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Protecionismo aos empregos

 As medidas do governo para conter a invasão de componentes importados nos veículos montados no território nacional, estão causando reboliço entre os formadores de opinião da grande imprensa. Estão chamando as medidas de "protecionistas".

 Acredito que tais medidas podem ter sim essa conotação protecionista, mas como sempre a grande imprensa nacional se preocupa mais com o mercado do que com as pessoas. Isso, é o que podemos chamar de doutrina ideológica neoliberal da imprensa.

 À cada governo, temos determinadas e distintas situações, e claro que a acomodação do mercado à cada uma delas, é naturalmente algo que principalmente o setor produtivo - de acordo com as medidas que esse setor toma, como proteção - podem chocar, como no caso do aparente descontrole do câmbio dessa semana. Tudo isso pode ilustrar uma famosa frase do início do governo Lula: "Não se pode dar um cavalo-de-pau na economia".

 Talvez seja isso o que tem assustado determinados setores da economia, mas talvez não mais do que a própria situação apresente. Seria uma... "tempestade em copo d'água"? Quem sabe?! Nessas alturas do campeonato, o que assusta, é exatamente a indefinição de projeções para o futuro. 

 O setor de autopeças, tem demonstrado um certo arrefecimento em suas atividades, por conta dessas medidas de proteção que as indústrias nacionais tomaram em relação aos seus fornecedores de insumos. E com isso, arrefecendo também os empregos nesse setor, isso apenas citando um exemplo da cadeia produtiva automobilística.

 Seria essa, as causas para a baixa atividade econômica deste ano? Certamente a carga tributária ou outra "maldade" do governo, contra o setor produtivo!. 

 A principal portavoz da classe média tradicional - não da Nova classe média - a revista Veja, tem como capa deste final de semana, o título: "Não dá mais". Apenas um recado ao governo que pretende recriar a CPMF, desta vez, para custear a Saúde e não a dos bancos. Mas já que a classe média alta, dispõe de recursos próprios para custear seus planos de saúde, claro, não tem nenhum interesse pela saúde dos pobres, principalmente a revista Veja.

 Mas os terroristas midiáticos não perdem tempo, recentemente fiquei surpreso quando me disseram sobre o fim do Décimo Terceiro. Algo impraticável por ser o natal, a principal data no calendário de compras do ano e por depender justamente do Décimo Terceiro. Mais uma falácia, de internet, que a velha classe média anti-PT, espalha para induzir a população a ficar contra o governo. Aliás, fizeram isso, durante as eleições, em relação ao aborto.

 Já em relação ao Seguro Desemprego, a justificativa é de que os recursos do FAT, estarão disponíveis para as obras hiperfaturadas da Copa do Mundo 2014. Pois sem os fartos recursos do BNDES, o setor privado não faz nada. Isto é, o trabalhador financiando obras para enriquecer meia dúzia de empreiteiros... E depois torcer pela Seleção.

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