Formular críticas no aconchego de uma redação sobre as políticas de incentivo à 'inadimplência' ou ao 'calote', dentro de um regozijo cínico contido, que quer dizer: "Isso nunca vai dar certo". Em meio a picuinhas patéticas, de quem senta o traseiro atrás de um computador apenas para espalhar o pânico no país - sem ter que arcar com nenhum compromisso de fazer o país crescer - até porque o salário que esses almofadinhas ganham, independem de qualquer crescimento econômico e de aumento de renda da massa salarial. Afinal, o dele está garantido! Me parece a mais cômoda das situações por parte de um formador de opinião.
Óbvio que inadimplentes não farão novas dívidas. Ou os bancos são estúpidos à esse ponto?
Ué! Não é o mercado que se regula? Não estavam todos de cara amarrada contra o governo para a manutenção das taxas ao consumidor? Será que agora os bancos foram vítimas de um feitiço do governo e agora resolveram abrir os cofres, desvairadamente?
Graças a Deus, não tenho coragem de me endividar assim. Então estou aliviado por ter plena certeza que eu não me encontro entre os caloteiros, e assim não fazer parte dessas macabras estatísticas do BC, de abril. Ufa!
Mas fazer o país crescer sem poupança, realmente é um desafio. Mais ainda quando as pessoas são obrigadas a receberem seus salários por contas abertas pela empresa, no banco conveniado à ela. Sem escolha prévia do funcionário/correntista/compulsório, que precisa arcar com pesadas tarifas bancárias apenas por receber o seu salário no tal banco.
Pois bem, se o indivíduo ganha apenas o necessário para a sua sobrevivência, na compra de mantimentos para o mês, pagamento de tarifas de água e energia - que não é privilégio apenas do setor produtivo, a excessiva carga de impostos nas contas de luz, que aliás recai sempre a regressividade tributária, (em todos os âmbitos) muito mais no consumo, do que na produção - e depois fica o resto do mês todinho na expectativa do próximo provento.
Como em nome de Deus, um mortal assim, conseguirá poupar alguma coisa? Até porque, nós mortais, aqui do mundo real - com renda média de 980 reais por mês - não temos o salário de um jornalista econômico, que vive a achincalhar - comodamente - toda e qualquer medida de estímulo do governo.
Por outro lado, se um funcionário pode custar até três vezes mais do que o próprio salário, isso quer dizer que também, o salário dele poderia ser maior, caso fosse o contrário? Vai vendo!...
Ah! Se o governo baixa o IPI dos carros que é de 7%, mas se as montadoras só repassam 2,5% por conta delas, significa que uma reforma tributária resolveria todos os problemas brasileiros? Claro que não! Tem as estradas esburacadas, mas também tem as concedidas com pedágio. Como diria Raul Seixas: "A solução é alugar o Brasil"?! O mesmo não seria com os ineficientes portos privatizados?!
"Nós não vamos pagar nada. É tudo free"
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