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Qual o por que de tanta inquietude com Libra?

 Com toda a certeza a maciça e maior parte da população, principalmente aquela que trabalha, estuda e mal tem tempo ou mesmo interesse em discutir sobre temas sensíveis ao País nem tenha a devida noção da importância do acontecimento previsto para o País dentro de algumas horas. 

 Certamente caso fosse feita uma pesquisa de opinião com o povo na rua sobre do que se trata o tema 'Libra' e de sua relevância para a economia brasileira, muitos diriam que Libra nada mais seria que um dos doze signos do zodíaco; outros um pouco mais informados declarariam que Libra é a moeda corrente no Reino Unido; e ainda, caso o geônimo fosse convertido para o plural, poder-se-ia deduzir que 'Libras' talvez se referisse à Língua Brasileiras de Sinais (que é um conjunto de códigos gesticulares de sinais expressos de comunicação para com deficientes auditivos). 

 Portanto associariam o termo 'Libra' a qualquer outro assunto ou objeto, menos no teor em que ora é abordado neste post, em que se tratasse de um campo de exploração de petróleo em alto mar e menos ainda, que o mesmo seja o maior deles - com uma estimativa de produção diária em torno de 1,4 milhão de barris -, dentro do que ficou tecnicamente conhecido e amplamente divulgado pela mídia como os campos de exploração de petróleo da camada pré-sal. 

 Libra é portanto um campo de produção de petróleo na bacia de Santos, na faixa soberana de domínio marítimo brasileiro, considerado pelos técnicos como o maior campo de extração de petróleo do pré-sal. 

 Observando fatos como a existência de um campo de petróleo tão altamente produtivo como este o qual o Brasil possui - que como se sabe, detém um elevado nível de qualidade no óleo extraído -, e ao se fazer então um rápido retrospecto sobre as denúncias de espionagem envolvendo o governo dos Estados Unidos sobre a estatal brasileira de petróleo Petrobras, (também alvo, além das que o próprio governo se viu vítima através da troca de e-mails entre a presidente Dilma e seus ministros), podemos ter uma ligeira ideia da magnitude dos interesses envolvidos em tudo isso.

 A imprensa também participa sordidamente da conspiração institucional contra a realização do leilão programado para esta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro. A principal crítica se dá por conta de que gigantes globais do setor, como a Chevron, BP, Exxon Mobil e BG, estarão de fora do leilão, por essas empresas crerem que os termos dos contratos de exploração do campo seriam desvantajosos a elas; de 11 empresas interessadas, a Petrobras concorre no consórcio formado em parceria com outras quatro, e ainda outros parceiros como empresas chinesas, indianas e russas, o que fortalece os interesses dos países participantes do acrônimo Brics. 

 O leilão de Libra é criticado ainda pela esquerda por ser considerado como o que seria: 'a entrega do petróleo nacional a empresas estrangeiras'; já a direita critica o leilão por acreditar que o mesmo tenha um 'teor estatizante'. Muitos apelam ao gênero melodramático e criam estimativas de prejuízos de mais de R$ 300 bilhões, caso o governo insista nessa modalidade de contrato. O fato é que muitos especialistas afirmam que o regime de partilha - em que a concessionária repassa à União uma parte do óleo que extrai -, seja a melhor forma de exploração para o campo de Libra e todos os demais campos do pré-sal.

 Além de Libra, os outros campos de exploração do pré-sal são: Tupi, Iara, Guará e Tupi-Iracema os quais também terão a vez em seus respectivos leilões. 

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