Depois de tantos anos convivendo com elevadas taxas inflacionárias e tantas tentativas de implantação de planos econômicos, os quais tinham como objetivo, controlar os surtos hiperinflacionários nos anos 1980 até o Plano Real, todos os outros anteriores à ele fracassaram. Contudo o Brasil hoje respira aliviado por ter enfim, conquistado a tão almejada estabilidade econômica. Estabilidade conquistada de forma um tanto controversa e que provocou penalidades sensíveis, principalmente aos mais pobres.
Já no começo dos primeiros ensaios de estabilização econômica, o presidente José Sarney (1985-1990) solicitou ao Banco Central que a expressão "Deus seja louvado", fosse inserida nas novas cédulas de Cruzado de então. Católico praticante o atual presidente do Senado Federal e então presidente da República, teve assim o seu pedido atendido e a partir daí, mesmo o País vindo a sofrer implantações de diferentes novas moedas - tendo-se como objetivo o controle da inflação -, a expressão se manteve até a instituição do Real como moeda corrente nacional.
Com o Real, o Brasil se viu de certa forma abençoado, o que o deu um maior respeito internacional. Mesmo que sendo dada continuidade à sua consolidação nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) - o qual se declara ateu -, "Deus seja louvado", foi respeitosamente mantida nas cédulas de real. Fato talvez, que tenha ajudado no período mais crítico da história da moeda, ocorrido em 1999 por ocasião de sua desvalorização.
Agora eis que surge a polêmica de se retirar a inscrição "Deus seja louvado", por conta de que a mesma contraria a figura do 'Estado laico' e também ofende outras religiões, essencialmente aquelas de caráter politeísta.
Em nota o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, questionou o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, sobre o pedido feito à Justiça Federal. Num dos trechos ele afirma:
"Para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo. E os que creem em Deus, também pagam impostos e são a maior parte da população brasileira".
Segundo o procurador Jefferson Aparecido Dias a manutenção da expressão "Deus seja louvado" configura como predileção pelas religiões adoradoras de Deus como divindade suprema. Fato que de acordo com ele, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro, na ação assinada pelo procurador.
Toda essa situação nos remete ao perigo de uma apostasia neopaganista que busca argumentos no 'respeito' às demais religiões, formas sutis que caminham gradativamente para a intolerância religiosa, tal como se vê na Europa.
Sempre embalado por modismos europeus, o Brasil sempre se jactanciou como nação moderna, porém sempre preso ao atraso de uma concentração de renda vexatória, trabalho escravo, extermínio de pessoas, letalidade policial excessiva, elevado número de encarcerados..., que por sua vez, têm suas causas consequentes nos piores indicadores de educação do mundo. Agora a moderninha Europa se enrola numa crise em torno de sua própria moeda - e isso há quatro longos anos -, mais especificamente naqueles países tidos da chamada 'Zona do Euro'. Seria por conta de que as cédulas do Euro não contenham uma inscrição parecida à "Deus seja louvado"?
Pelo o menos nesse quesito a moeda americana não comete esse 'sacrilégio', já que possui a expressão "In God we trust" (Em Deus confiamos).
"Mas a crise se iniciou nos Estados Unidos"..., muitos afirmariam. Bem! Cada nação sofre as consequências das escolhas erradas que seus governos fazem. Enquanto que na Europa os governos prezaram pelo bem estar da população, porém com a instituição de uma moeda sem 'lastro celestial', os Estados Unidos - mesmo tendo a conquista de sua independência sob fundamentos cristãos e assumindo dessa forma com uma expressão dedicada à Deus nas cédulas do Dólar, preferiu imprimir dinheiro para promover guerras, satisfazendo a ânsia de empresários, por meio de contratos milionários do governo com a indústria bélica americana, à se dedicar a políticas de assistência pública ao cidadão nos Estados Unidos.
"Mas a crise se iniciou nos Estados Unidos"..., muitos afirmariam. Bem! Cada nação sofre as consequências das escolhas erradas que seus governos fazem. Enquanto que na Europa os governos prezaram pelo bem estar da população, porém com a instituição de uma moeda sem 'lastro celestial', os Estados Unidos - mesmo tendo a conquista de sua independência sob fundamentos cristãos e assumindo dessa forma com uma expressão dedicada à Deus nas cédulas do Dólar, preferiu imprimir dinheiro para promover guerras, satisfazendo a ânsia de empresários, por meio de contratos milionários do governo com a indústria bélica americana, à se dedicar a políticas de assistência pública ao cidadão nos Estados Unidos.
Assim sendo, o mundo se vê mergulhado em constantes conflitos, sejam eles: econômicos, políticos e diplomáticos, fruto das escolhas erradas de seus governos, que se inspiram num iluminismo senil, desbotado e envolto no crepúsculo das incertezas econômicas, vitimando milhões de pessoas ao desemprego, privações e à falta de oportunidades, quando o verdadeiro iluminismo se faz na observação plena do Evangelho; da boa nova que é anunciada aos pequeninos, vítimas de condutas, que de tão presentes e diligentes no proceder dos governos através dos séculos, já se acham totalmente decrépitas.
Quanto ao argumento do promotor Jefferson Dias sobre a referência à "Alá seja louvado", certamente faz uma permuta sobre o que seria 'seis por meia dúzia', considerando a teologia das religiões abraâmicas, sabe-se que: 'Alá'; 'Deus'; 'Eu Sou o que Sou'; 'Jeová' e 'Javé', aludem ao mesmo Deus como divindade suprema, como mencionado pelo promotor do MPF.
Contudo, certamente não será um louvor leviano, como dos ditadores árabes a Alá, depois de um dia de genocídios, que contará com o agrado de Deus para um governo abençoado. Por certo Deus não precisa de capachos, quando estes acreditam que se comportando assim, terão plena legitimidade para matar, oprimir e torturar pessoas em nome de suas permanências no poder à qualquer custo.
Mas o que vale mesmo, é o posicionamento de honoráveis juristas brasileiros que afirmam: "A Constituição foi promulgada, como consta em seu preâmbulo, 'sob a proteção de Deus', o que significa que o Estado, que se organiza e estrutura mediante sua lei maior reconhece um fundamento metafísico anterior e superior ao direito positivo".
Quanto ao argumento do promotor Jefferson Dias sobre a referência à "Alá seja louvado", certamente faz uma permuta sobre o que seria 'seis por meia dúzia', considerando a teologia das religiões abraâmicas, sabe-se que: 'Alá'; 'Deus'; 'Eu Sou o que Sou'; 'Jeová' e 'Javé', aludem ao mesmo Deus como divindade suprema, como mencionado pelo promotor do MPF.
Contudo, certamente não será um louvor leviano, como dos ditadores árabes a Alá, depois de um dia de genocídios, que contará com o agrado de Deus para um governo abençoado. Por certo Deus não precisa de capachos, quando estes acreditam que se comportando assim, terão plena legitimidade para matar, oprimir e torturar pessoas em nome de suas permanências no poder à qualquer custo.
Mas o que vale mesmo, é o posicionamento de honoráveis juristas brasileiros que afirmam: "A Constituição foi promulgada, como consta em seu preâmbulo, 'sob a proteção de Deus', o que significa que o Estado, que se organiza e estrutura mediante sua lei maior reconhece um fundamento metafísico anterior e superior ao direito positivo".
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