O mercado acredita que o Banco Central não vá mexer tão cedo na taxa SELIC, por conta dos riscos que podem afetar o governo de uma migração em massa dos investidores para a poupança e assim, os títulos da dívida pública, corram o risco de não serem refinanciados no médio prazo. Visto que as taxas de remuneração das cadernetas podem render mais do que renderiam os títulos do governo.
Para driblar isso o governo estuda algumas saídas. Dentre elas, estão a possibilidade de se atrelar a poupança à variação da taxa SELIC, em aproximadamente 80% de sua correção e o restante com a TR (Taxa Referencial). E um detalhe: cadernetas com saldo abaixo de 50 mil reais, não pagam IR Imposto de Renda. Com a migração dos investidores, sendo ocorrida em massa para a poupança, o governo também perderia em arrecadação.
Falando em Imposto de Renda, apenas pouco mais de 25 milhões e 200 mil contribuintes declararam este ano. Isso num universo de mais de 190 milhões de habitantes. Um número bastante irrisório para tanta gente que ascendeu socialmente da classe C, para a classe B. Outro fator importante é que certos empresários, declaram apenas em nome de suas empresas, isto é, apenas como Pessoas Jurídicas, enquanto que relativo à suas retiradas pessoais nada é declarado à Receita.
Mas voltando ao caso da poupança, outra saída para o governo nesse caso, seria a correção pela TR, em apenas 80% de sua rentabilidade. Na prática isso de certo modo acompanharia proporcionalmente ou faria uma melhor reacomodação em relação aos spreads bancários.
O governo estuda ainda outra possível mudança nas cadernetas, com relação às faixas de remuneração para distintos níveis de renda. Ou seja, possivelmente pessoas com saldos mais modestos teriam remunerações maiores e cadernetas com saldos maiores, teriam uma rentabilidade menor.
Mas tudo isso deverá passar pela apreciação do Congresso, e os debates em torno das distorções sobre a matéria providos da oposição, deverão acalorar as discussões sobre o tema.
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