O mundo globalizado, demonstra nos últimos anos, de que está falido. Tudo porque uma certa casta de pessoas tem nas mãos a soberania de países inteiros. Os países do mundo globalizado funcionam como companhias de mercado aberto e como tais companhias, precisam captar recursos para cumprir seus compromissos pois em sua maioria estão com suas contas nominais deficitárias, ou seja, aquilo que arrecadam através dos impostos é insuficiente para suprir suas despesas de custeio das respectivas máquinas de Estado.
Criou-se ao longo das décadas, um círculo vicioso, que até os anos 80 e 90, eram típicos de países latino-americanos. O Brasil, sempre com uma política fiscal insuficiente ou insustentável, foi vítima fácil ainda nos anos 80 com a moratória da dívida externa declarada pelo então presidente Sarney.
Hoje a situação parece controlada, com a dívida pública que - segundo o governo - gira em torno de 34% do PIB. Já analistas independentes, afirmam que ela pode estar em aproximadamente 75% do PIB.
Existem economistas radicais que defendem um déficit nominal 'ZERO' - ideia defendida pelo ex ministro da Fazenda do regime militar, Delfim Neto - o que exigiria uma série de sacrifícios que governos não gostariam de tomar, dada a uma inpopularidade que pode ser evitada. Com isso a relação 'dívida-PIB' se reduziria consideravelmente.
Agora com a inflação parcialmente controlada, mesmo que estourando e muito o centro da meta de 4,5%, já computando 7% em 12 meses, e tendo em vista um cenário de recessão na Europa e Estados Unidos, podendo assim, se refletir aqui, o Banco Central (BC), começa uma trajetória de redução da taxa de juros Selic (principal mecanismo de controle da inflação).
É pela Selic que o BC determina quanto paga de juros aos credores de nossa dívida - atualmente nossa taxa de juros é a maior do planeta - isto é, trocamos a inflação pela taxa de juros. Segundo os defensores dessa tese, o remédio amargo para um doença crônica, que tem um diagnóstico de: "demanda sempre insuficiente em relação à oferta". O fato é que temos uma inflação mais especulativa do que relativa a oferta e demanda. Esse controle de oferta é sistematicamente regulado pelo próprio setor produtivo, e poderia ser melhorado e barateado se uma política - não apenas de governo - industrial de produção em massa, fosse adotada.
Um exemplo é o setor de carnes: O pecuarísta segura o gado no pasto, com a justificativa de que o período de estiagem degrada as pastagens, desabando o peso dos ruminantes. Com isso, o preço da arroba sobe, e os frigoríficos reduzem as escalas de abate, pois os maiores do setor só exergam o falido mercado europeu...
...e como os europeus estão de "pires na mão", não estão comprando carne brasileira. Então o preço deveria se reduzir no mercado interno. Mas como o pecuarísta segura o boi no pasto, garantindo um preço maior da arroba, o preço da carne ao consumidor brasileiro dificilmente cai. Resultando o consumidor se ferra e o governo também, pois não consegue demonstrar efetividade de controle de preços.
Equanto isso os empregos no setor de frigoríficos mínguam. O JBS e o Marfrig, seguem com uma rígida política de redução de horas e de postos de trabalho, sem falar em plantas fechadas pelo país à fora. Cortando custos para manter a competitividade.
Outros, como a BRF (Sadia/Perdigão), estão impedidas de demitir por conta do período de carência exigido pelo CADE (Conselho de Acompanhamento e Defesa Econômica), mas que por outro lado, segue cortando horas extras e políticas de reequadramento ou recrutamento interno que teoricamente dariam promoções aos funcionários, mas que na verdade têm o efeito totalmente inverso, por conta de uma estratégia de 'reserva de mercado' da mão-de-obra, nas comunidades onde atua, reduzindo consideravelmente os salários pagos. Isso é só um exemplo de como em um determinado setor, se faz um estrago na renda do trabalhador.
Em cima de todas as medidas do setor produtivo no intuito de manter a concentração de renda em vigor no país, surge um outro paradigma sobre as causas da inflação no país pelo viés do setor financeiro. Em busca da maior taxa de juros no mundo, os especuladores inundam o Brasil de dólares, gerando excesso de moeda e risco iminente de inflação, fazendo com que o BC, compre esse excesso de dólares, visando segurar a cotação do mesmo e a própria inflação.
Um fato curioso: Porque justamente nos países de maior produção mundial de alimentos, os preços estão elevados?
Isso porque os alimentos de modo geral, ganharam status de 'commodity', e seus preços são cotados internacionalmente, por conta dos derivativos em papéis no mercado financeiro internacional, vivendo às custas de especulações sobre fatores climáticos que influenciam nos preços dessas commodities. Com isso, o velho controle de oferta e demanda perde um pouco do seu conceito retórico e faz com que elevadas taxas de juros não surtam efeitos práticos em relação à inflação.
