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Dilemas do setor elétrico

 O governo sentiu a necessidade de que a competitividade passa pelo barateamento e qualificação da energia elétrica no Brasil, mas isso não tem demonstrado ser  tarefa fácil.

 Após anos de farra das concessionárias nas tarifas elétricas, as mesmas não tiveram esse sentimento de efetuação de investimentos. Agora depois da proposta do governo pela redução das tarifas, as empresas de energia sentiram também a necessidade de investir aquilo que sempre tiveram à sua disposição e da qual abriram mão em nome da preservação dos dividendos aos seus acionistas.

 Mais uma vez, o impasse entre economia real e o mercado financeiro se mostram evidentes nesse caso. Mais evidenciada ainda nos embates orais entre senadores da oposição (defensores da manutenção da tarifa, pelo "bem do investimento") e da situação (defensores da redução imediata das tarifas) durante as discussões do Projeto de Lei de Conversão PLV 30/12 no Senado - que trata das reduções nas tarifas de energia propostas pelo governo.

 O mais interessante foi a intensificação de apagões desde o momento em que o governo manifestou intensão de reduzir as tarifas pela via da renovação das concessões sem os ativos de amortizações de investimentos feitos pelas geradoras de energia em usinas antigas e já totalmente amortizadas.

 Problema localizado - Desde a federalização da Companhia Energética de Goiás (Celg), a demora no atendimento nas ocorrências de problemas na rede elétrica decorrentes de fenômenos climáticos, têm feito da pauta da principal emissora de televisão do estado, longas reportagens de apelo sentimentalista quanto aos transtornos causados pela demora no atendimento aos consumidores afetados da parte da empresa terceirizada de manutenção da companhia energética -  a mesma, diga-se de passagem desde antes da federalização da Celg -, tem feito de forma bastante morosa.

 Uma situação da qual demonstra certa insatisfação pelo fato em si, da federalização da companhia de energia goiana, manifestada através do principal porta-voz midiático do governo, que faz uso de situações 'auspiciosas' dentro de um certo teor persecutório em torno disso. 

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