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Porque desde 1984 o mundo nunca deixou de ser como '1984'

Quase 40 anos depois, a peça publicitária de um dos primeiros computadores domésticos do mundo, o Macintosh da Apple, trouxe a curiosa reflexão sobre a comparação da obra literária "1984", de George Orwell, publicada em 1949 e que trazia um estranho mundo dominado por três superpotências político militares, no fictício ano de 1984. 

No comercial do primeiro computador a dizer "Olá" a seus usuários -por meio de um sistema operacional próprio, adquirido pela Apple da Xerox (e depois plagiado pela Microsoft através do Windows)- Steve Jobs, tentava ilustrar que seu ano de lançamento, em nada teria de parecido com o que havia sido descrito por Orwell em seu livro.

Lançado em 24 de janeiro daquele ano, o Macintosh era mais um brinquedinho para adolescentes, do que propriamente destinado ao uso que se faz dos computadores pessoais atualmente. Principalmente numa época em que a Internet não passava de alguns testes feitos nas universidades (após ser inicialmente usada na Guerra do Vietnã), e ainda estava longe de atingir os lares pelo mundo. 

Talvez por isso, apesar de ter registrado bons índices nas vendas, o Macintosh não fez números tão satisfatórios na lucratividade esperada, o que levou pouco tempo depois, o conselho de administração da Apple a afastar Jobs de modo definitivo da empresa, com a ajuda do próprio CEO indicado por ele mesmo, para administra-la: John Sculley, ex-presidente da PepsiCo. 

Um acontecimento que por tabela, sinaliza que até um fundador pode ser demitido de sua própria empresa, e de algum modo, se equivocar em seu tempo. Esse tipo de engano é muito mais comum do que se imagina e costuma sempre flertar visionários como Steve Jobs.

Steve Jobs (à esquerda) e John Sculley (então CEO da Apple), durante lançamento do Macintosh em janeiro de 1984 - Foto: Reprodução.

A ideia errônea que impera -de que viveríamos em uma época mais adiantada que a de nossos antepassados- esbarra em realidades nas quais estamos sempre cercados de pessoas com mentalidades ainda muito limitadas e presas ao passado. Principalmente em aspectos relacionados ao domínio de um grupo sobre as grandes massas.

Situações onde quem não se encaixa ao pensamento dominante do senso comum, logo é visto como alguém perigoso e que precisa de todo modo, ser eliminado, ou de forma um tanto mais sutil, "reeducado", como no caso do personagem principal do livro de Orwell, Winston Smith. 

1984 foi um ano igual a qualquer outro que já tivesse transcorrido antes, como ainda continua sendo em pleno início de 2023 e não menos ainda, deixou de sê-lo em 2011, quando Steve Jobs faleceu. 

Jobs queria tanto ser o precursor do progresso da humanidade em seu tempo, que para isso fez a proposta a John Sculley, nestes termos: "você vai ficar o resto de sua vida produzindo água colorida com açúcar ou quer vir comigo e mudar o mundo?" 

Sculley não pensou duas vezes e esse fato, além de marcar a história da Apple, ficou famoso no mundo todo. Infelizmente, o próprio Sculley se sucumbira aos caprichos do conselho de administração, e ele mesmo ajudaria a impedir Jobs de "mudar o mundo", afastando-o de vez da empresa. 

Por outro lado a discussão sobre mudanças de paradigmas, evoca outro assunto hoje em destaque no Brasil, sobre o risco de o país voltar a ter uma economia agrária e primária, sendo que a consequência social sentida através disso, seria o empobrecimento em massa da população, longe dos empregos de qualidade e melhor remunerados da indústria.

Contudo, na vertente oposta, temos o exemplo do estado da Califórnia, o mais rico da União norte-americana, que é sede da Apple e conhecido por sua região chamada de "Vale do Silício", além de ainda, ser terra de outra indústria também muito importante para a economia dos Estados Unidos (a cinematográfica); também é a unidade da federação onde há mais moradores de rua ou pessoas vivendo em trailers movidos por seus carros, por simplesmente não terem onde morar.

Ou seja, o estado com duas das indústrias mais desenvolvidas, é o que mais produz novos pobres anualmente, estando em uma situação econômica completamente oposta à do Brasil, mas que apresenta o mesmo contexto social que o da maior economia do Hemisfério Sul. 

