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Mostrando postagens de agosto, 2011

Inimigos Sociais - Destilação do Veneno dos Representantes das Elites

  Realmente como abordado por mim em minha última postagem, o tema violência ou Segurança Pública, é algo abstrato, subliminar, e ao mesmo tempo... Físico e material.  Num país onde se tem o 8º pior, sistema de distribuição de renda, e nesse mesmo país, que tem experimentado elevados índices de crescimento econômico - tendo no ano passado, assumido a 7ª colocação entre as nações mais ricas do globo - tem nesse contexto já implícito, a violência. A própria forma com que a população pobre em si, vive, se configura como algo violento.  Um dos piores níveis de educação do mundo, as condições sub-humanas de moradia, carências de saneamento básico, emprego e renda, e sistema de saúde deficitário e inoperante. Todas essas características sociais peculiares brasileiras, se configuram como uma violência ou uma insegurança social, que por sua vez, desencadeia na violência ou na insegurança pública.  Mas o que considero mais nojento e repugnante, é a forma de como as elites - respon

Inimigos Sociais

Um tema tem tomado conta nos últimos dias dos noticiários, principalmente locais. É o tema predileto dos formadores de opinião e de comentaristas de emissoras de rádio em nossa cidade. O tema Segurança Pública, ou melhor, a Insegurança Pública tem se tornado um tema corrente em nossos veículos de comunicação, por se tratar de algo que não fere a moral individual de ninguém e por ser um tema vago e genérico que afeta a população como um todo, mas que se configura como uma faca de gumes, pois afeta a população em dois sentidos. No sentido da violência factual e da violência subliminar - aquela que atira dardos venenosos  aos radiouvintes - mas que por um inebriante prazer em ouvir as "desgraças alheias", esses radiouvintes nem se dão conta de que são eles, o principal "problema". Ou melhor dizendo, a verdadeira causa da insegurança que toma conta de nossa elite e à qual, produz os referidos comentários nas emissoras de rádio que possuem. Nossos formadores d

A "Nova"?! Classe Média

  Muitos afirmam, e é categoricamente reafirmada pelo governo, de que está surgindo no Brasil, uma nova Classe Média e tentam demonstrar com isso, através dos números ou pela sua expressividade:  -Cerca de 39 milhões de pessoas, (quase a população da Argentina) ascenderam para essa dita "Nova Classe Média";  -O consumo dessa faixa de renda atingiu R$ 1 trilhão ao ano, (cifra equivalente aos PIB's de Argentina, Paraguai, Uruguai e Portugal juntos).  Mas alguns pontos devem ser esclarecidos em todo esse... oba oba : Na verdade o que existe é uma classe emergente e que por conta da insegurança econômica à qual vive cotidianamente, (com riscos de perda de emprego, ou por serem profissionais liberais prestadores de serviços em setores da economia informal, mais sensíveis) podem ser fator de preocupação, pois acabam consumindo mais do que realmente necessitam, ou mesmo aquilo que nem mesmo de fato, necessitam e consequentemente, com risco de inadimplência maior.

Neoliberalismo: precisamos de uma nova Revolução Francesa?

  A choradeira é geral, mas também não seria por menos, nossa carga tributária é exageradamente exorbitante. Estamos vivenciando uma crise no mundo dito globalizado e a culpa parece ser dos governos que gastam muito com a qualidade de vida de suas populações. A necessidade premente agora é 'fazer ajustes fiscais', 'apertar o cinto' dos gastos de governo, principalmente, sociais.  Na França de Luís XVI o Estado era pesado com gastos e mais gastos com o luxo da corte. A aristocracia parecia não ter limites para suas vaidades às custas dos impostos cobrados da plebe. Hoje temos uma nova classe de aristocratas, o setor financeiro mundial que vive basicamente dos juros da rolagem das dívidas dos países em desenvolvimento e também ao que parece, de países ricos.  O Brasil como menino bonzinho, cumpridor de seus compromissos repassa ao mercado financeiro boa parte de seus recursos arrecadados através dos impostos à esse setor da economia que nada produz, não gera empr

Rio Verde e o desenvolvimento social

  Hoje comemora-se o aniversário de fundação de minha cidade. Uma das cidades mais prósperas e dinâmicas da região Centro-Oeste, encravada na região conhecida no estado como Sudoeste goiano. Tem atualmente perto de 180 mil habitantes e um Produto Interno Bruto - PIB - de algo em torno de 3,6 bilhões de reais. Que gira em cerca de 20 mil reais por habitante - o chamado PIB- Per capita.  Dessa forma seria quase que impossível haver pessoas em situação de extrema pobreza em Rio Verde. Mas não é o que acontece na realidade.  Talvez o mercado de trabalho seja onde isso mais seja evidente. Dada à atração de mão-de-obra oriunda de outros estados, destinadas ao trabalho braçal nas indústrias da cidade, em que de modo geral, são pessoas semianalfabetas ou analfabetas funcionais e às quais consequentemente estão desqualificadas profissionalmente, mas que com os salários que recebem, o alto custo de vida na cidade e a imcompatibilidade de horários nas jornadas de trabalho, torna-se quas

BRASIL: 2º MAIOR EM NÚMERO DE ASSASSINATOS DE JORNALISTAS

Brasil é o 2º em mortes de jornalistas na América Latina DE SÃO PAULO O Brasil está em segundo lugar, empatado com Honduras, no ranking de jornalistas assassinados na América Latina neste ano, divulgado pela SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa). A cinco meses do fim do ano, 2011 tem mais mortes de jornalistas no continente em duas décadas, diz a SIP. Foram 19 nesse período. Os quatro jornalistas brasileiros citados no relatório são Luciano Leitão Pedrosa (morto em Pernambuco, em abril), Valério Nascimento (interior do Rio, em maio), Edinaldo Filgueira (Rio Grande do Norte, em junho) e Auro Ida (Mato Grosso, no mês passado). Os números levam em conta só os crimes ligados ao exercício da atividade jornalística. O líder na lista de homicídios é o México, onde houve cinco assassinatos de jornalistas neste ano em meio a violentos conflitos nas regiões dominadas pelo tráfico. Em entrevista em Miami (EUA), os diretores da SIP expressaram "estado de alerta e preocupação"