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Juízes que não temem à Deus



  Hoje é o dia de abertura do Ano Judiciário e nosso corpo de magistrados, envoltos numa série de ocasiões triviais, no mínimo, muito mal explicadas, voltam às suas atividades, certos de que suas decisões, resultam no equilíbrio democrático almejado pela Constituição.

 Atuações na contramão dos clamores populares, em nome do: "cumprimento à Constituição" e que independente de "aplausos ou críticas", a magistratura brasileira "vai seguir atuando".

  http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,stf-nao-vai-ser-curvar-afirma-marco-aurelio,828410,0.htm


 Mais uma vez, gostaria de alertar do risco à democracia e ao pleno exercício do 'Estado democrático de direito', dada à tumultuadas e amotinadas decisões que contrariam esse equilíbrio. Dando sentenças favoráveis de reintegração de posse, à sonegadores de impostos e criminosos financeiros (colarinho branco)- agora com a camisa em cor de contraste com o colarinho - por exemplo, sendo interpretada a decisão, como isenta do nexo das condutas pregressas do requerente da reintegração.

 Nesse ínterim, podemos mencionar algo que Jesus nos mostra, num caso envolvendo um magistrado ao qual não temia punição alguma, principalmente divina.

 No trecho do Evangelho à seguir, mesmo não contendo em sua integralidade contextual, elementos que caracterizem simetrias diretas com nossa realidade, mas que por sua vez, pode também, ilustrar bem, os propósitos do texto, dado ao envolvimento de seus personagens e a situação similar à nossa. Podemos observar que independente de "aplausos e críticas", estão decisões que interferem no direito, em sua maioria absoluta, tratando-se de pessoas humildes, sem acesso ou com acesso muito precário à Justiça. O trecho é do Evangelho segundo Lucas Capítulo 18, Versículos 17 ao 18:

 "Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, sem nunca desistir. Ele dizia: 'Numa cidade, havia um juíz que não temia a Deus e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva que ia à procuara do juíz, pedindo: Faça-me justiça contra o meu adversário! Durante muito tempo, o juíz se recusou. Por fim ele pensou: Eu não temo a Deus e não respeito homem algum, mas essa viúva já está me aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não fique me incomodando'.

 E o Senhor acrescentou: 'Escutem o que está dizendo esse juíz injusto. E Deus não faria justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu lhes declaro que Deus fará justiça para eles, e bem depressa. Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?'"

 Com certeza para aqueles que acreditam na Justiça Divina, e que só podem contar apenas com ela, só resta rezar por nossos magistrados, insensíveis ao sofrimento dos menos favorecidos, preocupados apenas com o "direito", de pessoas com comportamento indigno e que usa de sua força e influência para massacrar inocentes.   

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