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O centro velho que insiste em seu passado contemporâneo

ESPECIAL PARA O 5 DE AGOSTO

O conjunto urbanístico e arquitetônico de um bairro, localidade ou de uma cidade, como um todo, é formado por seu acervo de prédios, casas; pelo estilo estético de suas fachadas, as cores, os materiais usados, bem como o estilo paisagístico das ruas; seus traçados, suas calçadas, os postes de iluminação, a sinalização de trânsito e o mobiliário urbano de forma geral. 

Assim sendo, é preciso que haja todo um padrão a ser obedecido que deve por isso, ser preservado. Os painéis de fachada enormes e espalhafatosos das lojas que vemos em Rio Verde, são exemplos que afrontam esse critério de preservação e da ênfase no patrimônio arquitetônico. As constantes reformas e descaracterizações também prejudicam. 

Igreja de  São Sebastião,  ladeada pela Torre Aracoara e o casarão de "dona Ambrosina", construído no final do século 19 e que teria servido de esconderijo a Pedro Ludovico Teixeira, durante a Revolução de 1930 - Foto: marciomarxs.go.br.

Nessa ausência de critério, de padrão ou de parâmetros urbanísticos, o centro velho de Rio Verde vai se definhando em meio a evidente decadência do local; se desenvolveu sem rumo e agora sofre a desvalorização de seus imóveis, em sua boa parcela, ainda construídos entre os anos 1930 e 1970. 

Além disso, prédios velhos do final do século 19, mal conservados aos quais já deveriam ser condenados à demolição, disputam espaço com outros também antigos, mas melhores estruturados em suas construções e com um relativo estilo a ser preservado. Este é mais ou menos o principal aspecto do centro antigo da cidade. 

Outras construções em estilo eclético, se configuram em seus acabamentos mal feitos, como o prédio que toma metade da Praça José Maria Barros (antiga Praça Castelo Branco), entre as ruas Gumercindo Ferreira e Nilo Peçanha; exemplo típico de um tipo de edificação que deveria ser demolida dando maior espaço e funcionalidade à praça.


Primeira turma de formação do serviço militar obrigatório do Tiro de Guerra em 1973, na época, denominado TG-303 (atualmente 11-006), cujo pátio frontal para exercícios de ordem unida, foi de terra batida até 1980. O local se trata ainda, do marco zero da cidade; ou seja, o lugar onde se lavrou os termos de fundação de Rio Verde, em 05 de agosto de 1848 - isto é, um período de 132 anos sem qualquer infraestrutura urbana - Foto: acervo público.

Estética e cuidado com a fachada de prédios e edificações não parecem ser preocupação dos proprietários dos imóveis daquela região do centro da cidade - que na atualidade comporta 220 mil habitantes e completa 170 anos da criação de seu instituto municipal no próximo dia 5 de agosto. 

O maior edifício localizado no ponto inicial da Rua Rui Barbosa, construído por volta dos anos 1940, que está subutilizado não sendo nada além de um velho auditório (já tendo servido de cinema, teatro e até a igrejas pentecostais), representa sem dúvida, o que há de mais esdrúxulo e exótico monumento ao mau gosto. Além disso, o referido prédio já deveria ter sido condenado, por risco de desabamento do telhado. 

Com isso saudosismo e vanguardismo se misturam em meio ao trânsito caótico das apertadas ruas do centro velho de Rio Verde, embora exista uma parte quase deserta dele, em que os carros circulam calmamente como numa pacata cidadezinha de interior.


Prédios feios, sem estilo arquitetônico próprio - ou definido -, de extremo mau gosto (alguns até em processo de reforma sem acabamento, como indica a foto), compõem o cenário deprimente da Rua Rui Barbosa no centro antigo de Rio Verde. No canto superior direito, é possível se verificar a rede elétrica aérea, que piora a paisagem do local com braços para iluminação pública instalados ainda na década de 1960; prefeitura prefere apenas porém, acabar com o calçadão da rua acima - Foto: marciomarxs.go.br. 

A desproporcionalidade na largura das ruas é a característica predominante daquela região; algumas ruas muito largas, como a Rua São Sebastião, outras nem tanto, como a parte da Gumercindo Ferreira que se afunila até terminar na rua da qual lhe dá continuidade: A Rui Barbosa (que volta a se alargar e se afunila em seu final na Praça 13 de Maio). 

