Mesmo sendo o governador com mais processos no STJ, mesmo sendo flagrado em uma escuta telefônica desejando votos de "Feliz Aniversário", a Carlinhos Cachoeira, mesmo não cumprindo com um terço do prometido em sua gestão anterior, Marconi reassume o estado, mais endividado do que nunca.
Mesmo com sua suspeita política de concessão de incentivos fiscais - os quais só beneficiam figuras que financiaram sua campanha eleitoral -, Marconi disse em seu discurso de posse, que fará "o melhor governo da história de Goiás", já que deixou claro seu objetivo para 2018: disputar a presidência da República.
Depois de três oportunidades como governador de Goiás, Marconi só agora se deu conta da necessidade de fazer um bom governo e isso deixando bem nítido que o objetivo para isso é a possibilidade de ser o indicado por seu partido (o PSDB), para a disputa à presidência da República, para daqui a quatro anos.
Portanto mesmo não tendo um portfólio do qual deva se orgulhar, o governador de Goiás acredita que dispõe de requisitos morais para a disputa ao cargo máximo da Nação entre os pré-candidatos de dentro do próprio PSDB, muito mais conhecidos e também muito mais fortes que ele, por disporem de maior projeção midiática do que ele.
Melhor para Marconi é se contentar com esta
faixa |
É o caso do senador eleito José Serra e do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, além da possibilidade de um repeteco do partido com o nome de Aécio Neves.
Se Marconi insistir demais na ideia de disputar a presidência daqui a quatro anos, pode dar com os burros n'água com a cúpula do próprio partido. É que alas tucanas de dentro da Polícia Federal, são fiéis não ao partido, mas sim, a figuras mais fortes do partido.
Como não lembrar da investigação à qual tinha como alvo a empresa da qual é sócia, administrada pelo marido de Roseana Sarney e que desmantelou sua pretensão à presidência em 2002?! Serra esteve diretamente envolvido nessa investigação.
E o suspeita quebra de sigilo fiscal em que Serra inicialmente aparecia como vítima, mas que devido às investigações do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, se descobriu uma trama do próprio Serra contra Aécio, pela vaga do partido para a disputa à presidência em 2010?! Fato esse que desencadeou no livro, "A Privataria Tucana", de autoria do próprio Amaury.
O trio de predileção do PSDB, tem lá suas razões,
ou a inteligência de Cachoeira à serviço de Perillo
poderá reverter essa situação?
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Sem falar no artigo escrito por um assessor de Serra publicado no jornal O Estado de S. Paulo com o título: "Pó pará governador", numa alusão ao envolvimento de Aécio Neves com as drogas?!
Portanto se Marconi deseja mesmo manter a pose de homem público reto, pode desistir de se candidatar à presidência, ou tudo o que há de oculto contra ele, pode vir à tona.
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