Fim de ano, vem as tais 'retrospectivas', típicas desta época. Um momento de reflexão sobre os acontecimentos que marcaram o ano, feitos pela mídia, e assim sendo, gostaria de dedicar esta postagem também à esse fim. Relembrar fatos marcantes que ocorreram durante o ano e que de certa forma influenciaram a vida dos brasileiros e em especial, e porque não, a deste blogueiro que se lançou na aventura de tentar decifrar o Brasil, e a sociedade brasileira.
Mas o título desta postagem, pode para alguns, representar uma crítica direta ao governo - principalmente o federal - porém não é esse o seu fim, apenas mais uma vez... fazer uma reflexão.
Hoje uma notícia tomou conta de parte da imprensa britânica e repercutiu muito por aqui na mídia brasileira. O fato da divulgação de um estudo feito por um centro de pesquisas econômicas do Reino Unido, o qual indica que a economia brasileira teria ultrapassado o valor total das riquezas de lá, o famoso Produto Interno Bruto, mais conhecido como PIB. Reconhecidamente e sem estardalhaço, a imprensa daqui, divulgou a notícia com a máxima discrição, principalmente o telejornal de maior audiência do país, afirmando que tal feito, somente foi possível dado a crise que tem tomado conta dos noticiários econômicos, que vem acontecendo nos países considerados como a elite econômica do mundo, o chamado 'G7', e que não seria tão meritória assim, ao crescimento do PIB brasileiro.
Assistindo pelo 'You Tube', o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, sobre as conquistas do ano em seu governo, fiquei pensando no que ela quiz se referir sobre a geração 2,3 milhões de empregos no ano, enquanto eu perdia o meu. Não faço nenhuma crítica direta à ela. A presidente Dilma não é gestora da empresa à qual eu trabalhava, que aliás, ao contrário do Brasil, não está gerando empregos, mas sim, fechando postos de trabalho, e ironicamente herdando outros que talvez, em nome do corte de gastos por conta da crise da Europa e que é... na Europa... venha também a extinguir.
O ano de 2011, foi para mim, o mesmo que absolutamente nada. Foi como um filme que depois de rodada as filmagens, o cara responsável pela montagem descobrisse que nos negativos da película, não houvesse nada a ser revelado.
Apesar de ter trabalhando tanto, praticamente de domingo a domingo, quase todos os fins de semana, emendando com o outro e assim sucessivamente... É como se não houvesse acontecido nada, como se tudo o que fiz no meu trabalho fosse absolutamente igual à ZERO. Tanto que acabei por perder o emprego em agosto deste ano.
Trabalhei tanto, e acabei o ano desempregado. Incompetência minha? Seria porque não me qualifiquei para continuar a ganhar um salário de 698 reais mensais? Será que é porque meus dentes não são tão brancos? Ou porque não sei falar inglês, para trabalhar como auxiliar de almoxarifado numa pequena unidade frigorífica?
Pra não ficar vendo o tempo passar através do teto da minha casa, resolvi aceitar uma proposta de trabalho temporário numa usina de álcool, numa cidadezinha próxima da minha, por apenas dois míseros meses, me abdicando de meu Seguro Desemprego, ou seja, tempo suficiente para trabalhar de domingo a domingo, com folgas intercaladas na semana, para tomar como proveito prático de um curso na área sucroalcoleira que venho frequentando. Tempo suficiente para mais uma vez... nada ficar registrado no filme profissional da minha vida, e outra vez, ninguém tomar nota do meu esforço e dedicação. Nada que pudesse ficar marcante pelas empresas por onde passei, de positivo.
Analizando os meus percausos profissionais, fica fácil entender porque é tão difícil para um brasileiro mudar para melhor seu padrão de vida. Mesmo que nós tenhamos um país melhor, dia a dia. Mesmo que cheguemos à posição de 6ª maior potência econômica do planeta, nunca conseguimos exergar isso de maneira prática em nossas vidas. Até porque, os meios de comunicação de massa, parecem não querer que essas conquistas do povo brasileiro fiquem evidenciadas. Por isso a 'discrição' de nossa mídia na divulgação de algo reconhecido por um centro de pesquisas econômicas de um país ao qual foi ultrapassado economicamente pelo nosso.
A grande e 'poderosa' rede de televisão prefere assim, dissuadir a população com telenovelas torpes que ultimamente têm se dedicado em execrar publicamente uma faixa etária conhecida pela alienação e do pouco discernimento das mensagens subliminares das quais são vítimas contumazes. Os "comportamentos" dos jovens estão na mira dos enredos de telenovelas, sempre de forma depreciativa, esteriotipada e marginalizada. Nunca os jovens da vida real, que trabalham e estudam são retratados numa novela. Quando muito, um jovem da alta classe média que apenas estuda e namora pode ter o privilégio de protagonizar um personagem jovem, de bem.
Talvez seja por isso que eu esteja me sentindo tão mal em mais uma vez, ficar desempregado e talvez isso se deva ao fato de eu me enquadrar ainda, com a idade de 32 anos, como um jovem, (dado ao meu aspecto físico). Mesmo com tantas notícias boas e positivas sobre o Brasil, onde pela primeira vez, temos um sentido de podermos acreditar em nós mesmos, sermos e assumirmos nossa pátria. Apesar de nossos veículos de comunicação sempre mostrarem o contrário, sempre nos lembrando o lado negativo, o lado sombrio e satânico daqueles que assistem seus programas televisivos.
