Pular para o conteúdo principal

O desafio de economizar para o consumo

 Artigo publicado em O Globo
dia 26/05/2012


RIO e BRASÍLIA — Os juros menores também complicam a vida de quem prefere juntar o dinheiro antes de consumir, em vez de recorrer a financiamentos. Para comprar um carro de R$ 50 mil, uma pessoa teria que aplicar R$ 1.195,02 por mês em um fundo de renda fixa pelo período de três anos, para uma taxa de juros de 12% ao ano. Com os juros a 8%, a aplicação mensal pula para R$ 1.267,95. A simulação, feita pela professora da Fundação Getulio Vargas e planejadora financeira Myrian Lund, considera uma taxa de administração de 2%.


— Para quem pretende usar o dinheiro em até dois anos, as melhores opções são a poupança, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com taxa acima de 90% do CDI e os fundos de renda fixa com taxas de administração baixas, de até 1% ao ano. Para quem tem mais de dois anos como prazo, o Tesouro Direto passa a ser uma alternativa também — diz Myrian Lund.
Em comparação à aposentadoria, as aplicações feitas com o objetivo de consumo (que têm prazos de acumulação mais curtos) apresentam diferenças menores de valores nos cenários de juros mais altos ou mais baixos.

 Se, para juntar dinheiro ficou mais difícil, o consumo via crédito está mais barato. O movimento de redução das taxas dos financiamentos bancários geralmente acompanha a taxa básica de juros, embora em ritmo menor. Além disso, o governo anunciou medidas de estímulo ao crescimento da economia neste ano pelo consumo. Só na última semana, foi anunciada a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros 1.0 e o desconto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O financiamento do carro pode ficar até 8,48% mais barato.

 Alerta com excessos por crédito mais barato
Especialistas alertam, no entanto, que é preciso redobrar o cuidado com o excesso de financiamentos.

— É preciso saber como lidar com o consumo com o crédito fácil e mais barato. Até pela necessidade de guardar mais para a aposentadoria, é hora de as pessoas olharem para o orçamento e avaliarem como podem reduzir despesas. E não comprar produtos sem necessidade 

— afirma a sócia da Moneyplan e planejadora financeira, Angela Nunes.
Ela defende a importância de “uma arquitetura de escolha”, já que as pessoas têm muitos objetivos que querem realizar ao mesmo tempo: viajar, comprar a casa própria e pagar pela educação dos filhos, por exemplo.

 Com juros mais baixos, é importante saber exatamente quais os objetivos e sonhos que se pretende atingir.

— O que a pessoa tem de entender é: estou guardando o dinheiro para quê? Quando os juros eram altos, a pessoa jogava o dinheiro (na aplicação financeira) sem pensar — lembra o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, destacando que a redução dos juros não é, em si, um desestímulo ao verdadeiro poupador, e que o momento pode ser positivo para quem quer investir, pois as opções estão mais sofisticadas e acessíveis.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/o-desafio-de-economizar-para-consumo-5034427#ixzz1w4Ldt2Rd 
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um nome estranho; um bairro que nasceu para ser "setor"

Para quem já se 'cansou' de ler sobre a história do nosso município que nesse finalzinho de agosto -celebra seu mês de aniversário-, deve portanto saber, que a chamada "arrancada para o desenvolvimento" de Rio Verde, se deu a partir dos anos 1970.  O certo, é que a cidade seguiu o ritmo do tal "milagre econômico" dos governos militares daquela época. Mas sem dúvida, o que foi determinante em tudo isso, se deu com a fundação da Comigo, no ano de 1975.  Desde o final da década até o início dos anos 1980 porém, a expansão urbana de Rio Verde também sofreu um elevado aumento, sendo que essa situação provocou o surgimento de bairros cuja a única infraestrutura disponível, se deu somente na abertura de ruas e o traçado das quadras.  A especulação imobiliária por parte dos herdeiros de propriedades antes rurais, que margeavam os limites urbanos da cidade, abriu espaço para bairros onde atualmente se verifica sobretudo, a apertura das ruas, em que muitas delas nã...

Captação do rio Verdinho ou esperar a seca

 Há aproximadamente 18 anos, fala-se em um projeto para se captar água do rio Verdinho (curso d'água que cruza o município, mas que fica distante do perímetro urbano, cerca de 16 Km). E o problema é exatamente esse: não há sequer um projeto, tudo não passa apenas de um discurso político que atravessou mandatos e os anos.  Agora com a crise hídrica que atinge sobretudo o estado e a cidade de São Paulo, mas que também ronda a capital goiana e que não é uma probabilidade tão remota assim, de vir a acontecer também em Rio Verde, a proposta novamente ganha o ar da graça dos políticos locais.  A cidade atualmente é abastecida unicamente pelo ribeirão Abóboras, contudo, cerca de 50% de sua vazão é captada pela unidade industrial da BRF, que possui sua planta industrial instalada há aproximadamente 15 anos no município. Por conta disso, o abastecimento de água na cidade ficou comprometido, já que só metade do que o ribeirão pode oferecer é disponibilizado para a cidade....

Rio Verde moderna

 Dando seqüência ao último post, em comemoração ao aniversário de 164 anos de Rio Verde, no próximo dia 05 de agosto, vamos iniciar de onde paramos: a década de 1960, quando relatei que a cidade enfim, inebriava-se num breve período onde a dupla Mauro Borges (governador do Estado) e Paulo Campos (prefeito), inaugurava uma fase onde o centro de Rio Verde passava por sua modernização.   Ruas de terra ou calçadas com paralelepípedo em basalto davam lugar ao asfalto. O paralelepípedo teve uma outra destinação, e foi usado como guias de sarjetas das novas ruas recém-pavimentadas.  Os postes que sustentavam a rede de energia elétrica de aroeira, deram lugar a modernos postes de concreto e uma iluminação pública mais potente ganhava as ruas da cidade. Tudo da energia provida de Cachoeira Dourada.  Conta-se que a primeira rua a ser pavimentada foi a Rua João Belo, (atualmente, Rua São Sebastião no centro antigo de Rio Verde). E o asfalto ficou tão bom, que a n...