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Brasil: uma indústria de delinquentes

Leis, cada vezes, mais equivocadas quanto à orientação dos pais na educação dos filhos, total falta de investimentos na formação de cidadãos de bem, políticas públicas tímidas em relação às massas e bem generosas ao sistema financeiro e ao grande empresariado - na desculpa esfarrapada da geração de empregos (nem tanto na geração de renda ou no aumento da massa salarial dos trabalhadores)...    Além é claro, dos inúmeros exemplos de crimes cometidos por figurões da política, do meio empresarial e do sistema financeiro, que passam impunes, não só no Brasil, como mundo à fora, sem falar na concentração de renda que nossa injusta e perversa carga tributária promove...  onde cria-se, nas pessoas um sentimento de justiceirismo desenfreado privatizado e particularizado, em que pessoas com pouca noção das realidades ou de uma percepção mais altruísta delas, praticam atos violentos passionais, ao invés de maneiras sutis e menos violentas de se conseguir que haja justiça social em nosso meio através das lutas nas associações, sindicatos, igrejas e entidades comunitárias ou em embates no meio judicial na briga pelos direitos dos excluídos do sistema.

E o resultado de tudo isso é desastroso para toda a sociedade, uma verdadeira explosão da violência: Sequestros, assaltos, corrupção pedofilia e prostituição, sem esquecer do tráfico de armas, pessoas e drogas. Além é claro, da leniência e omissão das autoridades que podem até estarem tendo suas companhas eleitorais financiadas e patrocinadas por organizações criminosas que se encarregam de ocupar as mentes desérticas, desmobilizadas e despolitizadas, a descarregarem suas frustrações cotidianas em vícios como o álcool e as drogas, principalmente o 'crack'.

Num mundo capitalista, neoliberal, individualista e materialista, torna-se cada vez mais comum e aceitável - quando na verdade na deveria - a adoção de maneiras e comportamentos inspirados na "Lei de Gerson", onde os "meios justificam os fins", na busca pessoal de bem estar próprio com  alto custo à pessoas indiretamente afetadas por esses meios nada legítimos. Nesse clima egocêntrico, numa guerra não declarada entre as classes, pessoas inocentes são vítimas dentro desse âmbito dos estilhaços que atingem um elevado número, em que sofrem pela política social do: "salvem-se quem puder" ou do: "que vença o melhor", em detrimento do bem estar de poucos, ou seja, a maioria trabalhando pelo conforto de uma minoria. Resultado de 25 anos de neoliberalismo, de farra burguesa da destruição de empregos, sonhos e de renda de milhares de pessoas, em nome do lucro fácil dos especuladores do mercado financeiro.

Quem precisa da "besta do apocalipse"?! - Quando na verdade todas as pessoas parecem ter um código de barras estampado em suas testas - em que: "todos aqueles que não contenham a marca da 'besta', são impedidos de comprar ou vender"! Trocando em miúdos: Quem não tem participação nos mecanismos e esquemas, não pode ter uma ascensão social, contribuindo para a mesmice na pirâmide social do país, estimulando pessoas a adotarem métodos ilegítimos para galgarem "um lugar ao sol" ou melhor, onde: "o sol é para todos, mas a sombra, para poucos".

Nesse ambiente instituições como a Igreja católica, omissas no total desvirtuamento da mensagem revolucionária que é o Evangelho, de não admitir exclusão social e concentração exagerada de renda, a não ser, de movimentos isolados de pequenos grupos dentro da própria Igreja, aos quais não contam com o apoio da cúpula da mesma, e o pior, são alvos fáceis de disputas políticas dentro dela.

As eleições estão aí, e as promessas de um futuro promissor se vislumbram na beleza da imagens de campanhas publicitárias estrategicamente elaboradas pelos "marqueteiros"  dessas campanhas, visando a sensibilização do eleitorado, tentando mostrar candidatos popularescos ou populistas quando na verdade, são financiados por grupos bem estruturados em nossa economia, tanto na economia oficial quanto na paralela, dos "caixas 2", na caça pelos votos, principalmente dos desatentos eleitores, que não se ligam muito em fiscalizar seus representantes ou que acham que poderiam se contaminar com a politicagem.

Na visão particularizada e egoísta das pessoas, torna-se impossível que o povo acompanhe o crescimento econômico ao qual o Brasil vem experimentando, gerando uma leva de um contingente de pessoas à margem desse crescimento.

E nesse cenário, a televisão - concentrada apenas em meia dúzia de famílias no país - tem uma maciça participação, na função social de embaralhar, alienar as pessoas desviando-as, do verdadeiro foco do debate que interessa a sociedade, explorando ao máximo, os pontos negativos de nossa sociedade e deixando de lado, o festival de boas notícias ou que se vislumbram para um futuro próximo. Tudo para que nós percamos a noção do que vem acontecendo no Brasil, da boa projeção do país no exterior e das fartas possibilidades de melhora no padrão de vida do brasileiro, com todas as boas perspectivas saindo por entre os dedos, como grãos areia.

Enquanto isso, as favelas vão se acumulando, os analfabetos funcionais se multiplicam e ganha força o desemprego e os baixos salários, com a justificativa do despreparo ou a falta de qualificação da massa trabalhadora, como método de perpetuação de uma realidade social que à passos de tartarugas apresenta índices de melhora, quando poderia ser mais acelerada.

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