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Mostrando postagens de 2012

Jesus e a ficção

 Um enredo perfeito que inspirou tantas outras histórias da ficção. Jesus seria o 'super-herói' sob medida para qualquer tipo de história 'criada' pelo homem com fins comerciais de entretenimento de massas, se não tivesse o 'final triste' da cruz.  Certamente a cruz não combina com super-heróis e ela de certa maneira é o simbolismo da derrota, da dor; simboliza que o 'Jesus super-herói' não passa de um reles mortal; que sangra; sente dor e o pior: passa por todos os tipos de humilhações possíveis.  No máximo o que os enredos dos heróis da ficção nos oferece, é um exílio forçado do personagem principal, donde mais tarde - depois de recuperada suas forças -, o mesmo retorna mais forte do que antes e então triunfa sobre o seu inimigo.  Até mesmo numa situação dessas, o cinema se inspira na história de Cristo, para dar um pouco mais de realismo, e ou mesmo, um singelo toque sutil de humanismo ao personagem retratado no filme, numa situação alus...

Reação sem firmeza

Artigo de José Paulo Kupfer do jornal O Estado de S. Paulo  Uma economia esticando a corda de um modo de crescer que bateu no muro, mas que entrou em obras, na tentativa de abrir novos espaços para retomar um ritmo de expansão mais firme, talvez ainda no primeiro semestre de 2013. A partir do IBC-Br de outubro, divulgado ontem pelo Banco Central, e de outros indicadores antecedentes de novembro e da primeira quinzena de dezembro, essa pode ser uma razoável projeção do comportamento do nível de atividades, no último trimestre de 2012.  Chamuscado pelo desvio em relação aos dados efetivos apurados pelo IBGE para a evolução do PIB, no terceiro trimestre, o IBC-Br apontou para outubro um crescimento de 0,36% sobre setembro. Este avanço, diga-se, está em linha com projeções de consultorias e bancos para o nível de atividades, no primeiro mês do último trimestre do ano..  Mas não se pense que se trata de uma tendência. Assim como o crescimento forte de agosto nã...

Como se mede a riqueza da Nação?

 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou o resultado do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre do ano. Em valor nominal - que é calculado a preços correntes, isto é, leva em  consideração os valores de mercado do ano em que o produto foi produzido e comercializado -, o PIB somou R$ 1,09 trilhão no terceiro trimestre de 2012.  O resultado foi puxado pela agropecuária que ficou em 2,5%, seguido da indústria em 1,1% e o setor de serviços apresentou  atividade zero. A expectativa do governo era que o crescimento econômico no período ficasse ao redor de 1% à 1,3%. Indústria, continua sendo o patinho feio da economia brasileira  Na porcentagem geral, o PIB cresceu apenas 0,6% na comparação com o trimestre anterior.   Para se chegar a esse cálculo, observa-se a soma das riquezas produzidas dentro do país, incluindo empresas nacionais e estrangeiras que estejam alocadas em qualquer parte do território naciona...

Resultado das exportações de grãos em Goiás

Artigo de Marcus Eduardo de Oliveira Extraído do site Rio Verde Agora   Historicamente, a luta pelo acesso à terra no Brasil sempre deixou corpos de camponeses molhados de sangue espalhados pelo chão. No decorrer do tempo esses corpos somente ocuparam as covas largas e profundas do latifúndio, ilustrando assim a poesia de João Cabral de Melo Neto. Conflitos, trabalho em condições análogas à escravidão e concentração de terras, são profundas marcas que sangram a história amarga desse País. Nossa ainda intacta estrutura agrária,  tacanha desde a gestação das cartas de sesmarias e das Capitanias Hereditárias somente fez, desde então, grassar latifúndios improdutivos.  Pela força dos grandes proprietários, incontáveis braços nunca puderam roçar seu próprio pedaço de solo, pois a reforma agrária sempre foi vista como ameaça ao direito de propriedade. Resultado? Muita gente sem terra e muita terra sem gente (são mais de 90 milhões de hectares improdutivos e somam-se m...

O PIB brasileiro reage

 Pelo visto a reação da atividade econômica brasileira, balizados sob as medidas de estímulo do governo, parecem surtir seus primeiros efeitos significativos na economia nacional.  A semana que passou ficou marcada pelo o anúncio feito pelo Banco Central, através do IBC-Br - Índice de Atividade Econômica do Banco Central -, considerado uma prévia dos números do PIB - Produto Interno Bruto -, o qual demostrou um acréscimo no ritmo da economia de 0,98% no mês de agosto sobre o mês de julho, que segundo o mesmo índice, havia registrado 0,49%.   Há 17 meses consecutivos a economia brasileira vem registrando aumento da atividade através do IBC-Br. E o mês de agosto, foi onde se registrou o maior nível de produção na economia brasileira, desde março de 2011, quando houve registro de aumento de 1,23% no PIB.  Não resta a menor sombra de dúvidas, de que a isso se devem as medidas de estímulo do governo na economia nacional, que em grande parte, possui certa res...

