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Jesus, São Francisco de Assis, Profetas... Todos marxistas?!...

 Em todas as minhas postagens, faço questão de frisar e reforçar sobre as discrepâncias da arrogante concentração de renda que se faz presente no Brasil. Mais arrogante ainda, são setores reacionários da extrema direita católica, quererem rotular e estigmatizar o segmento de pastorais que ocorrem dentro do seio da Igreja. Fechando os olhos ao sofrimento daqueles que são diuturnamente massacrados pelo perverso sistema social que temos em nosso país.

 Nada parece sensibilizar esses grupos, nem mesmo a própria Palavra de Deus, é capaz disso.

"E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis." (Mateus 13:14)


 Talvez o contexto da passagem do Evangelho de Mateus não se aplique aqui. Mas certamente reflete o comportamento da elite Católica, à qual sempre deu as cartas dentro dos trâmites eclesiais.

 Agir conforme prega o Evangelho, para que nos preservemos do fermento dos fariseus é ser "marxista"? Todos os clamores de Deus através dos profetas faz dos profetas adeptos do marxismo?

 Quando Jesus pede ao jovem rico que vendesse todos os seus bens, e os desse todos aos pobres e este por sua vez se estristesse, logo identificamos muitos jovens, varões senhores de idade que se dizem cristãos, mas oprimem seus semelhantes, explora sua força de trabalho, e se enriquece às suas custas. 

 Quantos desses, temos perto de nós, os quais estão junto do sacerdote nos presbitérios das igrejas apenas - à exemplo dos fariseus: "Para serem vistos pelos homens" - enquanto nada fazem pelo humilhado, pelo excluído ou por aqueles que nada têm. Contudo, por outro lado, criticam os movimentos da Igreja, ligados às CEB's (Comunidades Eclesiais de Base) ou aqueles ligados à corrente doutrinária da Teologia da Libertação.

 De que adianta sermos puritanos, donos da verdade absoluta, se ao invés de atrairmos os excluídos pelo sistema, para o convívio da comunhão cristã, na verdade ficamos sempre fazendo-os lembrar de seus 'pecados', como se os excluídos fossem mais pecadores do qualquer leigo católico. 

 Se adotar um comportamento santo diante do sofrimento do próximo, é ser marxista, então podem me chamar de Marcio Marxs.

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