A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), agora "corre" contra o tempo na reparação de sua imagem em torno do contexto político de neutralidade que adotou, para não ser obrigada desde há algum tempo, a enfrentar a fúria de fiéis menos dotados da compreensão democrática plural, dentre as diversas matizes de opinião.
De forma tardia, por algumas ocasiões a entidade católica de maior vulto nacional, se reuniu com políticos com tendência moderada, além de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para discutir sobre o avanço do fascismo no Brasil, embora a Igreja, jamais tenha se debruçado a fazer o dever de casa em torno disso.
Essa realidade bizarra dentro do próprio meio católico começou de forma lenta, gradual e nada silenciosa, contudo, o clero achou por bem, se fingir de cego, mudo e surdo em vista da ameaça crescente do discurso fascista - que contraria frontalmente os ensinamentos dos Evangelhos pregados de maneira formal e solene nas missas, com homilias fugindo do contexto litúrgico.
O clero preferiu assim, conviver com discursos de intolerância a ser confundido com o rótulo enviesado de "comunista", o qual visa justamente intimidar qualquer um que se atreva a falar de temas espinhosos à casta do baronato presente nas paróquias brasileiras. Com isso, a ideia de caridade fica restrita somente a formalidades devidamente previstas no calendário católico.
E assim a própria Igreja foi se afastando de compromissos assistenciais, como na administração de orfanatos, hospitais, asilos de idosos, clínicas psiquiátricas, creches e similares..., preferindo ações assistencialistas pontuais como doação de cestas básicas, roupas usadas ou mutirões de construção de casebres sem acabamento (nada de caráter emancipador).
Dessa forma, em tempos onde o Estado é laico - na hora de isentar as entidades religiosas da cobrança de impostos -, as mesmas por sua vez, brigam por cada vez mais espaço político nos centros de poder dentre as respectivas esferas federativas de governo e que como já mencionado, em quase nada contribuem no auxílio ao Estado na prestação de serviços sociais à população.
Em todo caso, é importante para certa parcela tanto do clero católico, mas principalmente para líderes evangélicos, uma maior participação influente nos meios políticos da administração pública, menos que as igrejas cristãs de uma maneira geral, discutam a política de forma natural e saudável em que se despertasse a espiritualidade crítica social de seus fiéis.
Pelo menos no meio católico, a melhor forma de se organizar núcleos de discussão política à luz dos ensinamentos do Evangelho, seria por meio das pastorais de "Fé e Política", que no entanto, são raras ou fortemente controladas por influentes grupos políticos profissionais os quais também ministram ofícios religiosos em suas paróquias, visto que muitos deles são católicos.
Ao contrário, esses núcleos pastorais de discussão política, são de certo modo, desestimulados de acordo com o braço doutrinário de maior influência dentre os movimentos leigos atuantes no meio católico, como a Renovação Carismática Católica (RCC), formado basicamente por indivíduos de classe média alta, como pequenos e médios empresários, além de profissionais liberais.
Portanto, o debate político no meio eclesial quase sempre foi atravancado e sem muito espaço de discussão, dentro de um contexto mais acadêmico e científico, que esclarecesse melhor os meandros da política, seus diferentes sistemas, as ideologias partidárias, e os modelos de governo vigentes no mundo, sugerindo um debate sobre 0 qual, melhor se pudesse adotar para o Brasil.
As discussões sociais na Igreja são praticamente nulas e neutras, se restringindo quando muito, a temas de discussão anuais sugeridas pela CNBB, como acontecem no período litúrgico da "Quaresma" com a Campanha da Fraternidade, mas quase sempre ignoradas nas missas dessa época. Com isso o teor alienante católico fica em evidência, frente aos graves gargalos sociais vividos.
Nessa compreensão, observa-se o bispado católico restrito, amedrontado (e portanto até, acovardado), frente a uma postura mais enérgica que determinasse por exemplo: a excomunhão daqueles que não concordam com os mandamentos da comunhão católica - à qual não deve ser confundida com uma democracia, no acordo comum onde a maioria vence através do voto.
Esse acovardamento do clero se deveu basicamente ao temor que há do risco de algum fiel endinheirado vier a se sentir ofendido e dessa forma reduzir as doações a suas respectivas paróquias ou mesmo passar a frequentar outra, em protesto aos discursos espinhosos e perturbadores ouvidos de padres em suas homilias.
Discursos que basicamente contrariariam o entendimento raso do senso comum, em que se defende a tese do "bandido bom é bandido morto", do porte individual de armas a cidadãos de bem, a pena de morte ou que simplesmente apoie políticas públicas de transferência de renda como o bolsa família, entendido como instrumento que estimula a indolência entre pessoas carentes, supostamente indispostas ao trabalho.
Dessa forma, se tornou comum, padres se desviarem do contexto que a proposta da liturgia das missas sugerem em algumas ocasiões e optam por discursos mais amenos, atacando questões mais simples do cotidiano, como desvios considerados em torno de pecados fúteis e banais, que nem chegam perto da real causa dos problemas humanos contemporâneos.
Se a concepção da maioria dos fiéis da Igreja Católica, afronta portanto, a essência humanista, de perdão, tolerância, fraternidade e de justiça social dos Evangelhos (que faça a opção pela conversão sem proselitismo), que a maioria assim, seja então expulsa ou excomungada dos redutos católicos. Já que é preferível qualidade do que quantidade de seguidores aos quais, muitos dissimulam suas falsas obediências.
