A economia brasileira está sofrendo embates no mínimo contraditórios por conta do resultado do PIB do segundo trimestre e que por sua vez ajuda a muitos, sustentarem a defesa de teses neoliberais; de que é necessária a implementação de reformas - principalmente tributárias e trabalhistas -, argumentado que pelo bem da competitividade do país se torna necessário a adoção de um "mal". Ou seja, a propositura de um sacrifício; contudo não da parte dos empresários, mas sim, dos trabalhadores e do governo.
Embora a atividade industrial esteja dando sinais de estar sendo o patinho feio da economia, foi ela quem mais concedeu aumentos aos seus trabalhadores acima da inflação em cerca de 98% das categorias, enquanto na outra ponta, também argumenta-se de que a produtividade do trabalhador da indústria, também tenha caído.
Eis a pergunta que não quer calar: A culpa é do trabalhador, por estar produzindo menos e ganhando mais?
E outra pergunta ainda mais interessante: Como a indústria ainda sustenta a manutenção dos empregos e desses aumentos salariais? Seria efeito dos incetivos fiscais e monetários do governo, tão criticados e tidos por insuficientes?
Em virtude dos aumentos generosos concedidos pela indústria aos seus trabalhadores isso de alguma forma contribuiu pela manutenção e o fortalecimento do mercado consumidor interno; o que impactou nos 60% referentes ao peso do consumo das famílias no incremento do PIB.
Isso por outro lado ajuda a alavancar as vendas no mercado consumidor interno e que por conta da baixa atividade da indústria, já provoca uma certa 'escassez' e dificuldade das lojas na pronta entrega de produtos.
Alguns modelos de veículos já começam faltar nas concessionárias. Há casos de consumidores que para não perderem a oportunidade de um terem um carro novo, nem se dão ao luxo, de escolher muito. A cor ou modelo?! É o que tiver!
E então?! O resultado do Produto Interno Bruto brasileiro desse segundo trimestre, teria sido tão ruim assim?! Há controvérsias!
Pelo visto o resultado final do PIB de 2012, irá surpreender. Basta o mercado e até mesmo, o próprio governo se convencerem disso.
Nesse joguinho de queda de braço ideológica promovida pelo setor produtivo contra o governo - apenas para ver a economia travar -, para mais tarde poder justificar reformas absurdas contra o trabalhador e ao próprio governo; pelo jeito, tem dado mostras de que está com os dias contados.
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