Um contexto que esboça portanto, que mudar o mundo é algo muito complexo e se há exclusão social, logo pessoas não podem consumir o que empresas como a Apple produzem.

Só para se ter uma ideia, a Califórnia sozinha, poderá ultrapassar a Alemanha e se tornar a 4ª maior economia do planeta, já em 2023. Mas isso de nada adianta, se as pessoas de lá não puderem desfrutar dessa riqueza -que já é realidade naquele estado e não está contemplado (em) grande parte de sua população.

Por outro lado, a pauta ambiental na qual o Brasil é o mais cobrado pelas nações ricas, ao redor de uma conduta mais condizente à suas exigências, também parece ter como pano de fundo, algo que vise manter o atraso social do país através destes termos, onde explorar a floresta Amazônica para se buscar bem estar social à população que nela reside, é visto pelos países ricos, quase como que uma heresia.   

Sede da Apple em Cupertino, Califórnia (EUA) - Foto: Reprodução.

Através dessa perspectiva, esses países estão dispostos inclusive a financiar um fundo de preservação da floresta, mas tão somente para essa finalidade. 

Enquanto isso, milhões de pessoas que lá residem, vivem na pobreza, sem o conforto do Estado de bem estar europeu -a exemplo dos índios Yanomami os quais estão morrendo de desnutrição pela fome, apesar de ocuparem uma imensa reserva ambiental, mas estarem impedidos de explora-la comercialmente em razão disso.

Além de ainda, faltar infraestrutura urbana de saneamento básico, coleta de lixo, asfalto e equipamentos públicos tais como escolas, universidades, unidades de atendimento de saúde, com pessoas vivendo entre as maiores favelas em palafitas do mundo, nas duas maiores cidades da região, as capitais do Amazonas e do Pará.

Mas a maior ironia é: ainda que o mundo não tenha vivido uma guerra nuclear como descrita por Orwell em "1984", os mesmos que mais cobram o Brasil, ao redor de políticas ambientais claras, são exatamente aqueles que possuem arsenais bélicos nucleares, capazes de destruir a humanidade inteira (junto a todos os biomas e ecossistemas do planeta), em questão de minutos e por várias vezes seguidas.

Ou seja, impera a ideia de que tudo muda para continuar exatamente como sempre foi, à despeito dos avanços tecnológicos alcançados, dado ao mesmo tratamento dispensado da parte das classes dominantes para com os pobres, seja em qual lugar do mundo for (na Califórnia ou no Brasil). 

E para isso é preciso a construção de toda uma narrativa retórica. Algo que é muito criticado e que por ser extremamente reprovável, é atribuída unicamente ao nazismo da Segunda Guerra Mundial, na figura do chefe de propaganda do partido político que comandou a Alemanha entre 1933 e 1945, Joseph Goebbels. 

Ainda que seus métodos sejam usados em larga escala por todos os governos e grandes corporações privadas em nossos dias, os quais controlam enormes mercados oligopolizados no planeta, para simplesmente manter o senso comum das massas à seu favor, o recurso de dar novas interpretações a narrativas é algo visto como desonesto.

Goebbels é o mesmo a quem se atribui a frase: "uma mentira dita (e repetida) mil vezes, torna-se verdade". Prática que também se assemelha a um trecho do livro de Orwell em que Smith reflete sobre procedimentos do departamento onde trabalha sobre "verdades que se tornam mentiras; mentiras que se tornam verdades (e que depois voltam a ser mentiras)" - sempre de acordo com as conveniências do "Partido".

Nessa reflexão, nada que não se aplique também ao contexto da obra de George Orwell, "1984", onde ele narra o cuidado do "Partido" (controlador político da fictícia Oceânia), de formular um novo padrão linguístico e gramatical em um dicionário próprio, conhecido por "Novafala", cuja o fim é a neutralização de toda e qualquer chance de alguém compreender que existe uma dominação política que se encerra em si mesma: no controle pleno de um imenso território e a subjugação de seu povo, por uma grande estrutura político partidária.

 "Pensamento-crime"

A obra de Orwell traz ainda, a ideia de que até os pensamentos de uma pessoa podem ser compreendidos (ou no mínimo, decifrados) sendo daí, um outro instrumento de vigilância governamental contra possíveis ameaças da parte de seus próprios membros ou de qualquer outra pessoa comum. 

