Ontem a presidente Dilma esteve na 'queridinha' dos políticos goianos. A cidade interiorana de Anápolis em Goiás, para vistoriar as obras da ferrovia mais importante já construída por um governo nas últimas décadas. A dita e cuja ferrovia, sai da cidade maranhense de Açailândia e promete ficar totalmente concluída até 2014, chegando até a cidade paulista de Estrela D' Oeste.
Até Anápolis as obras estão em processo acelerado de conclusão. Dalí até a cidade de Goianira (na região metropolitana de Goiânia).
E de Goianira até Estrela D' Oeste, por onde ela vai passar?
Eis o imbróglio dos políticos que sempre usurpam votos no sul do Estado e depois o abandona. É o caso de importantes cidades como Itumbiara, Jataí, Rio Verde e por que não dizer; Santa Helena.
Imbróglio maior ainda está sendo o impasse de onde será construído o Pátio Modal Ferroviário; se na cidade de Santa Helena ou Rio Verde. De um lado fica Santa Helena, onde já abriga o alojamento dos operários do consórcio responsável pela construção do trecho. Cidade de aproximadamente 40 mil habitantes, com um Produto Interno Bruto de cerca de 512 milhões de reais; de outro, fica a poderosa Rio Verde, considerada a capital do agronegócio no Estado, com pouco mais de 180 mil habitantes e um PIB de 4,2 bilhões de reais. Dada como certa a escolha de Santa Helena para abrigar o tão sonhado Pátio Modal Ferroviário, Rio Verde decidiu entrar na briga pela obtenção do direito de também possuir o empreendimento. Tanto que a movimentação de políticos locais à Brasília, tem sido intensa e segundo a imprensa local, o Ministério dos Transportes tem dado como certo a instalação do Pátio em terras rio-verdenses.
Com isso a promessa de passagem do trecho da Ferrovia Norte/Sul pelo sul de Goiás, parece que vai tendo suas delimitações postergadas, o que por sua vez, vai criando um clima desagradável entre as duas cidades. De um lado, políticos locais garantindo que o referido empreendimento será erguido numa cidade. De outro, o que ocorre, é o mesmo. Enquanto isso, 'papagaios de pirata', sondam a presidente nas visitas oficiais às obras da ferrovia, apenas como peças de figuração ou para aparecem nos noticiários locais, mas muito pouco fazem, pela definição das obras onde elas mais precisam de atuação política.
Ao que parece pelos burburinhos da imprensa em torno da obra, apenas no que tange ao que já foi construído, o trecho sul de Goiás é sistematicamente ignorado e com isso, pode não ser construído. Uma vez que o outro consórcio que vem fazendo a construção dos trilhos no Triâgulo Mineiro, indo de encontro com o trecho goiano, está bem mais adiantado nas obras, e se realmente os trilhos passarem por aqui, serão apenas, os trilhos, porque o tal 'Porto Seco', parece algo distante e palpável como o vento. Tanto para uma, quanto para outra cidade.
O que mais chama a atenção em tudo isso, se deve ao desinteresse de grandes empresas instaladas nessas cidades, apenas esperando a 'boa vontade' política. E nada fazem ou atuam para enfim, a causa ganhar peso e notoriedade vinda do setor privado - principal beneficiado - o que daria status de maior urgência, garantindo esses investimentos do governo federal por aqui. Não dá pra entender porque empresas como a BRF (Perdigão), Cargill, COMIGO e as usinas de etanol, ficam de braços cruzados, quando o que está em jogo, é o barateamento do custo de transporte de seus produtos, quando a grita geral da imprensa nacional, se deve à esse importante componente do chamado 'Custo-Brasil'. Realmente não dá pra entender!
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