O calçadão da Rafael Nascimento sugere uma repaginada, com rede elétrica subterrânea e postes de iluminação em ferro fundido em estilo clássico; e não somente em sua extensão, como também, em toda abrangência do centro antigo. A abolição dos velhos bancos de concreto nas praças, é outra urgente reivindicação. 

Um dos marcos arquitetônicos expressivos do local, se dá pela beleza do estilo gótico da Igreja de São Sebastião, que se localiza entre um horrendo casarão colonial preservado e uma torre de apartamentos de 18 andares (construída no final da década de 1980); o pretexto para a preservação do casarão tombado pelo patrimônio municipal se dá por seu valor histórico. 

Segundo relatos de historiadores locais, durante a Revolução de 1930, o jovem médico nascido em Goiás Velho e partidário de Getúlio Vargas, Pedro Ludovico Teixeira, teria se escondido no porão do antigo casarão de "dona Ambrosina"; com acabamento de péssimo gosto e muito mal construído, o qual passou por inúmeros retoques nas paredes, e pinturas.

Pedro Ludovico em frente ao "Palácio" da Intendência
onde esteve como preso político, durante desdobra-
mentos da Revolução de 1930; reparem que o prédio
se encontrava abandonado na época, e a Rua Paulo
Finholdt em terra batida - Foto: acervo Público.

Também foi na Igreja de São Sebastião, que Pedro Ludovico (mais tarde, fundador da atual capital de Goiás), se casou com Gercina Borges, filha de um importante ruralista mineiro que hoje dá nome a uma rua da região histórica do centro e ao mais tradicional colégio da cidade: Martins Borges. Fruto do dito casamento, outro governador mais tarde determinaria os rumos do estado. 

Mauro Borges, filho de Ludovico e Gercina, veio a ser o segundo rio-verdense titular do cargo de governador (depois de Jerônimo Coimbra Bueno). Borges foi cassado pelos militares em 1964 depois de ter participado (ao lado do então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola), da campanha legalista em prol da posse do presidente João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros em 1961. 

No entanto, somente Brizola ficou na história nacional por este feito. Borges mais tarde seria entusiasta do que até então era chamado de "intervenção militar", em razão de decepções acumuladas com Jango. Porém isso não foi suficiente para mantê-lo na governadoria após a consolidação do golpe militar de 1964. 

O centro antigo de Rio Verde portanto, foi palco de importantes acontecimentos tanto da história goiana, quanto testemunha da infância de importantes nomes que de certo modo, fizeram parte do acervo histórico nacional; mas seus prédios antigos (a maioria erguidos com tijolos de adobe), expõem um passado não tão nostálgico o quanto se pinta.

O médico americano Donald Gordon e sua família -
Foto: acervo público.
Voltando a falar de igrejas, outra joia arquitetônica à qual deveria retomar sua configuração original por ter sido descaracterizada após algumas reformas, é a Igreja Presbiteriana, localizada na Praça 5 de Agosto. 

Criado por volta de 1940, o templo cristão evangélico, tem valor histórico por ser concebido pelo médico e missionário norte-americano, Donald Gordon.

Gordon também foi responsável pelo surgimento do maior hospital filantrópico da região na atualidade: o Hospital Presbiteriano (que hoje leva o nome de seu fundador), e se trata do antigo Hospital Evangélico de Rio Verde. A referida unidade hospitalar foi pioneira também ao oferecer a primeira UTI do interior de Goiás. 

Como mencionado, a falta da correta manutenção nos prédios do centro antigo, com fachadas antigas revestidas por grossas camadas de tinta sobrepostas a pinturas antigas que com o tempo se desgastam, evidencia a falta de cuidado com um padrão estético que como também dito, se mescla a construções contemporâneas e ecléticas, sem um padrão a ser obedecido.

Calçadão da Rua Rafael Nascimento é o maior símbolo de decadência do centro antigo de Rio Verde e está ameaçado em deixar de existir, peca por ainda possuir rede elétrica aérea sustentada por postes de concreto. Para piorar, o departamento de iluminação pública da prefeitura, substituiu braços de luminárias por modelos LED, esteticamente incompatíveis com o local, o qual pede algo mais alinhado ao tradicional - Foto: marciomarxs.go.br.

Mesmo que houvesse recursos, não seria agora que a prefeitura se preocuparia com a padronização estética e arquitetônica urbanística daquela parte da cidade; apesar de haver uma intensa propaganda no sentido da valorização cultural em que nela também se poderia inserir a preservação e a melhoria arquitetônica do centro antigo.