Energia um pouco mais competitiva

 Considerado um dos grandes gargalos de nossa infraestrutura, a energia elétrica no Brasil, passa por sua primeira 'reforma', desde o surto desvairado privativista dos anos 90 no setor, que simplesmente é estratégico para o desenvolvimento de qualquer nação.  Com o anúncio de redução nas tarifas de energia feito pela presidente Dilma Rousseff, na última quinta-feira, durante seu pronunciamento de feriado de 7 de setembro , transcorre em decorrência disso, como um verdadeiro alento para consumidores e o setor produtivo, cansados de pagar elevadas tarifas de energia, e o que vem em cima disso, naquilo que é repassado da composição de custos de fabricação dos produtos das empresas ao consumidor.   Mais uma vez, é importante ressaltar que a composição tributária nas contas de energia, não provém apenas da esfera federal na figura do PIS/PASEP e COFINS. Ela é oriunda em sua maior parcela, do ICMS (que em Minas Gerais por exemplo, é de 30%; E em Goiás que é de 29...

Custo da mão-de-obra X produtividade

  A economia brasileira está sofrendo embates no mínimo contraditórios por conta do resultado do PIB do segundo trimestre e que por sua vez ajuda a muitos, sustentarem a defesa de teses neoliberais; de que é necessária a implementação de reformas - principalmente tributárias e trabalhistas -, argumentado que pelo bem da competitividade do país se torna necessário a adoção de um "mal".  Ou seja, a propositura de um sacrifício; contudo não da parte dos empresários, mas sim, dos trabalhadores e do governo.  Embora a atividade industrial esteja dando sinais de estar sendo o patinho feio  da economia, foi ela quem mais concedeu aumentos aos seus trabalhadores acima da inflação em cerca de 98% das categorias,  enquanto na outra ponta, também argumenta-se de que a produtividade do trabalhador da indústria, também tenha caído.   Eis a pergunta que não quer calar:  A culpa é do trabalhador, por estar produzindo menos e ganhando mais?  E ...

Idiossincrasias sob o ‘Custo Brasil’

No contexto atual onde se insere a nova realidade brasileira de juros declinantes, uma vez que isso trás de volta o investimento produtivo privado, emerge e evidenciam-se nossas deficiências sobre os elementos que compõem as variáveis que são imprescindíveis ao crescimento sustentável de nossa economia.  O site da BBC Brasil trouxe na última quarta-feira, um resumo de cinco empecilhos básicos que entravam o crescimento. Dentre eles, são: - A infraestrutura precária; - Déficit de mão-de-obra especializada; - Sistema tributário complexo; - Baixa capacidade de investimentos públicos e privados - Burocracia excessiva.  O texto que contém a participação sucinta de especialistas ouvidos pela BBC Brasil, faz uma radiografia precisa sobre o que é necessário ser enfrentado pelo país para superar esse estágio de baixas taxas de crescimento. A reportagem completa você pode acompanhar no seguinte link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120821_vilo...

Mudança de modelo no desenvolvimento brasileiro

  Os dados sobre a economia brasileira da última semana, sinalizam  os efeitos quase nulos das medidas de estímulo do governo federal, e o que de fato, o consumidor e o trabalhador têm absorvido em benefícios práticos em sua vida.    A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sobre a 'linha branca' por exemplo, onde mesmo com esses benefícios, a indústria de fogões, máquinas de lavar e geladeiras reajustaram seus preços para cima, sob a alegação de que por conta do aumento do câmbio, teria havido um consequente aumento nos custos de importação de alguns componentes para fabricação desses produtos, e que por sua vez, estaria influenciado nesses reajustes.  No mesmo bojo dos benefícios tributários para a indústria, se encontram os funcionários da General Motors de São José dos Campos em São Paulo, que foram surpreendidos com um programa de demissões voluntárias.  Avaliando o impacto quase nulo nos resultados da economia brasileir...

Dores do Rio Verde

Este mês comemoramos o tradicional aniversário de Rio Verde e fazemos aqui uma série com duas postagens sobre a história econômica desta que se tornou a grande surpresa da última década com seu vertiginoso crescimento. Desordenado é claro. E o pior! Sem nenhuma expectativa de que o seu padrão de expansão vá melhorar no futuro. Rio Verde surgiu no início do século XIX, com a doação de terras devolutas, feitas através de um decreto imperial que determinava a referida doação a quem se dispusesse a desbravá-las.  Foi nesse espírito desbravador que o 'paulista', José Rodrigues de Mendonça, saiu de sua cidade -Casa Branca, no interior de São Paulo- rumo às terras que já estavam destinadas a serem dele.  Rodrigues de Mendonça que dá nome a uma praça no ‘centro antigo’ de Rio Verde deve ter chegado à região entre 1838 e 1840.  Aproximadamente uma década depois, Rio Verde se emancipava com o nome oficial de: Nossa Senhora das Dores do Rio Verde ou simplesmente, ‘Dores do Ri...

Rio Verde moderna

 Dando seqüência ao último post, em comemoração ao aniversário de 164 anos de Rio Verde, no próximo dia 05 de agosto, vamos iniciar de onde paramos: a década de 1960, quando relatei que a cidade enfim, inebriava-se num breve período onde a dupla Mauro Borges (governador do Estado) e Paulo Campos (prefeito), inaugurava uma fase onde o centro de Rio Verde passava por sua modernização.   Ruas de terra ou calçadas com paralelepípedo em basalto davam lugar ao asfalto. O paralelepípedo teve uma outra destinação, e foi usado como guias de sarjetas das novas ruas recém-pavimentadas.  Os postes que sustentavam a rede de energia elétrica de aroeira, deram lugar a modernos postes de concreto e uma iluminação pública mais potente ganhava as ruas da cidade. Tudo da energia provida de Cachoeira Dourada.  Conta-se que a primeira rua a ser pavimentada foi a Rua João Belo, (atualmente, Rua São Sebastião no centro antigo de Rio Verde). E o asfalto ficou tão bom, que a n...