Pular para o conteúdo principal

Somos 7 bilhões, e os commodystas comemoram

 Sete bilhões de seres humanos na terra, foi dada a largada ou a contagem regressiva da especulação inflacionária dos alimentos no mundo. Aqueles que vivem da cotação de preços no mercado de commodities agrícolas, já começaram a temporada de profecias malthusianas,   e assim sonham com a miséria mundial em nome do lucro.

 São os analistas do mercado de capitais que atuam também no mercado de commodities e apostam numa onda inflacionária mundial tal qual aconteceu em 2008. E todas essas previsões, veem acompanhadas de outras que defendem a redução populacional implícita, na forma de guerras, doenças e miséria de países periféricos como a Somália, a qual não tem capacidade de produzir e muito menos dinheiro para importar alimentos,  já que seu mercado consumidor é quase nulo.

 Ganham espaço nesse jogo adivinhatório também os ecologistas maias de 2012, que dizem a Terra, não suportar tamanha extração de recursos naturais do solo para produção de alimentos. 

 Mas hoje me surpreendeu o registro da receita recorde de outubro das exportações de gado em pé, ou melhor de boi  vivo. O que me dei por conta da razão pela qual, fui demitido do Marfrig a poucos meses. Onde a alegação do alto preço da arroba do boi, e das poucas exportações, impossibilitava a empresa de conceder aumentos de salários aos funcionários,
mesmo com o credenciamento da unidade para a 'falida' União Européia. E esse é o subterfugio do pecuarista, o mercado externo, sem intermediação ou sem nenhum valor adicionado de processamento. Danem-se os empregos nos frigoríficos!

 Ou seja, é assim que os malthusianistas do mercado, controlam a demanda, seja de forma declarada ou mesmo dissimulada, apenas por questões pontuais de ordem interna das empresas, impedindo seus funcionários de colaborarem pelo aumento do seu poder de compra e do mercado consumidor interno como um todo. Temos que ganhar o menos possível e pagar o mais caro que pudermos, ou...  morrermos de fome. 


 O Brasil é lider mundial na produção de várias commodities como: carne, café, soja, laranja, cana-de-açúcar etc..., no entanto, os preços do mercad0 interno, obedecem a cotação mundial desses gêneros, isto é, estamos importando inflação do mundo, de bens produzidos aqui. Isso é justo? Alguém do mercado ou da imprensa se importa? Mas a justificativa, irão dizer: É a alta carga tributária  no custo de produção e na folha de pagamento. É esses políticos que só atrapalham , mas então porque as empresas financiam suas campanhas eleitorais?

  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um nome estranho; um bairro que nasceu para ser "setor"

Para quem já se 'cansou' de ler sobre a história do nosso município que nesse finalzinho de agosto -celebra seu mês de aniversário-, deve portanto saber, que a chamada "arrancada para o desenvolvimento" de Rio Verde, se deu a partir dos anos 1970.  O certo, é que a cidade seguiu o ritmo do tal "milagre econômico" dos governos militares daquela época. Mas sem dúvida, o que foi determinante em tudo isso, se deu com a fundação da Comigo, no ano de 1975.  Desde o final da década até o início dos anos 1980 porém, a expansão urbana de Rio Verde também sofreu um elevado aumento, sendo que essa situação provocou o surgimento de bairros cuja a única infraestrutura disponível, se deu somente na abertura de ruas e o traçado das quadras.  A especulação imobiliária por parte dos herdeiros de propriedades antes rurais, que margeavam os limites urbanos da cidade, abriu espaço para bairros onde atualmente se verifica sobretudo, a apertura das ruas, em que muitas delas nã...

Rio Verde moderna

 Dando seqüência ao último post, em comemoração ao aniversário de 164 anos de Rio Verde, no próximo dia 05 de agosto, vamos iniciar de onde paramos: a década de 1960, quando relatei que a cidade enfim, inebriava-se num breve período onde a dupla Mauro Borges (governador do Estado) e Paulo Campos (prefeito), inaugurava uma fase onde o centro de Rio Verde passava por sua modernização.   Ruas de terra ou calçadas com paralelepípedo em basalto davam lugar ao asfalto. O paralelepípedo teve uma outra destinação, e foi usado como guias de sarjetas das novas ruas recém-pavimentadas.  Os postes que sustentavam a rede de energia elétrica de aroeira, deram lugar a modernos postes de concreto e uma iluminação pública mais potente ganhava as ruas da cidade. Tudo da energia provida de Cachoeira Dourada.  Conta-se que a primeira rua a ser pavimentada foi a Rua João Belo, (atualmente, Rua São Sebastião no centro antigo de Rio Verde). E o asfalto ficou tão bom, que a n...

Captação do rio Verdinho ou esperar a seca

 Há aproximadamente 18 anos, fala-se em um projeto para se captar água do rio Verdinho (curso d'água que cruza o município, mas que fica distante do perímetro urbano, cerca de 16 Km). E o problema é exatamente esse: não há sequer um projeto, tudo não passa apenas de um discurso político que atravessou mandatos e os anos.  Agora com a crise hídrica que atinge sobretudo o estado e a cidade de São Paulo, mas que também ronda a capital goiana e que não é uma probabilidade tão remota assim, de vir a acontecer também em Rio Verde, a proposta novamente ganha o ar da graça dos políticos locais.  A cidade atualmente é abastecida unicamente pelo ribeirão Abóboras, contudo, cerca de 50% de sua vazão é captada pela unidade industrial da BRF, que possui sua planta industrial instalada há aproximadamente 15 anos no município. Por conta disso, o abastecimento de água na cidade ficou comprometido, já que só metade do que o ribeirão pode oferecer é disponibilizado para a cidade....