Novamente o governo contra-ataca o risco de fazer feio com o crescimento do PIB deste ano, e faz uma promoção para atrair os clientes. Não que o governo esteja vendendo ou passou a comercializar algum tipo de produto, mas é tão somente para estimular as vendas de produtos de setores estratégicos na economia, que andam emperrados.
Ontem entrou em vigor a medida que isenta de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis que variava em torno de 7% sobre o custo do veículo zero quilômetro. A ideia é fazer os brasileiros se sentirem mais à vontade a comprar um carro novo e encher as garagens de usados, que continuam com os preços salgados, e o pior com juros maiores que os praticados no mercado de 'zeros'.
As montadoras por sua vez, só repassaram apenas 2,5% da fatia ao consumidor, pois alega-se que o tal 'custo-Brasil', ainda influencia muito em torno da composição de custos das marcas de automóveis.
Contudo se a União, em nome do crescimento e do desenvolvimento do país, renuncia a sua prerrogativa áurea de tributar, os estados parecem não se sentirem muito incomodados com a necessidade de se fazer a economia do país crescer, principalmente naqueles onde os veículos são montados. Mais uma vez, o fator carga tributária, incide com violência contra a economia nacional, já que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pesam sensivelmente mais na composição final dos preços ao consumidor, do qualquer outro imposto federal embutido nos produtos que consumimos.
A violência maior e é o que tem feito os empresários chorarem - e com razão - se deve ao custo de matérias primas recorrente de resíduos tributários em toda a cadeia produtiva, essencialmente em insumos de produção como energia elétrica, em que se chega em até 30% de tributação do imposto, na mesma. Mais uma vez também, incidindo e com maior violência, o ICMS já que é cobrado também de matéria prima bruta, e só isenta, nos casos de commodities exportadas, como é o caso do aço. Mais uma razão de uma contribuição contrária que os governadores dos estados não abrem mão.
Talvez, algo a se pensar no governo seria uma desoneração parcelada e setorial em toda a extensão da cadeia produtiva, assim o valor final do produto acabado ao consumidor, se reduziria sensivelmente e então, teríamos algo mais sustentável num espaço de tempo bem maior. Poder-se-ia pensar numa reforma tributária assim, pelas beiradas, até que se atinja o objetivo geral.
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