O conceito de que é possível identificar pensamentos de uma pessoa, pode ser observado através de outras publicações, como na literatura da psicologia através da obra de Pierre Weill e Roland Tompakow, "O Corpo Fala", o qual aborda de um jeito simples, expressões corporais nas quais se pode interpretar percepções ou intenções de uma pessoa.

Mosaico de recortes do comercial produzido pelo renomado diretor de cinema britânico, Ridley Scott, inspirado no cenário do livro "1984" de George Orwell, onde pessoas assistiam ao discurso do ditador conhecido como "Grande Irmão". Foi a mais cara peça publicitária dos anos 1980, exibida na final do campeonato de futebol americano pela rede de TV CBS, na ocasião do lançamento do computador pessoal da Apple, que trazia a mensagem escrita em seu final: "Em 24 de janeiro, a Apple Computer apresentará o Macintosh. E você verá por que 1984 não será como "1984" (confira) - Foto: Divulgação/ Apple.

Orwell tentou se antecipar à isso, através de técnicas de disfarce psicológico, desenvolvidas pelos próprios membros do partido, como no caso dos protagonistas Julia e Smith; e que por serem tão bons no disfarce de suas expressões corporais, foi preciso o uso de algum tipo de gatilho emocional externo que os fizesse se sentirem mais à vontade a expressar seus verdadeiros sentimentos com relação ao "Partido" e ao governo do fictício país no qual vivem. 

Ou seja, é preciso se forjar a trama de um acontecimento que confirme a intenção contrária de possíveis revolucionários no meio. O "Partido", de outro modo, tentava controlar as pessoas por meio da vigilância extrema através de monitores de vídeo que exibiam imagens, mas também, captavam outras do ambiente de onde as imagens na tela, eram assistidas. 

Além do tradicional monitoramento "da vida alheia", através da observação pessoal entre as pessoas (peculiar no interior do país), mas usado como expressão de arma política, na identificação de possíveis subversivos, havendo ainda, a vigilância policial por meio do uso de helicópteros que sobrevoavam perto da janela dos apartamentos, onde a privacidade das pessoas assim ficava seriamente comprometida.

Nada diferente da nossa rotina atual, onde temos de nos confrontar com inúmeros dispositivos que gravam imagens por onde quer que passemos; sejam em bancos, supermercados -ou mesmo nas ruas- estamos o tempo todo sendo vigiados (tudo em nome de "nossa segurança").   

No regime de Oceânia "1984", um dos membros do "Partido", afirma a Winston Smith -preso por subversão ou traição, durante longas sessões de tortura- que ao contrário de outros regimes (como o Comunismo ou o Nazismo que usam métodos violentos em nome do bem comum, do amor ou de valores e virtudes humanas), naquele chefiado pelo "Grande Irmão", existe o desprezo a qualquer um desses valores, onde o que importa é apenas o prazer do poder pelo poder. 

O poder de impor medo e de fazer verdadeiras lavagens cerebrais naqueles que o afrontam; além do ódio como instrumento de nutrição do amor ao grande líder do Partido; onde até o amor de uma mãe por seus filhos, entre maridos e esposas (ou amantes), era proibido, para que a pessoa se abrisse apenas ao amor por seu chefe supremo do "Partido".

Em nossos dias, ao redor de nossas tarefas na vida cotidiana em sociedade, essencialmente nos ambientes laborais, é muito comum que pessoas às quais exercem algum tipo de posição de liderança dentro das empresas, também se ponham na condição em que devam ser temidas, dado ao modo intimidatório e ameaçador como conduzem suas lideranças. Dessa maneira, estimulam o individualismo entre colegas de trabalho e a desconfiança mútua de um sobre todos (e de todos sobre um).

Nada que também não esteja dentro do roteiro da obra publicada em 1949 por George Orwell, nas ocasiões em que qualquer ato ou comportamento considerado dúbio pelos colegas de "Partido", logo era imediatamente denunciado. Se não por seus pares, por seus próprios familiares, como no caso de Parsons, denunciado por sua filha com menos de 10 anos de idade. 

Capa do livro "1984" - Foto:
Companhia das Letras/ Getty
Images.

