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Prepare o bolso: novos aumentos da gasolina virão por aí

 Redução na conta de luz e aumento nos combustíveis, parece até capricho do governo mas dadas as proporções de tempo entre uma medida e outra, o cidadão comum olhando de longe fica sem entender e acaba por se sentir traído ou no mínimo, encara a situação com bastante cinismo tal como se apresenta, sob seu limitado poder de entendimento sobre aquilo o que realmente se passa na economia brasileira.

  'Com certeza' a presidente deve estar se 'sentindo muito sarcástica' mesmo com essas medidas, devem estar pensando a maior parte dos brasileiros. 

 As pessoas não sabem que o aumento no preço dos combustíveis, infelizmente foi um mal necessário. 

 Porque? Devido ao fato de o Brasil ser mesmo auto-suficiente em extração de petróleo bruto porém e ainda, não é auto-suficiente em refino e produção de derivados do petróleo. 

 Resultado: precisa importar gasolina e até álcool anidro (proveniente do amido de milho, a popular maizena) para a mistura na gasolina. Como o preço do barril do petróleo no mercado internacional se valorizou muito durante o período, e dada a situação da necessidade da importação de gasolina, o governo conseguiu segurar por cinco anos o preço dos combustíveis, mas a um custo elevadíssimo para a Petrobras - que devido à essa prática de importação de combustíveis, se viu com problemas de caixa. 

 Dessa forma as ações da Petrobras no mercado de ações despencaram e a estatal petrolífera chegou a perder 40% do seu valor de mercado, por conta da política dos combustíveis 'subsidiados'.

 O governo mesmo não desejando um aumento nos preços dos combustíveis agora, foi obrigado a recorrer ao reajuste, caso contrário, seria muito danoso à empresa e comprometeria sensivelmente os investimentos que ela precisa fazer, para extração de petróleo na camada pré-sal e ainda concluir o término das novas refinarias.

 O governo não desejava esse reajuste e vinha postergando aumentos que já deveriam ter ocorrido durante todo o ano passado pelo seguinte motivo: todos os anos o Banco Central estipula uma meta de inflação em 4,5% ao ano (com margem de tolerância de até 2% acima da meta), acontece que a meta de inflação vem vindo nos últimos dois anos, dentro da margem de tolerância, contudo o desejo do governo, é de que se possa trazer a taxa de inflação para o centro da meta. 

 A redução na conta de luz, se dá justamente para contrabalancear com o aumento (inevitável) dos combustíveis.

 Ou seja, como o governo tem um teto na meta de inflação à cumprir, ele seria o último a sentir prazer em aumentos de preços. 

 Mas a lógica do mercado, não funciona como a maior parte da população gostaria e mesmo com esse pequeno aumento, ainda seria insuficiente para cobrir o rombo de caixa da Petrobras. 

 Com isso novos aumentos em doses homeopáticas são promessas para o próximo trimestre e quem sabe mais um ou dois reajustes no segundo semestre de 2013, onde mais uma vez a meta de inflação promete ir para o espaço, mediante esses inevitáveis aumentos.

 Em tempo: vale lembrar que o governo chegou a zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econõmico (CIDE), para evitar aumentos da gasolina já no ano passado. E também houve dois reajustes para as distribuidoras sem repasse ao consumidor em 2012.

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