Como compreender uma trupe de pessoas extremamente arrogantes que pretensiosamente acreditam deter o monopólio absoluto da razão e do vitimismo (já que a negros, indígenas, nordestinos ou pobres de maneira geral, essa condição é criticada), quando se acham no direito de fechar avenidas para protestos contra o governo, mas não gostam quando as mesmas avenidas são fechadas em fins de semana para lazer.
Do mesmo modo quando bloqueiam rodovias praticamente sem nenhuma razão aparente ou que em tese estaria ligada à classe de profissionais que em sua maioria, se não trabalharem, podem não dispor dos recursos para pagar prestações de peças, pneus e manutenção, ou mesmo aquelas relacionadas à posse de seus próprios caminhões, e que portanto precisam trabalhar para honrarem esses compromissos assumidos.
Como bebês birrentos sentam no meio de vias públicas 'exigindo' a renúncia ou o impeachment da presidente da República por essa ou aquela razão, mas não levantam a voz para protestar contra nada que lhes prejudique diretamente quando a responsabilidade envolve governos estaduais mas que por estarem ideologicamente alinhados a seus perfis de preferência política, nada dizem, em nada se manifestam indignados.
Em Goiás cuja a situação das rodovias é uma das piores do País, não se observa líderes de movimentos 'grevistas' de caminhoneiros tão exaltados quanto se verifica nas rodovias federais. A não ser que se trate de movimentos localizados como em Rio Verde onde um protesto no trecho norte da GO-174 está previsto para acontecer na tarde desta quarta (11). Mas tudo porque a citada parte da rodovia atende à maior parte dos produtores rurais rio-verdenses que possuem propriedades agrícolas na vizinha cidade de Montividiu.
Algo que os mesmos produtores que se utilizam do trecho da rodovia entre Rio Verde e Montividiu ainda não se atentaram, é que a mesma GO-174 é o principal acesso da região para São Paulo e o sul do País. De cada dez sulistas e paulistas que vêm para Rio Verde, nove se utilizam do trecho sul dessa mesma rodovia para virem para a cidade e vice-versa, já que boa parte da produção de grãos destinada à exportação da região é transportada até os portos do sul também por essa rodovia.
Sendo assim, se faz necessária a duplicação da GO-174 de Montividiu até a divisa com o Mato Grosso do Sul, sendo que uma parte da "174" em seu trecho sul, ainda se encontra sem qualquer tipo de pavimentação (o que obriga motoristas a se utilizarem de um desvio que aumenta o percurso e o tempo de viagem, encarecendo os fretes). Sem dúvida falta traçar um plano estratégico de infraestrutura para Rio Verde, tendo em vista que nossas lideranças classistas privadas estão no mínimo, mal orientadas.
Sem falar na escandalosa antecipação do pagamento de IPVA que está sendo cobrada pelo governo de Goiás a motoristas de todas as estirpes, mas que também afeta principalmente a classe de motoristas profissionais, cuja seus diplomas nada mais são que suas Carteira(s) Nacional de Habilitação (CNH). O ICMS (mais um dos impostos estaduais incidentes no preço do diesel), também passa batido em meio aos donos do monopólio da razão, que em nome, sabe-se lá de quê, bloqueiam o acesso de consumidores a produtos nos supermercados.
Não! Nenhuma dessas questões, estão na pauta de reivindicações da exaltada classe de profissionais "cheia de razão", que apenas exigem o fim de um governo legitimamente eleito na esfera nacional.
Comentários
Postar um comentário