No Brasil de hoje, a preocupação ao redor de algo semelhante à "Novafala", conforme a obra de Orwell, é criar a narrativa do combate à propagação do que é visto como "notícias falsas", lideradas por algumas das autoridades do Poder Judiciário nacional, apenas porque, de certo modo, atinge pessoas das quais se deseja promover certa proteção a suas imagens e reputações (ainda que tais pessoas tenham num passado recente, respondido criminalmente por envolvimento para com atos considerados de corrupção). 

Ou seja, assim como "1984" (de George Orwell), a realidade política brasileira de 2022, foi completamente mudada para se adaptar aos novos contextos de uma outra época. 

Sendo assim, de modo geral, todos os elementos de monitoramento e vigilância os quais hoje são feitos de modo compartilhado entre Estados Nacionais e oligopólios controlados por grandes corporações privadas, tem como objetivo, a busca por um pensamento único, o qual se pensou ter alcançado com a queda do Muro de Berlim em 1989 de modo definitivo, como símbolo da vitória do capitalismo sobre o comunismo (e que hoje se vê ameaçado).  

Ainda de acordo com esse preceito da "Novafala", os jargões, termos e expressões que antes tinham uma conotação afirmativa e de aprovação midiática, hoje adquiriram perspectivas mais pessimistas ou negativas; tais como "globalização" (que nada mais foi que o rótulo indireto de uma ideia ligada ao liberalismo econômico -reinaugurado nos anos 1980) e onde na atualidade, se fala em "desglobalização" ou "globalismo", como um modo de indiretamente se atribuir, às influências consideradas negativas de China e Rússia no contexto mundial.

Igualmente, também é possível a observação desse método de nova linguagem, na referência feita a artigos neutros, os quais basicamente servem para agradar pequenas plateias identitárias como na saudação ao público em discursos que se iniciam através de " olá..., a todos, todas e 'todes' ".

Desse modo, com o uso dos meios de comunicação eletrônicos, principalmente a TV (e virtuais, através da Internet), os grupos dominantes (sejam privados ou estatais), exercem poder sobre as massas, também controlando seus gostos, amores e ódios, como descrito no livro.

Prova disso, é o governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, um ator comediante de TV, que chegou à presidência de seu país e o arrastou a uma guerra (que agora castiga sua população), contra a Rússia. 

E num contexto também orwelliano, desta vez para a concepção dos realities shows, onde tanto quem participa diretamente deles são direcionados a situações mais ao gosto de seus realizadores, como aqueles que pensam apenas estarem "assistindo" a esses programas (serem igualmente manipulados), de tal modo, que seus sentimentos pelos participantes (afeição ou repugnância), correm o risco de variar, de acordo com o desejo de produtores e diretores de tais programas de TV.

Aliás, a ideia de participantes vigiados por "teletelas" como descrito no livro, também é algo do qual se pode observar nos realities shows; uma concepção que não parte propriamente de um governo, mas de entes privados, concessionários públicos de TV.

O liberalismo desse modo, acaba por terceirizar o que antes era função do Estado, que é o de controlar ou monitorar pessoas, através de meios privados plenamente associados a governos (ou vice-versa).

Suzanna Hamilton (Julia) e John Hurt (Winston Smith), protagonizam cena de filme com o mesmo título da obra de George Orwell, lançado no mesmo ano em que se passa a trama literária publicada em 1949 (disponível no Prime Video, da Amazon) - Foto: Divulgação.

Tudo isso associado ao desejo das oligarquias internacionais em conformidade com os governos que essas oligarquias controlam, dá a mesma sensação de impotência e inutilidade vivida pelo personagem da trama literária, Winston Smith, num ambiente onde não há outra entidade superior, senão aquilo que é conhecido como o "Partido". Além da possível ideia de que todos são, de algum modo, como no livro, controlados e vigiados (até mesmo em seus pensamentos). 

O mundo portanto, nunca mudou; só tem uma aristocracia global atenta aos movimentos e tendências de comportamento das diferentes sociedades globais e que procura se adaptar ao máximo a essas correntes.

Sempre se mantendo favoráveis e abertos a esses novos padrões de conduta, dos quais ainda, tentam tirar proveito; através do que ficou informalmente conhecido como "guerra híbrida"; em que pautas de grupos minoritários ganham projeções muito maiores que suas reais importâncias, para tão somente impedir que problemas humanos muito mais graves e antigos, venham a ser debatidos com mais força.

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