O surto do vírus H1N1 que terminou em um óbito confirmado na versão oficial da Secretaria de Saúde de Rio Verde, certamente é o que vem "coroar" a gestão do prefeito Juraci Martins (PSD, PP ou PSB)*, como uma das piores em término de mandato que já existiram no município. De acordo porém com a versão em 'off', dentre os cinco casos confirmados, quatro deles teriam morrido em decorrência da doença.
As rádios da cidade são bombardeadas com participações de gente criticando a postura da gestão municipal frente a epidemia de Gripe Suína e nenhuma ação de governo foi verificada até o momento no sentido de se buscar uma solução emergencial para o caso. Há relatos (com fotos em grupos de Whatsapp), de que uma reunião teria acontecido entre o prefeito, técnicos e a chefe de Vigilância Epidemiológica de Rio Verde, Patrice Guimarães, mas nada de concreto ou que tivesse sido decidido nessa reunião, foi divulgado para a imprensa.
A situação é grave, mas a velha maneira de se abafar ou minimizar situações que envolvam crises de saúde pública, é o que tem permeado dentre o comportamento da administração municipal até aqui. A imprensa local ainda com a mordaça da censura branca provocada pelos contratos de publicidade que mantém com a prefeitura, dá pouco destaque ao fato de quatro possíveis mortes terem sido provocadas pela doença.
A população de Rio Verde de um modo geral, dada a seguir modismos nacionais do momento em sua indignação seletiva contra o governo federal, mal dá destaque ao surto de H1N1 que ocorre na cidade, e ignora o risco que corre quando o impeachment e a derrubada do PT do poder parecem ser mais importantes para ela. Já a edição de sábado do telejornal de maior audiência no País, o JN, preferiu relatar casos da doença no interior de São Paulo (mesmo assim, com muita parcimônia), e ignorar as mortes ocorridas em Rio Verde.
A blindagem midiática ao nome do prefeito Juraci Martins, parece se dar em proporções nacionais, ou seria mera prioridade de cobertura do surto de Gripe Suína no país que estaria ocorrendo segundo critérios de importância geográfica de São Paulo em relação a Goiás? O fato é que as vítimas paulistas da doença, não são mais importantes que as goianas, porém, o tratamento da mídia nacional dado pelo telejornal denota isso.
Voltando porém ao caso específico de Rio Verde, é importante lembrar que o município seguiu diversas trocas de secretários de Saúde e recentemente foi alvo de uma operação do MP-GO que investigou um caso de corrupção na pasta. Na última semana, Leonardo Tangerino*, que ocupou a titularidade do cargo por alguns meses, também deixou a pasta por uso abusivo de um carro oficial da prefeitura que fazia o transporte de seu filho, do condomínio de luxo onde reside, até a escola em que estuda e vice versa.
Há relatos de falta de material hospitalar e demoras no atendimento das unidades de saúde municipais, ou ainda, cancelamento de consultas por conta de feriados prolongados - como ocorreu nesse último, da Semana Santa -, um verdadeiro desmando que terminou como resultado de quatro mortes (não confirmadas), vítimas da gripe H1N1 em Rio Verde.
A situação da Saúde pública atual, é totalmente inversa a vivida na primeira administração do prefeito Juraci, que aliás nessa segunda fase de sua gestão, ainda não acertou a mão em nomear alguém realmente competente e comprometido com a área da Saúde pública do município, onde contudo, adota o mesmo modus operandi de um outro surto verificado da doença em 2009, onde a prefeitura novamente tenta abafar o caso de uma possível epidemia no município ou minimizar os casos já confirmados, que na versão oficial, seriam apenas, meras suspeitas de sintomas da doença.
*Na verdade, o prefeito Juraci Martins atualmente se encontra filiado ao PPS (partido de seu incógnito vice, Demilson Lima);
*Leonardo Tangerino, continua como secretário de Saúde, ao contrário do que informamos no post.
*Na verdade, o prefeito Juraci Martins atualmente se encontra filiado ao PPS (partido de seu incógnito vice, Demilson Lima);
*Leonardo Tangerino, continua como secretário de Saúde, ao contrário do que informamos no post.
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