num breve período onde a dupla Mauro Borges (governador do Estado) e Paulo Campos (prefeito), inaugurava uma fase onde o centro de Rio Verde passava por sua modernização.   Ruas de terra ou calçadas com paralelepípedo em basalto davam lugar ao asfalto. O paralelepípedo teve uma outra destinação, e foi usado como guias de sarjetas das novas ruas recém-pavimentadas.  Os postes que sustentavam a rede de energia elétrica de aroeira, deram lugar a modernos postes de concreto e uma iluminação pública mais potente ganhava as ruas da cidade. Tudo da energia provida de Cachoeira Dourada.  Conta-se que a primeira rua a ser pavimentada foi a Rua João Belo, (atualmente, Rua São Sebastião no centro antigo de Rio Verde). E o asfalto ficou tão bom, que a necessidade de recapeamen