Somente com pastorais de Fé e Política fortes, bem estruturas e devidamente coordenadas numa espiritualidade coletiva, pode trazer à luz dos Evangelhos e de uma compreensão acadêmica das Ciências Políticas, sociológicas e Econômicas, um melhor entendimento político e social, que rejeite o ódio, a violência e as acusações das distintas alas ideológicas, divididas entre esquerda e direita.
O clero preferiu assim, conviver com discursos de intolerância a ser confundido com o rótulo enviesado de "comunista", o qual visa justamente intimidar qualquer um que se atreva a falar de temas espinhosos à casta do baronato presente nas paróquias brasileiras. Com isso, a ideia de caridade fica restrita somente a formalidades devidamente previstas no calendário católico.
E assim a própria Igreja foi se afastando de compromissos assistenciais, como na administração de orfanatos, hospitais, asilos de idosos, clínicas psiquiátricas, creches e similares..., preferindo ações assistencialistas pontuais como doação de cestas básicas, roupas usadas ou mutirões de construção de casebres sem acabamento (nada de caráter emancipador).
Dessa forma, em tempos onde o Estado é laico - na hora de isentar as entidades religiosas da cobrança de impostos -, as mesmas por sua vez, brigam por cada vez mais espaço político nos centros de poder dentre as respectivas esferas federativas de governo e que como já mencionado, em quase nada contribuem no auxílio ao Estado na prestação de serviços sociais à população.
Em todo caso, é importante para certa parcela tanto do clero católico, mas principalmente para líderes evangélicos, uma maior participação influente nos meios políticos da administração pública, menos que as igrejas cristãs de uma maneira geral, discutam a política de forma natural e saudável em que se despertasse a espiritualidade crítica social de seus fiéis.
Pelo menos no meio católico, a melhor forma de se organizar núcleos de discussão política à luz dos ensinamentos do Evangelho, seria por meio das pastorais de "Fé e Política", que no entanto, são raras ou fortemente controladas por influentes grupos políticos profissionais os quais também ministram ofícios religiosos em suas paróquias, visto que muitos deles são católicos.
Ao contrário, esses núcleos pastorais de discussão política, são de certo modo, desestimulados de acordo com o braço doutrinário de maior influência dentre os movimentos leigos atuantes no meio católico, como a Renovação Carismática Católica (RCC), formado basicamente por indivíduos de classe média alta, como pequenos e médios empresários, além de profissionais liberais.
Portanto, o debate político no meio eclesial quase sempre foi atravancado e sem muito espaço de discussão, dentro de um contexto mais acadêmico e científico, que esclarecesse melhor os meandros da política, seus diferentes sistemas, as ideologias partidárias, e os modelos de governo vigentes no mundo, sugerindo um debate sobre 0 qual, melhor se pudesse adotar para o Brasil.
As discussões sociais na Igreja são praticamente nulas e neutras, se restringindo quando muito, a temas de discussão anuais sugeridas pela CNBB, como acontecem no período litúrgico da "Quaresma" com a Campanha da Fraternidade, mas quase sempre ignoradas nas missas dessa época. Com isso o teor alienante católico fica em evidência, frente aos graves gargalos sociais vividos.
Nessa compreensão, observa-se o bispado católico restrito, amedrontado (e portanto até, acovardado), frente a uma postura mais enérgica que determinasse por exemplo: a excomunhão daqueles que não concordam com os mandamentos da comunhão católica - à qual não deve ser confundida com uma democracia, no acordo comum onde a maioria vence através do voto.
No vídeo abaixo, líder carismático católico deixa plateia em êxtase após recitar frase "profética" de impacto anti-petista. Postura jamais foi repreendida e é de certa forma, involuntariamente estimulada por parte de alguns do meio eclesial e leigo católico, onde se tornou preferível esse tipo de comportamento, a uma discussão política lúcida e sensata sobre as distintas orientações e correntes políticas no Brasil:
Esse acovardamento do clero se deveu basicamente ao temor que há do risco de algum fiel endinheirado vier a se sentir ofendido e dessa forma reduzir as doações a suas respectivas paróquias ou mesmo passar a frequentar outra, em protesto aos discursos espinhosos e perturbadores ouvidos de padres em suas homilias.
Discursos que basicamente contrariariam o entendimento raso do senso comum, em que se defende a tese do "bandido bom é bandido morto", do porte individual de armas a cidadãos de bem, a pena de morte ou que simplesmente apoie políticas públicas de transferência de renda como o bolsa família, entendido como instrumento que estimula a indolência entre pessoas carentes, supostamente indispostas ao trabalho.
Dessa forma, se tornou comum, padres se desviarem do contexto que a proposta da liturgia das missas sugerem em algumas ocasiões e optam por discursos mais amenos, atacando questões mais simples do cotidiano, como desvios considerados em torno de pecados fúteis e banais, que nem chegam perto da real causa dos problemas humanos contemporâneos.
Se a concepção da maioria dos fiéis da Igreja Católica, afronta portanto, a essência humanista, de perdão, tolerância, fraternidade e de justiça social dos Evangelhos (que faça a opção pela conversão sem proselitismo), que a maioria assim, seja então expulsa ou excomungada dos redutos católicos. Já que é preferível qualidade do que quantidade de seguidores aos quais, muitos dissimulam suas falsas obediências.
Somente com pastorais de Fé e Política fortes, bem estruturas e devidamente coordenadas numa espiritualidade coletiva, pode trazer à luz dos Evangelhos e de uma compreensão acadêmica das Ciências Políticas, sociológicas e Econômicas, um melhor entendimento político e social, que rejeite o ódio, a violência e as acusações das distintas alas ideológicas, divididas entre esquerda e direita.
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