Fiação elétrica aérea exposta e postes de sustentação fora do prumo, sendo alguns deles com braços de iluminação pública instalados na década de 1960, além de calçadas estreitas com pavimentos suspensos por raízes de árvores que não deveriam ser plantadas naquele local, marcam o desleixo de anos (nada que saboreie os olhos).

Dessa forma, nem mesmo o centro velho de Rio Verde, escapou da manjada manutenção urbanística que só se resume a recapeamentos asfálticos, sinalização e pinturas de meio fios. Nada que fosse uma intervenção paisagística mais profunda, que modernizasse o centro sem perder o charme clássico que uma localização tradicional da cidade inspira.

Aspecto do centro histórico de Santos (SP); sugestivamente
também, poderia ser aplicado como proposta, não só para as
as apertadas ruas, como para todo o centro antigo de Rio
Verde (foto: O que fazer em sua viagem).
Aliás, o meio fio em pedra de basalto talhada que antes fora usada como calçamento das ruas do centro antigo, por sua característica física peculiar, nem se faz possível que a tinta à base de calcário, tenha sua fixação garantida, vindo a descamar em poucas semanas até aparecer a pedra de tonalidade escura, obtida de atividade vulcânica. 

A completa eliminação de ruas dotadas de calçamento também foi outro erro grotesco em vista de uma modernidade inspirada que não se aplicava aos conceitos e contextos de uma Rio Verde à qual respirava um falso e inflado ar de progresso, que habitualmente esteve ligado ao suposto sucesso de administrações municipais e sempre gravitou em torno de si mesmo.

Rua Gumercindo Ferreira entre 1979 e 1980.  Aqui é possível verificar o encardume das ruas do centro velho de Rio Verde no final dos anos 1970 - Foto: acervo público.

É preciso assim, definir o que se pretende estabelecer como parâmetro urbanístico e arquitetônico a ser seguido pelo centro velho de Rio Verde; se a ideia é permitir a construção de novas torres de apartamentos, a restauração do conjunto  colonial ou uma concepção mais atualizada com a demolição de construções arcaicas e sem valor estético. 

Não é possível saber se os edifícios aos quais ainda sejam possíveis de serem preservados, serão mantidos; qual o estilo e o padrão urbanístico a ser seguido, além do efeito esperado sobre o comércio. Tudo porque não há projeto definido; não há sequer a preocupação na revitalização do centro antigo que contemple até mesmo, o cemitério o qual nele se localiza.

Os túmulos e lápides de gente ilustre enterrada, também necessitam de cuidado de restauro; personalidades que hoje dão nome a ruas do próprio centro velho de Rio Verde, se encontram com seus restos mortais no Cemitério São Miguel; e também outras que batizam ruas de bairros importantes como o Parque Bandeirante, na figura de Agenor Diamantino (ex-vereador).

Nesses 170 anos de história, o centro antigo de Rio Verde, o qual conta muito de nossa trajetória, preserva de forma imprópria, quase precária e sem critério, o que não deveria ser preservado, e simplesmente destrói o que poderia com algumas técnicas apropriadas de restauração, dar uma nova roupagem urbanística ao local.

Este é o caso do prédio onde funcionou a antiga prefeitura até o ano de 1979, em frente à praça que homenageia o fundador de Rio Verde (o "paulista" da cidade de Casa Branca), José Rodrigues de Mendonça. O prédio chegou a abrigar a franquia de um colégio privado, depois ficou abandonado até ser demolido e dar lugar a um estacionamento.

Muros do Cemitério São Miguel construídos há 112 anos, mais precisamente em 1906, os quais se encontram ocultos por construções que compartilham a quadra com a "mansão dos mortos" no centro da cidade (foto: acervo público).

A própria forma com que a qual o centro se desenvolveu, nos leva a compreender o quanto seu lento processo de urbanização afetou para esse desordenamento urbanístico verificado. Só para se ter ideia, o largo do Tiro de Guerra (marco zero de Rio Verde), só foi asfaltado em 1980 ficando em terra batida em todo esse período. 

No mesmo local mencionado acima, ocorreu a cerimônia de fundação de Rio Verde em 05 de agosto de 1848; o lugar permaneceu por nada menos que 132 anos, sem qualquer intervenção de melhoria urbana. Uma situação que ilustra o quanto a cidade padeceu por longos anos em seguidas administrações despreocupadas com sua estética. 

