Ano de eleições municipais e mais uma vez o blog bate na tecla da ausência de uma pauta, de uma agenda de desenvolvimento para Rio Verde. É realmente preocupante a despreocupação da elite política da cidade para com a pauta desenvolvimentista. Nossa infraestrutura aos frangalhos e nenhum dos que se dispuseram ou demonstraram interesse em pré candidaturas a prefeito se manifestou quanto à isso.
O desemprego em Rio Verde aumenta a olhos vistos, a cidade perde renda, mas a prefeitura ainda consegue registrar recordes de arrecadação (R$ 638,55 milhões em 2015 ante R$ 605,30 milhões em 2014). Isso significa que está havendo concentração de renda no município. Assim o comércio não vende satisfatoriamente ou deixa de crescer a taxas mais robustas. Isso sem dúvida é reflexo da política de boicote promovida pelo governo de Goiás contra a vinda de novas indústrias para Rio Verde.
O pior de tudo é que pessoas que têm seus empregos em órgãos públicos municipais ou profissionais de imprensa que recebem da prefeitura para prestação de serviços publicitários em veículos de mídia eletrônicos da cidade, parecem não se importarem muito se pessoas comuns, distantes desses privilégios, amargam desemprego e perambulam pela cidade mendigando ofertas, quase sempre muito desvantajosas de trabalho.
Alguns jornalistas (ligados inclusive a partidos de orientação conservadora), convidados a participarem de programas matinais de rádio, chegam a afirmar o despautério de que em Rio Verde há empresas demais e que o município não necessitaria de novas indústrias.
Atualmente há especulações de algo em torno de cinco pré candidatos a prefeito que afirmam possuir o apoio do governador Marconi Perillo (PSDB), e nenhum deles diz que pretende usar esse apoio do governador para inserir Rio Verde numa agenda estadual de desenvolvimento. Com atração de empresas, investimentos e infraestrutura.
Outro ponto ainda mais preocupante, são pré candidatos a prefeito adversários dos atuais mandatários do município, não ligados portanto à ala marconista que até agora também, nem sequer debatem a necessidade de uma agenda de desenvolvimento que contemple sobretudo a geração de emprego e renda. Nada é discutido: seja a cobrança por uma maior oferta de energia elétrica, rodovias estaduais duplicadas que nos liguem aos principais mercados consumidores do País.
Isso denota um certo despreparo político tomando-se em conta o evidente temor desses candidatos em se verem obrigados a cumprir com discursos que podem ser entendidos como 'promessas'.
Discutir o futuro de Rio Verde ou projetos de médio e longo prazos para a cidade, se entendidos como 'promessas' de campanha, só evidencia não apenas despreparo dos candidatos a candidatos, como também uma determinada pobreza de mentalidade, que sem dúvida atravanca o progresso de nosso município.
Projetos de desenvolvimento não são vistos como condição que expliquem projetos de poder. Projetos de poder são entendidos sobretudo, como condição para perpetuação de poder ou para a ascensão de novos protagonistas políticos dentre o cenário eleitoral de 2016. Mas em Rio Verde, os eleitores tendem a votar em quem demonstra maior poder ou mais influência e não em quem tem conteúdo ou aponta caminhos, projetos ou propostas de futuro para nossa gente.
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