Uma bomba para o capitalismo brasileiro

 O "mundo" anda preocupado com uma tal bomba de hidrogênio, não se sabe quantas vezes mais potente que a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial, desenvolvida pelo governo da Coreia do Norte. 

 Os mercados financeiros que já andavam incomodados com o efeito da crise sobre a China (e mais especificamente em como a dependência brasileira do gigante asiático pode atingir o Brasil), agora também adotaram como fator de preocupação a Coréia do Norte, em torno da tal 'ameaça' representada por sua nova arma de destruição em massa. 

 A pergunta a ser feita é: por que um país que até agora não se tem registro de nenhum ataque sequer a outra nação, pode representar uma ameaça ainda maior do que já era considerado, por simplesmente desenvolver uma nova tecnologia armamentista? A Coréia do Norte é uma ameaça ao Brasil e à América Latina, por exemplo?

Por que um governo que não ataca ninguém pode representar uma 

ameaça ao mundo?

 No nosso entender, se não se ataca uma colmeia de abelhas, não há porque temer que o enxame nos revide. Principalmente para nós brasileiros que sempre tivemos relações diplomáticas neutras com a Coreia do Norte. Nós para eles, não cheiramos e nem fedemos.

 Como bem lembrou o amigo deste blogueiro João Paulo da Cunha Gomes, num post de sua autoria em seu perfil pessoal no Facebook: "Os Estados Unidos têm a Bomba "H" e está tudo certo. A Grã-Bretanha também tem a Bomba "H", sem problemas. A França igualmente tem a sua Bomba "H", aplausos. Suspeita-se que a Coreia do Norte pode ter testado a Bomba "H". Segundo conluio criminoso da imprensa brasileira (com a grande imprensa corporativa internacional), é uma ameaça para a humanidade. Imprensa brasileira".

 A imprensa é um fator importante na formação de opinião, contudo a pauta que é discorrida nela, obedece a critérios ideológicos rigorosamente conservadores da classe dominante, que em nível mundial, atende a orientações, conceitos e gostos lidos dentro da ótica dessa mesma elite em âmbito internacional. A imprensa brasileira, portanto, apenas cumpre sua mera contribuição coadjuvante em torno disso - até a própria ONU, seguiu direitinho a cartilha ditada do que se espera de um organismo internacional, encarregado de mediar conflitos diplomáticos, cuja sede fica nos Estados Unidos. 

 O governo brasileiro também foi de certa forma 'obrigado' a concordar que a Bomba "H" norte-coreana é um risco iminente para a humanidade. Mesmo que não haja histórico de invasões determinadas pelo governo de Pyongyang , a nenhum outro país e viva em permanente estado de tensão com sua coirmã do sul, por que se preocupar?

 As diferenças ideológicas podem ser rivais, mas a própria história, desmente aqueles que querem impor o 'medo', o temor ou a suposta ameaça representada pelo poder de letalidade bélica da Coreia do Norte. Como descrito acima, os mercados por isso - dando vazão para o clima de terror midiático imposto por sua matriz ideológica capitalista -, também ficaram nervosos, agravadas por notícias desalentadoras da atividade industrial chinesa e que por isso sim, afetou o Brasil. 

 Assim sendo, o que de fato tem afetado o Brasil se faz observado pelo mercado financeiro, o qual também está intrinsecamente ligado à política, e de modo específico, atende ao descontentamento da elite econômica, tanto brasileira, quanto internacional, com o governo nacional do País. E isso partindo de setores mercantilistas da parte de países tidos e considerados aliados do Brasil.