Com tema espinhoso Campanha da Fraternidade tenta unir uma Igreja cada vez mais desunida, narcisista e individualista
Lançada tradicionalmente todos os anos na Quarta-feira de Cinzas, a edição da Campanha da Fraternidade 2018 deste 14 de fevereiro, não poderia mais continuar sendo postergada com temas manjados relacionados ao meio-ambiente, ignorando aquilo que mais tem deixado a sociedade, principalmente católica, apreensiva. O tema segurança pública enfim ganhou destaque na cúria dos bispos brasileiros. Por meio então de sua mais elevada instituição, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tenta se atualizar em torno de temas os quais realmente tem gerado verdadeiro impacto na sociedade contemporânea; o desafio porém, é trazer essa abordagem para suas fieis causas e não apenas cair na mesmice em se analisar apenas as consequências ou os efeitos nocivos da violência sobre a sociedade. O risco é a campanha se perder em meio às banalidades dos rituais católicos da Quaresma e a grande reflexão sobre o tema ficar postergada apenas ao armamentismo, ao encarceramento em massa de pobre