Dessa forma, percebemos como a Economia afeta o nosso cotidiano e como podemos refletir em maneiras de nos proteger dos efeitos maléficos de uma combinação cruel de: achatamento de empregos e salários, altas taxas de juros e de inflação e dívidas públicas em decorrência de uma instabilidade fiscal de governos.
Criou-se ao longo das décadas, um círculo vicioso, que até os anos 80 e 90, eram típicos de países latino-americanos. O Brasil, sempre com uma política fiscal insuficiente ou insustentável, foi vítima fácil ainda nos anos 80 com a moratória da dívida externa declarada pelo então presidente Sarney.
Hoje a situação parece controlada, com a dívida pública que - segundo o governo - gira em torno de 34% do PIB. Já analistas independentes, afirmam que ela pode estar em aproximadamente 75% do PIB.
Existem economistas radicais que defendem um déficit nominal 'ZERO' - ideia defendida pelo ex ministro da Fazenda do regime militar, Delfim Neto - o que exigiria uma série de sacrifícios que governos não gostariam de tomar, dada a uma inpopularidade que pode ser evitada. Com isso a relação 'dívida-PIB' se reduziria consideravelmente.
Agora com a inflação parcialmente controlada, mesmo que estourando e muito o centro da meta de 4,5%, já computando 7% em 12 meses, e tendo em vista um cenário de recessão na Europa e Estados Unidos, podendo assim, se refletir aqui, o Banco Central (BC), começa uma trajetória de redução da taxa de juros Selic (principal mecanismo de controle da inflação).
É pela Selic que o BC determina quanto paga de juros aos credores de nossa dívida - atualmente nossa taxa de juros é a maior do planeta - isto é, trocamos a inflação pela taxa de juros. Segundo os defensores dessa tese, o remédio amargo para um doença crônica, que tem um diagnóstico de: "demanda sempre insuficiente em relação à oferta". O fato é que temos uma inflação mais especulativa do que relativa a oferta e demanda. Esse controle de oferta é sistematicamente regulado pelo próprio setor produtivo, e poderia ser melhorado e barateado se uma política - não apenas de governo - industrial de produção em massa, fosse adotada.
Um exemplo é o setor de carnes: O pecuarísta segura o gado no pasto, com a justificativa de que o período de estiagem degrada as pastagens, desabando o peso dos ruminantes. Com isso, o preço da arroba sobe, e os frigoríficos reduzem as escalas de abate, pois os maiores do setor só exergam o falido mercado europeu...
...e como os europeus estão de "pires na mão", não estão comprando carne brasileira. Então o preço deveria se reduzir no mercado interno. Mas como o pecuarísta segura o boi no pasto, garantindo um preço maior da arroba, o preço da carne ao consumidor brasileiro dificilmente cai. Resultando o consumidor se ferra e o governo também, pois não consegue demonstrar efetividade de controle de preços.
Equanto isso os empregos no setor de frigoríficos mínguam. O JBS e o Marfrig, seguem com uma rígida política de redução de horas e de postos de trabalho, sem falar em plantas fechadas pelo país à fora. Cortando custos para manter a competitividade.
Outros, como a BRF (Sadia/Perdigão), estão impedidas de demitir por conta do período de carência exigido pelo CADE (Conselho de Acompanhamento e Defesa Econômica), mas que por outro lado, segue cortando horas extras e políticas de reequadramento ou recrutamento interno que teoricamente dariam promoções aos funcionários, mas que na verdade têm o efeito totalmente inverso, por conta de uma estratégia de 'reserva de mercado' da mão-de-obra, nas comunidades onde atua, reduzindo consideravelmente os salários pagos. Isso é só um exemplo de como em um determinado setor, se faz um estrago na renda do trabalhador.
Em cima de todas as medidas do setor produtivo no intuito de manter a concentração de renda em vigor no país, surge um outro paradigma sobre as causas da inflação no país pelo viés do setor financeiro. Em busca da maior taxa de juros no mundo, os especuladores inundam o Brasil de dólares, gerando excesso de moeda e risco iminente de inflação, fazendo com que o BC, compre esse excesso de dólares, visando segurar a cotação do mesmo e a própria inflação.
Um fato curioso: Porque justamente nos países de maior produção mundial de alimentos, os preços estão elevados?
Isso porque os alimentos de modo geral, ganharam status de 'commodity', e seus preços são cotados internacionalmente, por conta dos derivativos em papéis no mercado financeiro internacional, vivendo às custas de especulações sobre fatores climáticos que influenciam nos preços dessas commodities. Com isso, o velho controle de oferta e demanda perde um pouco do seu conceito retórico e faz com que elevadas taxas de juros não surtam efeitos práticos em relação à inflação.
Dessa forma, percebemos como a Economia afeta o nosso cotidiano e como podemos refletir em maneiras de nos proteger dos efeitos maléficos de uma combinação cruel de: achatamento de empregos e salários, altas taxas de juros e de inflação e dívidas públicas em decorrência de uma instabilidade fiscal de governos.
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