Essa retrospectiva, assim como a finalidade deste blog, trata-se apenas de uma válvula de escape, um desabafo. O meu blog é como se fosse meu divã.
Meu nome é Marcio Marques Alves e essa foi a retrospectiva de 2011. Espero não ter chateado vocês que acompanham o blog. Feliz Ano Novo!
Mas o título desta postagem, pode para alguns, representar uma crítica direta ao governo - principalmente o federal - porém não é esse o seu fim, apenas mais uma vez... fazer uma reflexão.
Hoje uma notícia tomou conta de parte da imprensa britânica e repercutiu muito por aqui na mídia brasileira. O fato da divulgação de um estudo feito por um centro de pesquisas econômicas do Reino Unido, o qual indica que a economia brasileira teria ultrapassado o valor total das riquezas de lá, o famoso Produto Interno Bruto, mais conhecido como PIB. Reconhecidamente e sem estardalhaço, a imprensa daqui, divulgou a notícia com a máxima discrição, principalmente o telejornal de maior audiência do país, afirmando que tal feito, somente foi possível dado a crise que tem tomado conta dos noticiários econômicos, que vem acontecendo nos países considerados como a elite econômica do mundo, o chamado 'G7', e que não seria tão meritória assim, ao crescimento do PIB brasileiro.
Assistindo pelo 'You Tube', o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, sobre as conquistas do ano em seu governo, fiquei pensando no que ela quiz se referir sobre a geração 2,3 milhões de empregos no ano, enquanto eu perdia o meu. Não faço nenhuma crítica direta à ela. A presidente Dilma não é gestora da empresa à qual eu trabalhava, que aliás, ao contrário do Brasil, não está gerando empregos, mas sim, fechando postos de trabalho, e ironicamente herdando outros que talvez, em nome do corte de gastos por conta da crise da Europa e que é... na Europa... venha também a extinguir.
O ano de 2011, foi para mim, o mesmo que absolutamente nada. Foi como um filme que depois de rodada as filmagens, o cara responsável pela montagem descobrisse que nos negativos da película, não houvesse nada a ser revelado.
Apesar de ter trabalhando tanto, praticamente de domingo a domingo, quase todos os fins de semana, emendando com o outro e assim sucessivamente... É como se não houvesse acontecido nada, como se tudo o que fiz no meu trabalho fosse absolutamente igual à ZERO. Tanto que acabei por perder o emprego em agosto deste ano.
Trabalhei tanto, e acabei o ano desempregado. Incompetência minha? Seria porque não me qualifiquei para continuar a ganhar um salário de 698 reais mensais? Será que é porque meus dentes não são tão brancos? Ou porque não sei falar inglês, para trabalhar como auxiliar de almoxarifado numa pequena unidade frigorífica?
Pra não ficar vendo o tempo passar através do teto da minha casa, resolvi aceitar uma proposta de trabalho temporário numa usina de álcool, numa cidadezinha próxima da minha, por apenas dois míseros meses, me abdicando de meu Seguro Desemprego, ou seja, tempo suficiente para trabalhar de domingo a domingo, com folgas intercaladas na semana, para tomar como proveito prático de um curso na área sucroalcoleira que venho frequentando. Tempo suficiente para mais uma vez... nada ficar registrado no filme profissional da minha vida, e outra vez, ninguém tomar nota do meu esforço e dedicação. Nada que pudesse ficar marcante pelas empresas por onde passei, de positivo.
Analizando os meus percausos profissionais, fica fácil entender porque é tão difícil para um brasileiro mudar para melhor seu padrão de vida. Mesmo que nós tenhamos um país melhor, dia a dia. Mesmo que cheguemos à posição de 6ª maior potência econômica do planeta, nunca conseguimos exergar isso de maneira prática em nossas vidas. Até porque, os meios de comunicação de massa, parecem não querer que essas conquistas do povo brasileiro fiquem evidenciadas. Por isso a 'discrição' de nossa mídia na divulgação de algo reconhecido por um centro de pesquisas econômicas de um país ao qual foi ultrapassado economicamente pelo nosso.
essa é a rede de televisão que mostra o brasileiro derrotado sem caráter |
Talvez seja por isso que eu esteja me sentindo tão mal em mais uma vez, ficar desempregado e talvez isso se deva ao fato de eu me enquadrar ainda, com a idade de 32 anos, como um jovem, (dado ao meu aspecto físico). Mesmo com tantas notícias boas e positivas sobre o Brasil, onde pela primeira vez, temos um sentido de podermos acreditar em nós mesmos, sermos e assumirmos nossa pátria. Apesar de nossos veículos de comunicação sempre mostrarem o contrário, sempre nos lembrando o lado negativo, o lado sombrio e satânico daqueles que assistem seus programas televisivos.
Essa retrospectiva, assim como a finalidade deste blog, trata-se apenas de uma válvula de escape, um desabafo. O meu blog é como se fosse meu divã.
Meu nome é Marcio Marques Alves e essa foi a retrospectiva de 2011. Espero não ter chateado vocês que acompanham o blog. Feliz Ano Novo!
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