Nem o cuidado com o calçamento, houve no local; isso porque estamos falando do centro de Rio Verde, justamente de onde se deu seu ponto de partida como aglomerado urbano. Outro exemplo, é a Rua Paulo Finholdt à qual contorna a extinta Praça Ricardo Campos (a primeira da cidade) que também só veio a ter asfalto após 1980. 

Depois de ter o largo do marco zero asfaltado na gestão do prefeito Iron Nascimento, o local ficaria ainda isolado por décadas, até a ponte que liga à luxuosa região dos bairros Parque dos Buritis e Campestre em 1998 ser construída, e a Rua 12 de Outubro servir assim, de acesso para ligação a esses bairros, na administração de Nelci Spadoni.

Outro importante fator verificado no mau hábito tanto de administrações públicas, quanto no zelo dos proprietários dos imóveis de relativa bagagem histórica, se dá na dificuldade de financiamento ao fim da preservação ou mesmo no desenvolvimento de um acervo histórico e imobiliário urbano. Não que não houvesse formas para se prover esse financiamento.

Composição da Câmara de Vereadores em 1954, com destaque
para Agenor Diamantino, o primeiro sentado da esquerda para
a direita, que dá nome a uma rua no bairro de Parque Bandeirante -
Foto: acervo público.
Nada que com o planejamento da constituição de um fundo, não pudesse hoje fazer a diferença e assim, impulsionar o turismo na região do centro velho. O agravante porém, é que essa preocupação com o futuro da região do centro velho de Rio Verde, continua não tendo a devida atenção necessária. 

O único cuidado que se vem tendo, se dá na mobilização de empresários para a transferência da Central de Prisão Provisória (CPP) para um local afastado - hoje localizada próximo ao Palácio da Intendência (um prédio multiuso em estilo colonial de dois pavimentos, onde abrigava o centro administrativo, o conselho municipal e duas celas carcerárias). 

Pedro Ludovico foi preso político ocupando uma das celas do edifício colonial mencionado, depois que foi contido em sua tentativa de lograr a Revolução de 1930 em Rio Verde, ficando por isso, encarcerado no prédio da Intendência Municipal por alguns dias, até ser transferido para a então capital do estado: Goiás Velho, (confira artigo no link). 

No caminho - a atual rodovia GO-333 em sentido a cidade de Paraúna -, a comitiva foi surpreendida com o comunicado da nomeação de Pedro Ludovico, interventor de Goiás, pelo líder da revolução na capital federal da época (o Rio de Janeiro), Getúlio Dornelles Vargas, o qual queimou bandeiras dos estados em analogia à morte do federalismo.

Atualmente o Palácio da Intendência está novamente passando por um ("processo") de restauração, mas o trabalho segue em ritmo lento - talvez nem mesmo tenha sido iniciado. A prefeitura achou melhor entregar a gestão do prédio aos cuidados da universidade local, já que não tem um fundo destinado a esse fim.

Vista da Rua Coronel Vaiano no centro antigo de Rio Verde, do ponto onde hoje funciona um estacionamento (lado direito), em que ficava o antigo prédio da prefeitura até 1979; no prédio em frente, funcionou a primeira agência do Banco do Brasil do sudoeste de Goiás - Foto: marciomarxs.go.br.

Embora o secretário de Cultura, Isaac Pires, arrogue se tratar de um intelectual preocupado com o patrimônio arquitetônico histórico da cidade, não quis contrariar decisões superiores de intromissão em sua pasta, o qual lhe impediu que ele mesmo conduzisse os trabalhos de restauração do mais imponente casarão colonial da cidade.

Nessa total ausência de políticas públicas para a revitalização do centro velho de Rio Verde, dentro de uma nova proposta urbanística que contemplasse o belo e o clássico da "belle époque" não vivida na cidade de suas primeiras décadas, se dá (mesmo assim), em uma ligeira nostalgia de um tempo não propriamente vivenciado.

O suposto passado inglório atualmente, vive sua morte lenta e gradual do local e esboça o que sempre predominou: o total descaso com o patrimônio público e coletivo, o qual mais tarde poder-se-ia tornar histórico, e ser assim, preservado, para que as gerações seguintes saboreassem um certo orgulho em pertencer a uma terra de proezas.

 Através da iniciativa de um artista local, o Cine Teatro Bagdá, passou a apresentar peças teatrais e shows artísticos; o local porém além de feio, por não dispor de um estilo de arquitetura próprio e apela para o eclético, está velho e com o telhado que ameaça desabar; além de não dispor de um laudo do Corpo de Bombeiros para o seu funcionamento. 

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