A diretora geral da agência de rating Standard & Poor's no Brasil, Regina Nunes disse que o governo brasileiro está dando continuidade à atuação pragmática que fez com que o País conquistasse o grau de investimento.
De acordo com ela, o destaque principal se dá na harmonia das políticas fiscal e monetária que foram concebidas para estimular o nível de atividade da economia brasileira de 2012 - que apesar de baixo, caso os juros não fossem reduzidos ao patamar de 7,25% como vinha sendo praticado -, o Brasil teria registrado um resultado ainda abaixo dos 0,9% de crescimento do PIB.
Quanto à perspectiva de avaliação de rating do Brasil, segundo os critérios da S&P, a representante da agência no Brasil disse que permanece estável com o triplo B. Para Regina Nunes, o argumento de que há falta de previsibilidade do governo sobre a condução de suas políticas econômicas, não corresponde à realidade onde segundo ela, pode ser observado no esforço de ampliação dos investimentos em infraestrutura, dando maior protagonismo ao setor privado.
Em sua avaliação, o que está acontecendo é um processo de aprendizado contínuo da busca por uma taxa de retorno atrativa e adequada para os parceiros privados, ao passo que procura maximizar os benefícios sociais dos projetos que envolvem a infraestrutura do País.
Ela tocou em pontos considerados verdadeiros tabus ideológicos como o setor de energia: "Não há nenhum país no mundo onde as diretrizes do setor de energia não sejam influenciadas pelo Estado, mesmo onde o segmento seja 100% dominado pelo setor privado. Trata-se de uma questão vital de desenvolvimento econômico", afirmou. Disse também que toda a política de governança da Petrobras está correta e que é preciso encontrar formas de viabilização do plano de investimentos da empresa que é US$ 230 bilhões, "um dos maiores do mundo", destacou ela.
Tomando o lado oposto do otimismo da presidente da S&P, o jornal britânico Financial Times em uma reportagem publicada nesta quarta-feira (17), começa pegando pesado já com o título da matéria: "Brasil é a projeção no espelho de uma imagem feia do México".
O texto repete a jaculatória de analistas de que o baixo crescimento da economia compromete a atratividade do País, na disputa por capitais estrangeiros com outros emergentes. De acordo com o jornal, a inércia de comprometimento do governo e do Banco Central com a inflação e o câmbio flutuante também influenciam nisso.
Joe Leahy, chefe da sucursal do jornal em São Paulo e que assina a reportagem, pondera que as críticas do governo brasileiro ao relaxamento da política monetária americana e outros países ricos, acabou por desencadear uma enxurrada de dólares que valorizou o real, prejudicando a indústria nacional; e que o desafio do governo agora está em administrar como novamente tornar atrativo o capital estrangeiro. Só não ficou claro porém a qual tipo de capital estrangeiro ele quis se referir na reportagem, já que os indicadores de entrada sobre o Investimento Estrangeiro Direto (IED) permanecem em níveis elevados.
O próprio Leahy, acredita que os fluxos de capitais continuarão se mantendo para os emergentes, porém como o crescimento do Brasil foi abaixo de 1%, e ainda o pacote de incentivos japonês firmado, mais a manutenção por mais alguns meses das medidas do governo americano, podem comprometer o interesse dos investidores no Brasil. Isto é, aquilo o que foi sugerido pela reportagem em relação às críticas do governo brasileiro quanto às políticas dos países ricos contra a crise, (criticada pelo jornalista), foram involuntariamente confirmadas por ele. Algo também já admitido entre os colunistas econômicos brasileiros - a chamada 'guerra cambial'.
Como mesmo o jornal O Estado de S. Paulo atribuiu, acerca do 'desfile de beleza' na análise do jornalista, às infelizes comparações do Brasil com o México (de realidades muito distintas), o FT não pôde deixar de reconhecer que o governo brasileiro possui ainda, muitas "cartas na manga" e se encontra numa situação muito confortável - só não quis admitir que é muito superior ao do nosso imputado rival latino-americano.
A dita reportagem do periódico britânico mais parece mesmo, engrossar as fileiras dos chorões do mercado - num consolo àqueles que vivem apenas de transferir dinheiro de um lado para o outro sem muito comprometimento com o desenvolvimento dos países onde atuam -, através do insistente pedido por mais juros, sob o pretexto da inflação. A preocupação com a saúde desses países, onde são aplicados seus investimentos, se dá mais ao redor da garantia de retorno do que foi empregado - algo que a Standard & Poor's já vem garantindo há algum tempo.
Como mesmo o jornal O Estado de S. Paulo atribuiu, acerca do 'desfile de beleza' na análise do jornalista, às infelizes comparações do Brasil com o México (de realidades muito distintas), o FT não pôde deixar de reconhecer que o governo brasileiro possui ainda, muitas "cartas na manga" e se encontra numa situação muito confortável - só não quis admitir que é muito superior ao do nosso imputado rival latino-americano.
A dita reportagem do periódico britânico mais parece mesmo, engrossar as fileiras dos chorões do mercado - num consolo àqueles que vivem apenas de transferir dinheiro de um lado para o outro sem muito comprometimento com o desenvolvimento dos países onde atuam -, através do insistente pedido por mais juros, sob o pretexto da inflação. A preocupação com a saúde desses países, onde são aplicados seus investimentos, se dá mais ao redor da garantia de retorno do que foi empregado - algo que a Standard & Poor's já vem garantindo há algum tempo.
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