Pular para o conteúdo principal

Católicos encurralados

Como publicado em Jovem Pastoral 
(Distrito Leste-Diocese de Jataí)


Estamos vivendo aquilo que para muitos, parece ser 'sinais dos tempos', onde se pode ter como interpretado em livros sagrados proféticos, o que seria a volta das perseguições religiosas.

 Como se sabe, nas teologias que envolvem as três maiores religiões - o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, isto é, aquelas de origem abraâmicas; originárias do patriarcado de Abraão -, a principal regra desde a concepção delas, era a proibição da idolatria, e de práticas que violam a condição da natureza.

 No livro de Levítico Capítulo 20 Versículo 13 diz:

"Quando um homem se deitar com outro homem como se fosse mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; e o seu sangue será sobre eles."

 Como podemos observar a Palavra de Deus é muito clara, na plena orientação doutrinária dos principais eixos religiosos do mundo. Sabemos que este trecho do Antigo Testamento da Bíblia, também é parte do Pentateuco ou Torá judaica e  seguramente no Alcorão islâmico deve haver também, algo semelhante à este escrito. 

 Então poderíamos dizer que o próprio Deus seria homofóbico?

 Claro tudo é visto pelos movimentos de defesa dos homossexuais, sempre do ponto de vista pagão ou laico. Esquece-se portanto a essência e a principal razão de ser das religiões existentes hoje no mundo; de que tudo o que existe em seus escritos sagrados remetem a orientação do próprio Deus à humanidade.

 O último domingo dia 13, foi o ápice do início das perseguições religiosas. Manifestantes do Femen (um movimento feminista que nasceu em 2008 na Ucrânia, como meio de protesto contra todas as formas de exploração feminina em relação ao sexismo e à prostituição) caracterizadas por belas jovens de topless e pinturas no corpo com palavras de protesto e também cartazes carregados por elas, invadiram a Praça de São Pedro no Vaticano - para protestarem contra a não aceitação do reconhecimento de direitos aos homossexuais pela Igreja Católica -, no exato momento em que o Papa Bento XVI fazia recitação do Angelus.

Manifestantes do Femen no Vaticano
 O protesto das desocupadas, se deu por conta de um editorial do jornal do Vaticano L'Osservatore Romano que criticou a decisão do tribunal italiano que rejeitou na sexta-feira (11), o apelo de um pai que temia que seu filho fosse criado pela mãe e sua parceira. Segundo a interpretação do tribunal tratava-se de um "mero preconceito pensar que uma criança não pode ser bem criada por homossexuais".

 O editorial do L'Osservatore Romano - jornal de 151 anos da Santa Sé -, mencionou o fato de situações difíceis em que uma criança é criada sem a figura do pai ou da mãe. De acordo com Adriano Pessina - diretor de bioética da Universidade Católica Sagrado Coração e autor do artigo -, essas circunstâncias "não devem ser criadas, apenas porque, em alguns casos, eles não causam danos".

 O artigo foi prato cheio para as integrantes do Femen se doerem pelo direito dos homossexuais adotarem filhos ou mesmo neste caso, da homossexual ter o direito da guarda do filho, numa situação em que a mesma esteja morando com sua parceira.

 Contudo a reação à legitimação dos direitos civis, se deu em Paris no mesmo domingo, onde milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra a lei que o presidente François Hollande - que autoriza o casamento gay -, e permite casais do mesmo sexo, a adotarem crianças.

Protesto de domingo dia 13 em Paris, contra a Lei que concede benefícios aos homossexuais.
 "Nada temos contra diferentes formas de viver, mas achamos que uma criança deve ser criada por um pai e uma mãe", disse Philippe Javaloves, professor de literatura que participou da manifestação em Paris.

 O ato público de Paris, foi interpretado por observadores como uma mobilização de diferentes forças da 'direita católica', que procurou legitimar a homofobia.

 Vale ressaltar portanto, qual seria o real conceito de homofobia tido pelos defensores dos direitos civis dos homossexuais. Seria o simples fato de se opor à eles? Nesse caso, a homofobia tem servido a um outro fim ainda mais maléfico; um fim que suprime o direito à liberdade e homologa a intolerância religiosa por intermédio da ditadura gay.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rio Verde moderna

 Dando seqüência ao último post, em comemoração ao aniversário de 164 anos de Rio Verde, no próximo dia 05 de agosto, vamos iniciar de onde paramos: a década de 1960, quando relatei que a cidade enfim, inebriava-se num breve período onde a dupla Mauro Borges (governador do Estado) e Paulo Campos (prefeito), inaugurava uma fase onde o centro de Rio Verde passava por sua modernização.   Ruas de terra ou calçadas com paralelepípedo em basalto davam lugar ao asfalto. O paralelepípedo teve uma outra destinação, e foi usado como guias de sarjetas das novas ruas recém-pavimentadas.  Os postes que sustentavam a rede de energia elétrica de aroeira, deram lugar a modernos postes de concreto e uma iluminação pública mais potente ganhava as ruas da cidade. Tudo da energia provida de Cachoeira Dourada.  Conta-se que a primeira rua a ser pavimentada foi a Rua João Belo, (atualmente, Rua São Sebastião no centro antigo de Rio Verde). E o asfalto ficou tão bom, que a necessidade de recapeamen

Um nome estranho; um bairro que nasceu para ser "setor"

Para quem já se 'cansou' de ler sobre a história do nosso município que nesse finalzinho de agosto -celebra seu mês de aniversário-, deve portanto saber, que a chamada "arrancada para o desenvolvimento" de Rio Verde, se deu a partir dos anos 1970.  O certo, é que a cidade seguiu o ritmo do tal "milagre econômico" dos governos militares daquela época. Mas sem dúvida, o que foi determinante em tudo isso, se deu com a fundação da Comigo, no ano de 1975.  Desde o final da década até o início dos anos 1980 porém, a expansão urbana de Rio Verde também sofreu um elevado aumento, sendo que essa situação provocou o surgimento de bairros cuja a única infraestrutura disponível, se deu somente na abertura de ruas e o traçado das quadras.  A especulação imobiliária por parte dos herdeiros de propriedades antes rurais, que margeavam os limites urbanos da cidade, abriu espaço para bairros onde atualmente se verifica sobretudo, a apertura das ruas, em que muitas delas nã

Globalismo Vs nacionalismo e o futuro da humanidade

O mundo sempre viveu conflitos entre interesses privados e coletivos; mas apesar de ser um termo novo o globalismo por sua vez, teve papel preponderante nisso, logicamente adaptado aos contextos de suas épocas.  Antes, na antiguidade, as primeiras civilizações já eram globais e dominavam outras, pela força. Não que hoje os métodos de dominação tenham mudado, porém para isso, se tornaram mais sutis, e não menos violentos.  Desse modo, a sensação de violência sofrida é que pode demorar algum tempo para ser sentida; o que não ocorre de maneira uniforme por todas as populações subjugadas.  Sem falar na corrupção, a maior aliada dos dominadores contra os subjugados. Assim, pessoas do lado dos oprimidos, se veem partidárias de seus opressores, em nome de possíveis vantagens pessoais adquiridas. Alexandre, o primeiro grande conquistador, certamente de modo involuntário, foi o primeiro a difundir o globalismo, através de seus exércitos. Porém, conforme diz sua história, ele teria chorado por n