FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, presidente da República Federativa do Brasil, durante o período de 1995 a 2002. Teve como principais méritos de seu governo, a estabilidade econômica, a consolidação da democracia brasileira e ainda a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal - que institui meios de punições a governantes das esferas de governo inferiores, que fizerem gastos muito acima de suas arrecadações - e ainda privatizou e modernizou velhas estruturas corporativas nacionais.
É graduado em sociologia, pela faculdade de filosofia da USP(Universidade de São Paulo), tendo participado de inúmeros estudos, sobre a questão social brasileira e na América Latina. Amealhou alguns títulos Honoris causa em algumas das maiores e mais tradicionais universidades do mundo.
Ultimamente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem se dedicado a uma causa, no mínimo controversa, polêmica e que militantes ou simpatizantes de seu partido (o PSDB), fazem questão de ignorar.
Porque alguém com um passado tão brilhante se dedicaria a defender uma tese absurdamente ofensiva à família brasileira, que é a liberalização ou descriminalização de drogas consideradas menos nocivas?
Segundo ele, a forma tradicional de combate às drogas fracassou e é preciso adotar meios mais modernos para se combater esse mal. Fernando Henrique, acredita que esse tema ganhou relevância e status de saúde pública, e que é necessário meios de tratamento aos dependentes e não apenas com repressão policial ao crime, mas com campanhas de desestímulo ao consumo. De certa maneira nosso ex-chefe do Executivo federal, tem razão. Mas esse tipo de tese - por mais bem elaborada que seja - jamais teria um respaldo a altura que o tema merece em atenção.
Seria como estímulo e não como uma alternativa de combate mais branda.
Como exemplo disso, podemos mencionar as campanhas pelo uso de camisinha no carnaval, o que pode estar impedindo a proliferação de doenças, mas não tem impedido o ainda grande, número de crianças indesejáveis que veem ao mundo. Ou ainda, as cansativas campanhas contra o hábito de fumar, que dão em quase nada, nos resultados práticos positivos.
Cansados de esperar ações governamentais nesse sentido, ONG's, associações ou entidades filantrópicas, se dedicam a combater com tratamento, pessoas viciadas nesse mal que aflige boa parte das famílias brasileiras e no restante do globo, enquanto no Congresso ou nos meios de comunicação de massa a questão ganha parte, nos debates travados entre os defensores da liberalização e os contrários à ela. Mas ações governamentais nesse sentido, são quase nulas e desestimulam aqueles que lutam com os poucos recursos que têm, nesse difícil ofício de combate às drogas no meio familiar.
Mas no ponto da punição a aqueles com pequenas quantidades de drogas, é importante lembrar que em sua maioria, estão detidos pessoas de baixa renda, semianalfabetos, negros e pardos, tratados como pessoas de alta periculosidade e nesse contexto, Fernando Henrique e outros que participam com ele, no filme "Quebrando o Tabu", têm um certo grau de razão.
Contudo, a bandeira ganha militância nas ruas e assim, temos claro, uma verdadeira apologia às drogas em manifestações de rua e em invasões de reitorias de universidades, distorcendo as "boas intenções", de um tratamento diferenciado para pessoas viciadas, por aquelas que desejam o direito de se viciar ou de continuarem viciadas.
Portanto, a descriminalização das drogas configura-se como algo perigoso, principalmente às famílias brasileiras, tão mutiladas no direito em educar seus filhos, dentro de preceitos conservadores e que ao longo da história demonstram efetividade.
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